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Novo Fundeb: prós e contras das propostas em debate

24/10/2019 por Tássia Cruz - David Plank - Gregory Elacqua - Luana Marotta - Sammara Cavalcanti Soares - João Cossi 1 Comentario


Governo e sociedade civil discutem hoje a renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O chamado novo Fundeb apresenta-se como uma janela de oportunidade única para a permanência e aprimoramento do principal mecanismo de financiamento da educação básica no Brasil.

Hoje, o Fundeb atende o ensino básico desde a creche até o ensino médio. Ele é formado por 27 fundos  abastecidos por recursos provenientes de impostos e transferências dos estados, municípios e Distrito Federal. Como estes fundos são de âmbito estadual, a receita do Fundeb de um estado depende do montante que aquele estado e seus municípios são capazes de arrecadar a partir de suas próprias bases tributárias. Os recursos do Fundeb são distribuídos de volta para os entes federados com base no número de matrículas em cada etapa e modalidade de ensino. Além desses recursos, a União transfere uma quantia complementar para os fundos que não alcançam o valor mínimo por aluno definido nacionalmente.

A publicação Novo Fundeb: Prós e Contras das Propostas em Debate, realizada em parceria com o D3e, discorre sobre cinco componentes-chave do fundo, sendo eles, a arrecadação da receitas que compõem o fundo, os seus critérios de redistribuição, a complementação da União, o valor mínimo nacional por aluno/ano e as despesas a serem financiadas. Neste relatório, buscamos responder três principais perguntas: 1) Como funciona cada um desses componentes? 2) Quais as propostas para revisá-los? 3) Quais os prós e os contras dessas propostas e o que mais deve ser considerado? Para ajudar a compreender esse leque de informações, veja abaixo as principais propostas em debate:

  1. Sobre a arrecadação

Como funciona atualmente?

A cesta tributária do Fundeb é formada por 20% das receitas de alguns impostos e transferências constitucionais vinculadas à educação dos estados, Distrito Federal e municípios.

Quais as principais propostas?

Algumas propostas sugerem a inclusão de impostos municipais que não integram o Fundeb para que haja uma redistribuição mais equalizadora dos recursos entre entes federados. Além disso, discute-se a necessidade de revisar a atual cesta de impostos do Fundeb tendo em vista potenciais perdas de receita do ICMS ou reformas tributárias que mudem significativamente os valores atualmente vinculados ao fundo.

Prós e contras

  • Introduzir tributos municipais na cesta de impostos do Fundeb pode de fato diminuir as desigualdades no financiamento da educação básica, mas é importante considerar certos desafios. Primeiro, existe um obstáculo político, pois municípios grandes e ricos provavelmente perderiam significativamente mais recursos do que municípios mais pobres se novos impostos locais fossem utilizados na arrecadação do fundo. Incertezas quanto à disponibilidade e a transparência dos dados oficiais desses tributos também dificultam a operacionalização de tal proposta.
  • Para suavizar o efeito dos movimentos cíclicos da economia no montante arrecadado, uma alternativa é adotar uma técnica que capte a tendência de longo prazo da economia por meio da média móvel: em períodos de expansão, a média móvel promoveria a utilização dos recursos abaixo do total arrecadado (gerando poupança), ao passo que, em momentos de retração, elevaria o uso acima do que a economia produziu (“consumindo” a poupança do período de expansão).
  1. Sobre a redistribuição

Como funciona atualmente?

Os recursos do Fundeb são distribuídos para os fundos estaduais proporcionalmente ao número de matrículas em cada etapa e modalidade de ensino.

Quais as principais propostas?

As principais propostas relacionadas aos critérios de redistribuição são: pesos maiores para etapas e modalidades de ensino com demanda superior à capacidade da rede de ofertar vagas (por exemplo, creches e escolas de tempo integral); incluir ponderações por nível socioeconômico e capacidade de arrecadação fiscal; e criar mecanismos na fórmula do Fundeb para reduzir os índices de repetência

Prós e contras

  • Aumentar o peso de etapas e modalidades que possuem maior demanda (como creches e ensino integral) pode incentivar políticas de expansão, mas, por outro lado, ampliar a desigualdade na distribuição dos recursos: redes com mais matrículas em creches e escolas de tempo integral, por exemplo, normalmente têm nível socioeconômico mais alto.
  • Um peso maior para estudantes mais pobres é uma boa alternativa para compensar as desvantagens sociais que esses grupos enfrentam. Incluir, adicionalmente, um peso para o potencial de arrecadação fiscal do município impõe ao governo local a responsabilidade de não reduzir sua arrecadação. Notamos, contudo, que fórmulas excessivamente complexas dificultam a transparência na distribuição dos recursos.
  • Quanto à discussão sobre a taxa de repetência, atualmente o repasse a um determinado município pode ser afetado pelo aumento do indicador em outras redes no mesmo estado. Nesse sentido, a proposta de diminuir o peso de alunos repetentes pode ser um bom incentivo para reduzir os índices de repetência, que são altos.
  1. Sobre a complementação da União

Como funciona atualmente?

Quando o valor por aluno/ano decorrente das receitas do Fundeb (Valor Anual por Aluno: VAA_Fundeb) fica abaixo do valor mínimo nacional por aluno/ano, o estado e seus municípios recebem recursos adicionais do governo federal — a chamada complementação da União, cujo montante equivale a 10% da receita total arrecadada pelo Fundeb.

Quais as principais propostas?

  • Algumas propostas defendem que, ao invés de definir os beneficiários da complementação da União com base no VAA_Fundeb, o governo federal deveria priorizar entes federados com baixo valor por aluno/ano quando a totalidade das receitas vinculadas à educação fosse considerada (VAA_Total).
  • Ao invés de transferir os recursos da complementação para fundos estaduais, como ocorre atualmente, propõe-se que o governo federal envie os recursos diretamente para as redes de ensino com baixo valor total por aluno/ano.

Prós e contras

  • Evidências indicam que a complementação com base no VAA_Total e com recursos enviados diretamente aos entes federados seria mais equitativa do que o modelo atual (TANNO,2017). No entanto, há desafios operacionais no uso do VAA_Total por conta da estrutura fixa de despesas que não são em MDE (com recursos fora da cesta do Fundeb), além da dificuldade de estimar a arrecadação com impostos que atualmente não financiam o fundo.
  • Ao condicionar o repasse dos recursos da complementação da União a certas ações indutoras de qualidade é necessário garantir que sistemas com alunos mais vulneráveis — que normalmente têm mais dificuldade de produzir melhores resultados — não sejam penalizados injustamente por suas condições socioeconômicas.

Para saber os aspectos dos componentes “Valor mínimo nacional por aluno/ano” e “Despesas a serem financiadas” faça o download da publicação “Novo Fundeb: Prós e Contras das Propostas em Debate”.

 

O futuro do Fundeb é uma das questões mais urgentes da educação brasileira no momento. A revisão desta política exigirá um equilíbrio nas decisões que afetam a adequação, a equidade e a eficiência dos gastos educacionais. Não existe um equilíbrio “certo” entre esses fatores, mas é essencial que estes três elementos sejam sempre considerados.


Arquivado em:Educação Marcado com:educação pública, financiamento da educação básica, novo Fundeb, renovação do Fundeb

Tássia Cruz

É professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da FGV. Possui PhD em Economia da Educação e mestrado em Economia pela Universidade de Stanford (EUA). É graduada em Economia pela PUC-Rio. Trabalhou como gerente de projetos na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República em 2015. Também trabalhou como consultora do Banco Mundial em parceria com diversas Secretarias de Educação em avaliações de impacto de programas educacionais. É especialista em financiamento da educação e mercado de trabalho de professores no Brasil.

David Plank

É professor pesquisador da Escola de Educação da Universidade de Stanford (EUA) e codiretor do Centro Lemann. Trabalhou por 11 anos como Diretor Executivo do Policy Analysis for California Education (PACE). Também trabalhou como consultor para o Banco Mundial, Programa de Desenvolvimento da ONU, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ford Foundation, e governos Latino Americanos, incluindo Brasil, e Africanos. Trabalhou como professor visitante na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e publicou diversos estudos relacionados à educação Brasileira, incluindo um livro, “Política Educacional no Brasil: Caminhos para a Salvação Pública”.

Gregory Elacqua

Gregory Elacqua é responsável por uma extensa pesquisa sobre educação na América Latina e atua na reforma de políticas educacionais. Atualmente é o Economista Principal da Divisão de Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Washington D.C. Sua pesquisa concentra-se em políticas educacionais com três principais focos: economia e financiamento da educação, aliados à gestão financeira escolar; equidade educacional, passando por valorização docente e atribuições centralizadas de professores e estudantes; além de economia política do sistema educacional como um todo. Publicou diversos livros e artigos acadêmicos, comparando os mais variados aspectos da educação em muitos países. No passado recente, foi diretor do Instituto de Políticas Públicas da Escola de Negócios e Economia da Universidade Diego Portales (UDP) e professor da Escola de Governo da Universidade Adolfo Ibáñez, ambos no Chile. Também tem atuado no mundo da política educacional, tendo sido assessor de três ministros da Educação e de um membro da Comissão de Educação do Senado também no Chile. Esteve envolvido na concepção e implementação de reformas educacionais no Chile e em outros países da América Latina. Gregory é Ph.D. em Políticas Públicas pela Universidade de Princeton.

Luana Marotta

Luana Marotta is an Education Senior Associate at the IDB’s Education Division. She currently leads the education projects in Ecuador and Bolivia. Her work has been mostly focused on issues affecting the teacher labor force, including recruitment, hiring, and preparation, as well as teachers’ effects on student outcomes. Prior to joining the IDB, Luana has lectured at the George Washington University and has worked at the Stanford Lemann Center, the Canadian Research Institute of Social Policy, the Learning Bar, and the Group of Educational Evaluation and Measurement with a wide array of education projects, including research on educational measurement, social stratification and educational inequalities, and impact evaluation of education policies. She holds a Ph.D. in Sociology of Education and International Education from Stanford University, a M.A. degree in International Education from Stanford University, and a M.A. degree in Sociology from the University of New Brunswick.

Sammara Cavalcanti Soares

Licenciada en Ciencias Económicas por la Universidad Federal de Pernambuco. Realizó su doctorado en la Facultad de Economía de São Paulo (EESP-FGV) en 2017 y se unió al equipo de la iniciativa CLEAR (Centro Regional de Aprendizaje sobre evaluaciones y resultados - Brasil y África Lusófona) entre 2014 y 2017. Actualmente trabaja como investigadora en la División de Educación del Banco Interamericano de Desarrollo (BID) en Washington, DC. Tiene experiencia en el área de Economía, con énfasis en economía de la educación, microeconometría, financiamiento de la educación y evaluación de políticas públicas.

João Cossi

Especialista Sênior em Educação para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, responsável pelas operações e estudos do BID no setor. Possui mestrado em educação internacional e comparada pela Universidade de Stanford (EUA) e graduação em Engenharia pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Cofundou o D3e – Dados para um Debate Democrático na Educação. Trabalhou na Fundação Lemann, em parceria com os secretários estaduais e municipais de educação, para engajamento das redes de ensino na discussão e implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também trabalhou na Secretaria de Estado da Educação de SP, na área de Tecnologia e Avaliação, implementando projetos que usavam inovação para melhorar o aprendizado dos estudantes. Iniciou a carreira na Integration Consulting, desenvolvendo diferentes projetos de negócios em diversos setores.

Reader Interactions

Comments

  1. edson martins de melo diz

    14/07/2020 at 7:16 pm

    obrigado pelos esclarecimentos.

    Reply

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