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ChatGPT e educação: oportunidade, ameaça ou desafio?

02/02/2023 por Alejandro Morduchowicz - Juan Manuel Suasnábar Deixe um comentário


Será o fim dos professores? O adeus à escola como conhecemos? A reinvenção da educação, da escola e dos docentes? No final de 2022 foi lançado o ChatGPT, uma nova ferramenta que tira dúvidas sobre quase tudo. Dito assim, parece vinho velho em embalagem nova: em resumo, algo que o Google e a Wikipédia já fazem há décadas. Mas a novidade agora, é que o ChatGPT é capaz de elaborar respostas com coerência, coesão, pertinência e fluidez, criando a impressão de que há alguém ali digitando o que se vê na tela.

Assim que foi lançado, o ChatGPT virou sensação e se tornou uma das buscas mais frequentes na internet. É viciante, pelo menos no começo. Quem já experimentou sabe do que estamos falando. A qualidade das respostas e a rapidez da interação surpreendem: o ChatGPT consegue produzir textos precisos e completos de vários parágrafos, com alto grau de precisão e adequação à formulação feita pelo usuário. E faz isso em vários idiomas e em poucos segundos.

A irrupção do ChatGPT sacudiu mais uma vez os sistemas educativos do mundo e a questão que fica é quais as consequências que esta novidade terá para o trabalho dos professores e a incorporação de aprendizados pelos alunos.

O que exatamente é o ChatGPT?

Trata-se de um programa de computador baseado no que conhecemos como Inteligência Artificial (IA). Uma IA é um sistema de algoritmos capaz de executar tarefas que requerem regularmente inteligência humana; em particular porque são tarefas que precisam processar a linguagem, reconhecer padrões, aprender e tomar decisões.

O ChatGPT gera textos como um ChatBot, isto é, um robô de computador que conversa. Ao entrar em sua página, basta formular uma pergunta e a resposta será imediata. Pode ser sobre dados, reflexões ou atualidades, não há limite. Sendo um modelo pré-configurado, pode ser adaptado a tarefas específicas. Por isso, aproveitamos para verificar qual seria a orientação sobre como explicar para uma criança o que é a ferramenta:

Captura de tela de uma das consultas feitas pelos autores ao ChatGPT

As aplicações são múltiplas, e o grau de plasticidade e especificidade nas respostas é surpreendente; desde algo simples como a distância entre duas cidades, até um código de programação complexo.

O ChatGPT não é um buscador de respostas, mas um algoritmo complexo composto por mais de 175 milhões de parâmetros (valores que compõem os algoritmos da IA) que gera respostas adaptadas:

  1. ao contexto da pergunta;
  2. à exigência do usuário;
  3. ao grau de treinamento de seus algoritmos.

Portanto, se dois usuários fizerem a mesma pergunta, eles podem ter respostas semelhantes, mas não iguais (foi o que aconteceu conosco quando, separadamente um do outro, fizemos a pergunta que abre este artigo).

A escola (inutilmente) questionada diante do surgimento da inteligência artificial

Como acontece sempre que surgem tecnologias relacionadas com o saber e o conhecimento, logo surgem inquietações sobre a sua utilização nas escolas: dos que celebram as suas potencialidades aos que temem pela sua própria sobrevivência, passando pelos que observam as novidades quase com indiferença.

Por um lado, os otimistas celebram a ferramenta porque irá apoiar a tarefa de ensinar. Por outro lado, os céticos veem como uma dificuldade evidente a possibilidade de os alunos resolverem facilmente suas tarefas replicando as perguntas dos professores. Por fim, os indiferentes se perguntam se os buscadores (Altavista, Yahoo, Google, entre outros) modificaram o trabalho escolar.

Mas há mais, muito mais. Essas são perguntas que surgem toda vez que novas tecnologias aparecem no campo educacional. Em um momento já foi o rádio, depois a televisão, depois a internet. Agora é inteligência artificial. As tarefas escolares farão sentido? Os professores terão de se tornar fiscais de originalidade, buscando detectar se foi a inteligência humana ou artificial que resolveu as tarefas? Deverão criar uma forma diferente de defini-las? São questões legítimas que se somam a muitas outras geradas, a todo momento, pelas inovações tecnológicas nas escolas. E, como habitualmente, são preocupações que devem ser consideradas num quadro mais geral de reflexão sobre a relação (passada, presente e futura) entre as tecnologias e a escola.

Se, como acreditamos, a escola é uma tecnologia que, como tantas outras, se alimenta de outras tecnologias, o ChatGPT está longe de ser uma ruptura, podendo ser um novo ponto de inflexão em um movimento contínuo de mudanças (embora ainda exista quem acredite a escola continua a mesma de séculos atrás, só porque prédios e aulas ainda existem).

As oportunidades que o ChatGPT oferece à educação

Seu potencial é evidente, principalmente para os professores. Não só pelo conteúdo, que é a primeira coisa que vem à cabeça, mas porque poderia ser um auxiliar, um apoio na elaboração das propostas de ensino.

Por exemplo, pedimos ideias para ensinar sobre fotossíntese no primeiro ano do ensino médio. Depois da resposta, para testar – e brincar um pouco -, ampliamos nossa demanda e pedimos que nos dissesse também como ensinar sobre fotossíntese a partir de uma perspectiva ecológica e de gênero. Ainda estamos boquiabertos e sorrindo:

Parece que o ChatGPT é o elo que faltava para conectar os repositórios de recursos didáticos gerados na internet há algumas décadas com as necessidades específicas derivadas do cotidiano e da urgência da tarefa docente (e que os mecanismos de busca e portais educacionais nem sempre conseguem responder).

Assim, um professor de filosofia que queira abordar questões relacionadas com o gênero pode solicitar ao ChatGPT um documento com as principais normas internacionais sobre a matéria, ou os avanços legislativos no seu país ou, por que não, uma seleção, com base em determinados critérios, de notícias jornalísticas ou estatísticas relacionadas com a violação da igualdade de direitos nesta matéria. Tudo isso sem ter que dominar a estrutura e as complexidades dos buscadores convencionais. Uma simples pergunta, como seria feita a um colega, já é suficiente.

Este tipo de ação não substitui a tarefa do corpo docente, cuja função é selecionar, de forma pertinente e localizada, não somente a matéria como os recursos para sua abordagem. Em vez disso, o ChatGPT poderia liberar tempo de tarefas rotineiras ou pesadas, permitindo focar a atenção no acompanhamento dos estudantes.

Os desafios gerados pela nova ferramenta de inteligência artificial

A capacidade de responder perguntas, face visível do ChatGPT, levanta alguns alertas sobre o trabalho docente e/ou as tarefas escolares e a sua validade. Um dos mais difundidas atualmente é o receio de que o ChatGPT seja utilizado pelos alunos para resolver tarefas escolares apenas copiando as respostas, sem que os professores tenham controle sobre isso.

No entanto, isso parte de pressupostos como o de que a tarefa de ensinar se limita a repetir conteúdos e os alunos aprenderem a repeti-los. Se assim fosse, o ChatGPT seria o melhor professor e, ao mesmo tempo, o melhor aluno. Longe disso, professores e alunos podem potencializar suas capacidades e possibilidades com o apoio de tecnologias como a IA, como ocorreu com as calculadoras no caso da matemática. Sua existência não neutralizou ou ameaçou a tarefa docente, mas, considerando esses riscos, buscaram-se alternativas e estratégias para incorporar o uso da tecnologia e o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade nos processos de ensino e aprendizagem.

Por outro lado, como acontece com todo recurso, nem o ChatGPT em particular nem a inteligência artificial em geral irão melhorar magicamente, por si só, os problemas do setor. Assim como não são uma ameaça, também não são uma solução. São instrumentos com potencial de uso na educação. E, como qualquer outro, com alcance e limitações próprias.

E as condições de aprendizagem?

Isso tudo não pode omitir um ponto fundamental: na América Latina, menos de 30% dos lares vulneráveis ​​têm acesso a computadores para tarefas escolares e apenas um terço das escolas secundárias tem banda larga com alcance suficiente para trabalhar (BID, 2020). Como vem sendo alertado desde a pandemia, a possibilidade de incorporar novas tecnologias e recursos pedagógicos é restrita a poucos.

Nesse cenário, com um novo avanço tecnológico de potencial uso na educação, a brecha nas oportunidades escolares e na distribuição do conhecimento aumenta ainda mais. É por isso que nossos sistemas educacionais devem abordar esses déficits.

Como costuma acontecer nesses casos, todos os olhares estão voltados para professores e alunos. Mas a necessidade de políticas não deve ser ignorada para que essas ferramentas estejam disponíveis para todos. Sem os recursos mínimos – dispositivos e conectividade -, o aproveitamento da Inteligência Artificial continuará sendo mais uma questão de discussão do que de aplicação.

Quer saber mais sobre esses temas? Convidamos você a ler o blog “Big Data no planejamento educacional: da contagem de alunos à antecipação de soluções“. Como você acha que o ChatGPT afetará a educação? Você vê isso como uma oportunidade, um desafio ou uma ameaça? Deixe o seu comentário!

Texto publicado originalmente em espanhol, no blog Enfoque Educación

Leia mais:

Como usar a tecnologia de envelhecimento facial para estimular comportamentos positivos

Arquivado em:Ciência e tecnologia, Educação Marcado com:aprendizagem, educacao, ensino, inteligência artificial, tecnologia

Alejandro Morduchowicz

Alejandro Morduchowicz é Especialista Líder em Educação na Divisão de Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Atualmente está na Representação do Banco no México, onde é responsável pelas operações neste país. Ele é pesquisador e economista sênior especializado em planejamento, administração, análise de políticas públicas e economia e financiamento da educação. Na área de administração e planejamento, trabalhou no desenvolvimento e implementação de reengenharia de processos em sistemas educacionais, no desenho de carreiras docentes, e realizou diversos estudos sobre administração docente, eficácia escolar e planejamento da oferta e demanda do setor. No que diz respeito ao campo da economia e financiamento, participou na concepção de modelos para otimizar a eficiência na alocação de recursos em educação. É formado em Economia pela Universidade de Buenos Aires e pós-graduado em Economia pelo Instituto Torcuato Di Tella.

Juan Manuel Suasnábar

Juan Manuel Suasnábar é Professor e Graduado em Ciências da Educação (UNICEN-Argentina), Especialista em Ciências Sociais (FLASCO) e mestre em Big Data e Visualização de Dados pela Universidade Tecnológica TECH (Argentina). Docente e Pesquisador do Núcleo de Estudos Educacionais e Sociais da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nacional do Centro da Província de Buenos Aires. Membro da equipe do Observatório Educacional e Social da Universidade Pedagógica Nacional da Argentina. Sua área de pesquisa é o Direito à educação e a construção de indicadores para medir seu cumprimento.

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