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Como seria se as mulheres na América Latina e no Caribe fossem 100?

21/03/2023 por Marco Stampini - Emma Näslund-Hadley - María José Martínez - David Kaplan - Marta Luzes Deixe um comentário


Há quase 8 anos, nos propusemos a ilustrar em um único infográfico como seria a América Latina e o Caribe se fôssemos apenas 100 pessoas. O exercício colocou em perspectiva muitos aspectos das condições de vida da população da região, desde a sua diversidade étnica até a falta de acesso a serviços básicos enfrentada por muitas pessoas.

Neste Mês da Mulher, quisemos replicar esta projeção com as mulheres da nossa região. Buscamos ilustrar, nos pontos a seguir, algumas das disparidades de gênero específicas da América Latina e do Caribe, com base em evidências de qualidade produzidas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para isso, convidamos seis especialistas de diferentes divisões do BID para nos dizer o que está por trás desses números a partir de uma perspectiva transversal e intersetorial.

Se o número de mulheres na América Latina e no Caribe fosse 100…

26 em 100
mulheres mais velhas não teriam nenhum tipo de renda

Na América Latina e no Caribe, quem tem a maior expectativa de vida saudável é a mulher. No entanto, elas também são mais propensas a serem pobres na terceira idade. Analisando as duas dimensões, ou seja, o número de anos que uma pessoa de 65 anos pode esperar viver com boa saúde e fora da pobreza, descobrimos que as mulheres mais velhas têm uma qualidade de vida inferior à dos homens.

Embora a pobreza feminina na velhice tenha diminuído nas últimas duas décadas, ainda 26 em cada 100 mulheres entre 50 e 80 anos não têm qualquer tipo de renda – nem de trabalho nem de aposentadoria. Entre os homens, são 10 nesta condição.

Parte da feminização da pobreza entre as pessoas nessa faixa etária é explicada pelo fato de que as mulheres têm maiores responsabilidades de cuidado, o que reduz suas oportunidades de emprego. Nesta idade, trata-se principalmente do acompanhamento de pessoas idosas que precisam de cuidados de longa duração. Outra importante dimensão de gênero da dependência funcional entre os idosos é que ela é mais frequente entre as mulheres do que entre os homens.

Quando juntamos todas essas evidências, o cenário é avassalador. As mulheres vivem mais, mas com menor qualidade de vida, por serem mais pobres e necessitarem de apoio.

Marco Stampini

22 em 100
adolescentes e jovens adultas se dedicariam exclusivamente aos afazeres domésticos e aos cuidados

Desde cedo, os estereótipos e preconceitos de gênero afetam as mulheres, suas trajetórias de estudo e carreiras profissionais. O resultado é uma sub-representação das mulheres em carreiras bem remuneradas. Na América Central, o BID descobriu que apenas 3 a 4% dos jovens consideram que as mulheres fazem parte de campos de ciências exatas, como física, astronomia e engenharia. Em contraste, 40-50% acham que os homens pertencem a esses ramos. Uma vez que estas são carreiras com melhor remuneração, o resultado é uma profunda diferença salarial.

Os estereótipos também ditam que as mulheres são responsáveis pelo trabalho doméstico não remunerado. Cerca de 22 em cada 100 adolescentes e mulheres entre 15 e 24 anos não estudam ou trabalham formalmente: limpar, cozinhar, cuidar de crianças e idosos em suas casas é sua única atividade. Para os homens, esse número é de apenas 10%. À sobrecarga excessiva de cuidados com familiares e afazeres domésticos, soma-se o fenômeno da gravidez na adolescência. Embora a taxa de fertilidade na região tenha diminuído de forma constante desde os anos 2000, a gravidez na adolescência permanece alta: mais de 30 em cada 100 mulheres na América Latina e no Caribe se tornarão mães antes dos 20 anos. A pesquisa do BID mostra que as mães adolescentes estão frequentemente em uma situação de desvantagem tão complexa que, em suas mentes, uma gravidez precoce não altera sua trajetória de vida, mas simplesmente a acelera.

Emma Näslund-Hadley

Saiba mais na publicação

34 em 100
mulheres teriam sofrido violência de gênero. E entre 17 e 27 delas ainda não teriam pedido ajuda.

A prevalência da violência sexual e de gênero (VSBG) na América Latina e no Caribe é alarmante. De acordo com dados da OMS, 25 em cada 100 mulheres da região foram vítimas de violência física e/ou sexual por parte do parceiro íntimo em algum momento de suas vidas. Esse número sobe para 34 mulheres se a violência sexual por uma pessoa fora do casal também for considerada. Em sua expressão mais extrema, em 2021, pelo menos 4.473 mulheres foram vítimas de feminicídio ou homicídio por gênero na região.

Manifestações crescentes de VSBG incluem o tráfico de pessoas. De acordo com as estimativas mais recentes, a maioria das vítimas de tráfico identificadas na região são mulheres e meninas (83% na América Central e no Caribe e 63% na América do Sul) e elas são três vezes mais propensas a sofrer violência física ou extrema (incluindo violência sexual) de traficantes do que os homens. De uma perspectiva interseccional, mulheres de diversos grupos populacionais podem estar em risco ainda maior. Por exemplo, as mulheres com deficiência experimentam taxas mais altas de violência do que os homens com deficiência e as mulheres sem deficiência. Também é dramática a situação de violência contra as mulheres trans, cuja expectativa de vida na região não ultrapassa 35 anos. Somente no ano passado, 327 pessoas trans e de gênero diverso foram assassinadas em todo o mundo. 95% delas eram mulheres trans ou transfemininas, e 68% dos assassinatos ocorreram na América Latina e no Caribe.

María José Martinez

A Divisão de Inovação a Serviço do Cidadão também publicou dados sobre a presença de mulheres em cargos de liderança no setor público. Confira!

Apenas 66 de 100
teriam um emprego

As disparidades de gênero no mercado de trabalho na América Latina e no Caribe são enormes. Em média, a taxa de participação feminina no trabalho é 26,2 pontos percentuais inferior à dos homens. Esta diferença representa uma melhoria em relação à diferença de 35,5 pontos percentuais em 2000, mas continua a ser significativa.

Além disso, a taxa de desemprego é mais elevada para as mulheres (9 em 100) do que para os homens (6 em 100). A porcentagem de mulheres trabalhadoras com emprego de meio período (35 em cada 100) é também substancialmente superior à de homens com esse tipo de ocupação (18 em 100). E as taxas de informalidade são semelhantes entre mulheres e homens que trabalham. Estas diferenças no mercado de trabalho traduzem-se, naturalmente, numa menor proteção das mulheres na velhice. Mesmo com a expansão das aposentadorias não contributivas, aquelas que não dependem de contribuições feitas no mercado de trabalho e que beneficiam desproporcionalmente as mulheres, o percentual de idosos com pensão é menor para as mulheres (56,7%) do que para os homens (60,7%).

David Kaplan

Veja mais dados sobre o mercado de trabalho para as mulheres na América Latina e no Caribe

10 em 100
mulheres migrantes estariam desempregadas

As mulheres migrantes enfrentam barreiras adicionais no acesso aos mercados de trabalho nos países de acolhimento. Exemplos incluem o acesso a estruturas de cuidado para crianças e o reconhecimento de qualificações acadêmicas. Estes desafios adicionais refletem-se em condições de trabalho mais precárias em comparação com os homens migrantes.

Em média, as mulheres nascidas no exterior ganham US$ 211 a menos por mês do que os homens nascidos no exterior (de acordo com uma análise feita pelo BID em 12 países). Elas também são mais propensas a ficarem desempregadas (10 em cada 100) do que os homens migrantes (5 em cada 100). Além disso, em média, as mulheres nascidas no exterior são mais propensas a trabalhar mais de 50 horas por semana do que as mulheres nativas (25 de 100, versus 16 em 100). Apesar de terem um elevado nível de educação, as mulheres migrantes têm muitas vezes dificuldade em encontrar empregos compatíveis com as suas capacidades. De facto, em média, na América Latina e Caribe, é mais provável que as mulheres migrantes sejam superqualificadas para um trabalho do que os homens migrantes (28 em cada 100 contra 26 em cada 100) – o mesmo ocorre em comparação com as mulheres nativas. No entanto, suas credenciais mais altas nem sempre se traduzem em empregos altamente qualificados.

Marta Luzes

Saiba mais na publicação

Texto também disponível em espanhol e inglês, no blog ¿Y si hablamos de igualdad? / Let’s talk about equality!

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Arquivado em:Gênero, Trabalho Marcado com:gênero, igualdade de gênero, trabalho, violência sexual baseada em gênero

Marco Stampini

Marco Stampini é especialista líder em proteção social na Divisão de Proteção Social e Saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Emma Näslund-Hadley

Emma é Especialista Líder em Educação no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington DC, onde dirige e colabora na concepção e execução de uma ampla gama de projetos e reformas do setor educacional em toda a América Latina e Caribe. A pesquisa de Emma abrange da educação pré-primária até o ensino médio, com foco na descoberta de processos de aprendizagem em sala de aula que promovam o desenvolvimento de conhecimentos conceituais e generalizáveis em matemática e ciências. Anteriormente, ocupou cargos no Parlamento Europeu e nas Nações Unidas. Emma tem mestrado em economia e finanças internacionais pela Universidade de Linkoping e mestrado em assuntos públicos pela Universidade de Princeton.

María José Martínez

María José Martínez é consultora de gênero e diversidade na Divisão de Capacidade Institucional do Estado do Setor de Instituições para o Desenvolvimento do BID. Antes de ingressar no BID, trabalhou no Ministério da Mulher e da Igualdade de Gênero do Chile, liderando a concepção, implementação e monitoramento de projetos de cooperação internacional sobre gênero e direitos humanos. Anteriormente, apoiou a formulação de políticas públicas e a investigação de casos de discriminação com base no gênero e contra diversos grupos populacionais em agências governamentais sediadas em Nova York. María José é chilena, advogada pela Universidad Adolfo Ibáñez de Viña del Mar, mestre em direito pela Columbia University, Nova York, e recebeu uma bolsa de estudos de interesse público e LL.M. da Columbia Law School.

David Kaplan

David Kaplan trabalha como especialista sênior na Divisão de Mercados de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) desde 2010, com sede no México desde 2014. Antes de ingressar no BID, David foi economista pesquisador do Escritório de Estatísticas de Trabalho dos EUA, professor-assistente de economia no Instituto Tecnológico do México e especialista em desenvolvimento do setor privado do Banco Mundial. É especialista em mercados de trabalho em países em desenvolvimento, particularmente nas áreas de regulação do trabalho e segurança social. Publicou artigos de pesquisa em revistas como Journal of Economic Perspectives, Journal of Development Economics e Journal of Economics and Statistics. É Ph.D. em Economia pela Universidade de Cornell.

Marta Luzes

Marta Luzes é especialista na Unidade de Migração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde lidera a agenda de pesquisa sobre percepção cidadã e migração. Até agosto de 2020, foi pesquisadora associada do Centro de Pesquisa da Universidad del Pacífico, onde trabalhou em vários projetos focados na migração venezuelana no Peru. Tem mais de 6 anos de experiência na área de políticas públicas e avaliação de impacto, tendo trabalhado em avaliações com o Ministério da Fazenda do Paraguai e o Ministério da Educação do Peru. É mestre em Desenvolvimento Internacional pela Universidade de Warwick, no Reino Unido.

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