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O desafio de inovar em habitação popular e urbanização: as propostas de João Pessoa

06/02/2020 por Clementine Tribouillard - Esperanza González-Mahecha Deixe um comentário


Estamos recebendo até 11 de março propostas inovadoras para projetos de infraestrutura urbana e até 26 de março para projetos de unidades habitacionais na Paraíba!

Quando pensamos em projetos que envolvem moradias para pessoas de baixa renda, os exemplos que aparecem na nossa cabeça estão caracterizados por: construções massivas, com uniformidade e pobreza arquitetônica, sem paisagismo, com manutenção mal pensada. Além disso, muitas vezes, as soluções de moradia são desenvolvidas em regiões muito distantes das redes de emprego, transporte, infraestrutura urbana, lazer, dentre outros.

Estas características são recorrentes e se devem a vários fatores, entre eles: a escala do desafio social que precisa atender a milhares (se não milhões) de famílias; um setor da construção civil que costuma privilegiar novas construções em grandes conjuntos em relação a pequenas intervenções; a falta de articulação com a comunidade desde a concepção do projeto, o que faz com que muitas vezes se desconheçam suas preferencias; orçamentos reduzidos disponíveis; cálculos financeiros que geralmente não incluem os custos colaterais ambientais, econômicos e sociais das opções; processos de compras que não refletem critérios de sustentabilidade.

Fotos: Massificação semelhante em diversas épocas e países (aqui, Sevilla na Espanha e Teresina no Brasil). Fonte: Creative Commons

 

Na cidade de João Pessoa, na Paraíba, um conjunto de forças se alinharam para tentar mudar este quadro. No âmbito do Programa João Pessoa Sustentável, uma parceria entre a Prefeitura e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, por um valor de USD 200 milhões, se prevê o reassentamento de mais de 800 famílias em situação de risco na área chamada de Complexo Beira Rio. A construção de unidades habitacionais para estas famílias também será acompanhada por obras de melhoria urbana das oito comunidades que compõem o Complexo, como pavimentação, iluminação pública, drenagem, parque linear ao longo do Rio Jaguaribe etc.

As equipes concordaram desde o início sobre a importância de mudar os paradigmas, e propor uma intervenção baseada em alguns pilares fundamentais como:

  • Conjuntos habitacionais de pequena escala, repartidos em três terrenos localizados dentro do bairro e inseridos no tecido urbano;
  • Foco em custos de manutenção reduzidos ao seu mínimo, para não pesar no orçamento das famílias, através, por exemplo, de economia de água e energia (dispositivos economizadores de água, medição individualizada, arquitetura bioclimática para reduzir demandas de ar condicionado etc.);
  • Uso de materiais locais e/ou reciclados, e promoção de canteiros de obra sustentáveis, não somente para os imóveis, mas também para os espaços públicos, mobiliário urbano etc.;
  • Inclusão de gênero desde a fase da concepção, usando ferramentas como caminhadas de gênero para identificar necessidades e expectativas especificas, pensando em espaços de geração de renda e empreendedorismo, preparando-se para uma maior inclusão das mulheres no mercado da construção civil;
  • Funcionalidade e modularidade, para propor espaços individuais e de convivência heterogêneos, agradáveis e estéticos, com a possibilidade de expansão planejada, pois afinal de contas o design arquitetônico não deve se restringir a uns poucos!

Fotos: Boas práticas nacionais e internacionais em intervenções urbanas para população de baixa renda (casas evolutivas em Quinta Monroy no Chile, conjuntos com baixa pegada de carbono na Savonnerie Heymans na Bélgica, bairro ‘Mulheres-Trabalho-Cidades’ em Viena na Áustria). Fontes: Creative Commons e Facebook FrauenWerkStadt. Para mais insumos, ver a publicação “Vivienda, ¿Qué viene?”

 

Internamente, as equipes se capacitaram nestes conceitos, através de diversas oficinas, sobre equidade de gênero e construção verde, com a colaboração de parceiros como o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. Sessões de informação e discussão com parceiros chaves como o Sinduscon, o CAU ou o CREA também foram organizadas o ano passado, para que o tecido empresarial local seja receptivo e proativo nestas inovações. E agora chegou a hora de começar com propostas concretas: a Prefeitura lançou dois convites para manifestar interesse, dirigidos a empresas do mundo inteiro querendo preparar, respectivamente, projetos de habitação social e de infraestrutura urbana. Os dois vídeos a seguir apresentam de maneira sintética estes desafios:

Torcemos para que cheguem propostas inovadoras para poder contar, daqui a alguns meses, o próximo capítulo desta história!

Blog também disponível em inglês no blog Sustainable Cities.


Arquivado em:Cidades Marcado com:habitação popular, licitação, manifestação de interesse, obras urbanas

Clementine Tribouillard

Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

Esperanza González-Mahecha

Esperanza González-Mahecha é economista com especialização em estatística da Universidade Nacional da Colômbia. Atualmente é consultora da Divisão de Mudanças Climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Antes do BID, Esperanza fez parte do Centro de Economia Energética e Ambiental (CENERGIA) da COPPE/UFRJ, participando em projetos de consultoria para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), PNUMA e OLADE. Na Colômbia, Esperanza trabalhou na Comissão de Regulação de Água Potável e Esgoto (CRA) e foi Consultora da Empresa Colombiana de Petróleos (Ecopetrol) e da Unidade de Planejamento Minero-Energético (UPME). Mestre e Doutora em Planejamento Energético da COPPE/UFRJ. Foi pesquisadora visitante da Universidade do Minho em Portugal e participou no programa YSSP do Institute for Applied Systems Analysis (IIASA).

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