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Os bootcamps de programação são uma resposta às necessidades da era digital?

10/01/2023 por Alison Cathles - Isabel Vicentini Deixe um comentário


A nível mundial, assim como na América Latina e no Caribe (ALC), a digitalização das empresas já estava em curso durante o ano de 2019, mas a pandemia levou as empresas a um novo mundo no qual as tecnologias digitais são necessárias para alcançar clientes e/ou funcionários em suas casas, e agora ainda mais, com a possibilidade de utilizar omni-canais, ou seja, canais offline e online que, ao invés de funcionarem em paralelo, são pensados ​​e orquestrados para cooperar entre si. Como consequência, nunca foi tão evidente como agora a necessidade de competências digitais para as empresas e profissionais darem um salto rumo à nova normalidade de uma economia mais digitalizada. Diante dessa situação, os bootcamps apresentam-se como solução.

A pandemia não somete foi o foco principal dessa galvanização digital, como também deixou muitos trabalhadores sem emprego, incluindo 13 milhões de mulheres na ALC (OIT, 2021), migrantes ou jovens desfavorecidos, todos que já enfrentam maior risco de desemprego.

No entanto, quase ao mesmo tempo, há áreas onde os empregos disponíveis estão aumentando. Mesmo antes da pandemia, já se estimava que até 2020 a ALC teria um vazio digital de meio milhão de profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) (Cisco, 2016). A Mercado Livre, por exemplo, planeja dobrar sua força de trabalho devido ao crescimento exponencial das vendas online, projetando que 25% dos novos empregos serão em funções de tecnologia e desenvolvimento de software (Millan, 2021). A demanda internacional por trabalhadores tecnológicos que podem trabalhar remotamente também apresenta oportunidades para a ALC (Revelo, 2022).

A Hireline, plataforma especializada em perfis tecnológicos, estimou que, em 2021, a oferta de empregos tecnológicos cresceria 88% no México. Cerca de 1 em cada 4 empregadores da área de TIC oferece a modalidade home office. Além disso, 20% a mais das vagas oferecidas em 2021 indicavam opções de trabalho remoto, em comparação com 2020 (Hireline). Este aumento da procura pode ser uma oportunidade para algumas pessoas que perderam o emprego e ficaram fora do mercado de trabalho adquirirem novas competências digitais ou atualizarem as existentes e, assim, conseguirem emprego numa área na qual os empregos são mais resilientes e os profissionais tendem a ter níveis mais altos de satisfação no trabalho (Aramburu et al., 2021).

Neste contexto pós-pandemia, a relevância dos bootcamps de programação só foi reforçada, e essas modalidades mostram estar à altura do desafio, oferecendo modalidades de estudo online e conteúdos ágeis que podem ser atualizados de acordo com a procura do mercado. Eggleston (2021) escreve que escolas e universidades estão lutando para descobrir o aprendizado remoto, enquanto os bootcamps de programação estão se preparando desde 2013. De acordo com Eggleston, isso ocorre, pelo menos em parte, porque os bootcamps de programação online já estavam usando vídeos do Zoom, Slack, GitHub e VS Code Live Share para programação em equipe e videoconferências para conectar mentores e instrutores com alunos. Além disso, nos EUA, é impressionante o salto nas parcerias entre bootcamps de programação e universidades entre 2020 e 2021. Por exemplo, o bootcamp internacional Le Wagon fez parceria com o Imperial College London para oferecer um programa de ciência de dados (Career Karma, 2021). Esta tendência mostra que os bootcamps têm muito para oferecer, não só a instituições de ensino mais tradicionais, mas também como modelos pedagógicos relativamente novos.

Como um sinal de mercado, na América Latina e no Caribe os investidores estão apostando alto em bootcamps de codificação

Internacionalmente, os bootcamps de programação nos EUA e no Canadá já haviam crescido de 30 em 2013 para mais de 600 em 2021, gerando uma indústria de US$ 350 milhões (Course Report, 2021). De fato, os investidores têm percebido as oportunidades no mercado de educação para o desenvolvimento de habilidades digitais avançadas, como no caso da ALC, onde se estima que só no Brasil há uma escassez de 25.000 profissionais de TI por ano (Azevedo, 2021). Grandes empresas de tecnologia da região, como Globant e Mercado Livre, têm revelado essa motivação, investindo no desenvolvimento de bootcamps de programação como o Digital House, bootcamp nascido e operado na ALC. De fato, dezesseis bootcamps da região aparecem no Crunchbase, plataforma digital que reúne informações sobre empresas privadas e públicas, informando que houve um grande pico no primeiro trimestre de 2021, com uma arrecadação total de US$ 90 milhões em 3 dos bootcamps que operam na região.

Gráfico 1. Trajetória cumulativa de financiamento de Bootcamps operando na ALC

Bootcamps também podem ser uma ferramenta de inclusão

Vários bootcamps de programação que operam na América Latina e no Caribe têm iniciativas voltadas para as populações mais vulneráveis ​​e começaram a fazer parcerias com entidades financeiras que apoiam esquemas de financiamento para programas de capacitação mais inclusivos.

Em uma pesquisa realizada em 2020 e no início de 2021 em bootcamps de programação que operam na região, a porcentagem de estudantes do sexo feminino aumentou constantemente, de apenas 25% em 2015 para 42% em 2020. Se os bootcamps voltados exclusivamente para uma população estudantil feminina forem removidos dessa média, até 2020 apenas uma em cada três (31%) são alunas, evidenciando a importância de continuar os esforços para aumentar a participação das mulheres no desenvolvimento tecnológico.

Gráfico 2. Questionários sobre Bootcamps de Programação: Porcentagem média de alunas em bootcamps com participação mista ou feminina na ALC

Um mapeamento recente de mais de 50 bootcamps na região, seja com campus físico ou 100% online (nascidos ou criados em um país da região), constatou que nove deles geram uma abordagem inclusiva ao abordar populações que tradicionalmente têm menos acesso a este tipo de ensino. Entre os casos temos a reprograma, que busca diminuir a brecha de gênero e diversidade, capacitando mulheres negras e transexuais no Brasil. A iniciativa ganhou recentemente o Prêmio BID para Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) 2022 apoiado pelo BID Labo. Outros projetos são o Laboratoria, que busca reduzir a desigualdade de gênero no desenvolvimento de talentos digitais, promovendo a formação de mulheres programadoras no México, Colômbia, Peru, Brasil e Chile, e HolaCode, que incentiva a participação de migrantes com menos acesso econômico ao mercado de desenvolvimento de talentos digitais no México. No entanto, estas intervenções ainda são limitadas e, por isso, é imperativo continuar a explorar as possibilidades de formações do tipo bootcamp de programação para promover o desenvolvimento de competências digitais avançadas dirigidas a pessoas vulneráveis.

Como os bootcamps são financiados?

Os bootcamps de programação estão aumentando suas ofertas de bolsas de estudo e outros financiamentos em momentos de necessidade. Alguns exemplos incluem:

  • Ironhack, um bootcamp internacional com operações na América Latina que fez parceria com a Landing.Jobs para criar um fundo de bolsas de £ 300.000. A bolsa destina-se a quem foi afetado no trabalho pela COVID-19 e cobrirá matrículas parciais ou integrais nos bootcamps da Ironhack em Lisboa, Madrid, Barcelona, ​​​​bem como os seus bootcamps online (Eggleston, 2021).
  • Entre os graduados do bootcamp de programação nos EUA e Canadá em 2020, 60% dos entrevistados usaram ou receberam a oferta de inscrição diferida ou ISAs (Income Share Agreements, ou acordos de compartilhamento de renda). Trata-se de instrumentos financeiros nos quais os alunos adiam o pagamento das mensalidades do curso até que estejam empregados, pagando uma porcentagem do seu salário à escola por um período determinado).
  • Por sua vez, o BID tem apoiado uma série de iniciativas para: (a) atrair provedores internacionais de treinamento bootcamp em países onde tais provedores são limitados ou inexistentes (caso da Costa Rica); (b) conceder bolsas de estudo a pessoas da região para desenvolver as habilidades digitais demandadas (casos de Belize, Chile, Paraguai, Peru e México); (c) incluir a contribuição do BID Lab para desenvolver o setor de bootcamp na ALC com um enfoque inclusivo; e (d) trabalhar com provedores para desenvolver um planejamento de bootcamp altamente inovador, focado no desenvolvimento de habilidades em Machine Learning e Inteligência Artificial, especificamente voltada para mulheres e pessoas que vivem em regiões rurais (caso do Uruguai).

Aumentar a disponibilidade de habilidades digitais avançadas para empresas exigentes é uma forma de melhorar a vida na região, facilitando o acesso a melhores empregos para grupos normalmente excluídos. Os bootcamps de programação podem promover a igualdade, a inclusão e o fechamento de lacunas sociais por meio da inovação e de novos modelos educacionais que desenvolvam habilidades digitais avançadas, com vistas a um futuro melhor para os países da região.

Este texto foi publicado originalmente em espanhol, no blog Puntos sobre la i

Leia também:

Habilidades para o trabalho: passos na direção certa

Arquivado em:Ciência e tecnologia, Trabalho Marcado com:empregos para a juventude, equidade de gênero, mercado de trabalho, tecnologia

Alison Cathles

Alison Cathles é consultora independente. Suas pesquisas concentram-se na área de competências e trajetórias educativas no contexto de mudança tecnológica que se verifica atualmente. Tem doutorado em Inovação, Economia e Governança para o Desenvolvimento pela UNU-MERIT/Maastricht University e mestrado em Administração Pública e Políticas Públicas pelo Institute for Public Affairs (CIPA) da Cornell University.

Isabel Vicentini

Isabel Vicentini é consultora da Divisão de Competitividade e Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde integra a equipe do Laboratório de Inovação (I-Lab). Trabalhou extensivamente no desenho de serviços centrados no humano, no desenvolvimento estratégico institucional, na implementação e gerenciamento de projetos de e-government e serviços transacionais. Antes de ingressar no BID, trabalhou mais de cinco anos no setor público na Venezuela, atuando como Diretora de Serviços ao Cidadão da Prefeitura do Município de Sucre de Caracas, projetando e implementando canais e serviços básicos para conectar os cidadãos com o governo local. Também foi consultora de diferentes organizações não-governamentais para melhorar seu desenvolvimento gerencial e estratégico. Possui MPA pela New York University (NYU) e pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Universidad Católica Andrés Bello em Caracas, Venezuela.

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