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América Latina e Caribe precisam de uma agenda de gênero mais ambiciosa para colocar e manter as mulheres na liderança do setor público

14/03/2023 por Sandra Naranjo - Edgardo Mosqueira Deixe um comentário


As mulheres ocupam menos da metade dos cargos de liderança no setor público, apesar de representarem mais de 50% da população. A presença de mulheres em cargos de liderança na administração pública é fundamental. Não só por fatores de igualdade de gênero, mas por haver evidências de que sua presença, além de contribuir para novas experiências e perspectivas, gera mais crescimento econômico, melhor prestação de serviços públicos, melhor desempenho das organizações públicas e redução dos níveis de corrupção, entre outros benefícios.

Alguns números sobre a presença de mulheres no setor público podem parecer encorajadores. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho,  na América Latina e no Caribe, as mulheres representam 52% da força de trabalho no setor público e ocupam 41% dos cargos gerenciais. No entanto, os números agregados fornecem informações parciais e contam apenas parte da história.

Um estudo recente do BID preenche essa lacuna de informação ao analisar a presença de mulheres nos quatro mais altos níveis de função executiva, em 12 setores, em 15 países da região. Os resultados não são necessariamente surpreendentes e esse é precisamente o problema.

A seguir, contamos as principais conclusões da análise.

  1. Há uma falta de mulheres nos mais altos níveis de tomada de decisão nas administrações públicas centrais. Nos 15 países analisados, as mulheres ocupam apenas 23,6% dos cargos de nível 1 na hierarquia, equivalentes a ministra, em comparação com 44,2% em cargos de nível 4 equivalentes a diretora. Em média, 41,5% das posições de liderança das 12 agências selecionadas para o estudo são ocupadas por mulheres.
    A ausência de mulheres em cargos gerenciais não é apenas um problema do Executivo, ela também é observada nos poderes judiciário e legislativo, bem como no setor privado. Dados da América Latina e do Caribe mostram que, em média, 30,4% das ministras na mais alta corte de justiça ou suprema corte são mulheres;  30,94% dos cargos legislativos estavam ocupados por mulheres em 2021 e, no setor privado, as mulheres representam 32% dos cargos gerenciais.
    No caso do Brasil, as mulheres representavam somente 18,6% dos cargos de liderança nos 12 setores do estudo, de acordo com dados de março de 2022. Elas eram apenas 18,2% das ministras no  Supremo Tribunal de Justiça e ocupavam  13,8% dos cargos legislativos (dados de 2021). Nos estados, 26% das secretarias estão ocupados por mulheres (segundo dados de 2023).
  2. As mulheres continuam a fazer “coisas de mulheres”.  A presença de mulheres em cargos  de liderança é maior (45,9%) em áreas associadas a estereótipos tradicionais de gênero, como Educação e Saúde, e sua presença diminui (38%) em setores tradicionalmente dominados por homens, como Finanças e Defesa. Esse comportamento persiste mesmo nos países onde a participação das mulheres é maior.
  1. No papel, a região prevê mais inclusão, mas, na prática, a tarefa ainda está pendente. Na maioria dos países existem regulamentos, organizações e políticas públicas para a integração da perspectiva de gênero, mas seu efeito ainda é incerto. A mera existência destes instrumentos não garante que o fim para o qual foram criados será cumprido.
  2. Para que a região implemente com sucesso políticas em direção à uma igualdade substantiva, é essencial fortalecer a capacidade do Estado de implementar, monitorar e avaliar tais políticas. Por exemplo, implementar sistemas de gestão de recursos humanos com uma perspetiva de género que promovam o acesso, a participação e a promoção das mulheres em múltiplos setores, especialmente a nível da tomada de decisões.
  3. A vontade política é fundamental para alcançar a igualdade de gênero, mas o maior desafio é sustentar esses avanços ao longo do tempo. Na maioria dos países da região, os cargos de liderança no setor público são cargos de confiança cuja nomeação é uma decisão política. Essa realidade tem duas implicações. Em primeiro lugar, mostra que é preciso considerar a forma de recrutamento ao projetar políticas que reduzam as barreiras de acesso das mulheres em cargos gerenciais, por exemplo. Em segundo lugar, mostra que, se existir vontade política, a presença de mulheres em cargos de gestão no sector público poder ser maior. O Brasil é um bom exemplo. Na época em que o estudo foi realizado, analisando dados entre janeiro e março de 2022, não havia mulheres ministras nos 12 setores analisados. A recente mudança de administração aumentou a participação para 27%.  Em 2018, aconteceu o contrário: o percentual de mulheres ministras caiu de 36% para 0. A volatilidade das posições políticas nos lembra que os ganhos em termos de presença de mulheres em cargos de liderança não são assegurados e, por isso, é necessário institucionalizar as políticas de igualdade de gênero para que sejam políticas de Estado e não políticas de governo.

A América Latina e o Caribe exigem uma agenda de gênero mais ambiciosa no setor público, que vai desde o cumprimento das formalidades até o verdadeiro aproveitamento do talento das mulheres na região. O setor público poderia ser a referência em cada país de como fechar a lacuna de gênero. Isso requer vontade política e priorização de ações concretas que sejam mensuráveis e alcançáveis ao longo do tempo. É hora de medir o progresso nas questões de gênero em termos de resultados, não simplesmente adotando normas, padrões e políticas que, na prática, não mudam nada.

Confira o estudo completo Mulheres líderes no setor público na América Latina e no Caribe para  saber mais sobre as propostas apresentadas para gerar mudanças efetivas para reduzir essas lacunas.


Arquivado em:Gênero, Gestão pública Marcado com:administração pública, gênero, igualdade de gênero

Sandra Naranjo

Sandra Naranjo Bautista é especialista líder em Gestão Pública na Gerência de Instituições para o Desenvolvimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Antes de entrar para o BID, foi consultora sênior em várias organizações, como o Banco Mundial, o Departamento de Assuntos Exteriores e Comércio da Austrália e a Fundação Gates. Anteriormente, foi vice-presidenta encarregada, ministra de Planejamento e Desenvolvimento e ministra do Turismo do Equador. É graduada em Economia e Finanças pela Universidade San Francisco, de Quito, certificada em Desenho, Gestão e Avaliação de Projetos para o Desenvolvimento pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) e tem mestrado em Administração Pública em Desenvolvimento Internacional pela Universidade Harvard.

Edgardo Mosqueira

Edgardo Mosqueira é Coordenador do Grupo de Gestão Pública da Gerência de Instituições para o Desenvolvimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Antes de entrar para o BID, foi especialista principal em Prática Global de Governança e Gestão do Setor Público do Banco Mundial. Anteriormente, foi Ministro de Estado no Peru. É formado em Direito e tem mestrado em Políticas Públicas Internacionais pela Escola de Estudos Internacionais Avançados (SAIS) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

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