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Impulsionando a Bioeconomia da Amazônia por meio da Gastronomia e Sistemas Alimentares Resilientes

July 10, 2025 por Yves Lesenfants - Veronica Galmez Leave a Comment


Apesar de abrigar mais de 14.000 espécies de plantas conhecidas¹, a biodiversidade da Amazônia permanece significativamente subutilizada nos mercados comerciais. Pesquisas mostram que apenas cerca de 30 espécies alimentícias nativas da Amazônia aparecem regularmente nos mercados² e, das 1.097 espécies de plantas alimentícias nativas identificadas no Brasil, apenas 5% alcançaram escala comercial significativa³. Esse potencial inexplorado representa não apenas uma oportunidade econômica perdida para a região, mas também representa riscos à sustentabilidade da conservação da biodiversidade.

A situação enfrentada pelas comunidades amazônicas, tanto rurais quanto urbanas, reflete uma interação complexa entre a erosão cultural e os desafios da segurança alimentar. A rápida perda de sistemas de conhecimento tradicionais representa mais do que apenas uma questão cultural – ela mina fundamentalmente os fundamentos do uso sustentável dos recursos na região. À medida que as línguas e os conhecimentos indígenas desaparecem, as comunidades perdem conhecimentos insubstituíveis sobre ecossistemas locais, padrões de abastecimento e colheita sazonal, técnicas tradicionais de preservação de alimentos e as propriedades das plantas locais⁴. Essa erosão do conhecimento tradicional impacta diretamente a capacidade das comunidades de manter práticas alimentares sustentáveis ​​que evoluíram ao longo de gerações.

A transformação dos sistemas alimentares locais adiciona outra camada de complexidade a esse desafio. Um estudo abrangente na região da tríplice fronteira Colômbia-Brasil-Peru nos mostra como os sistemas alimentares tradicionais estão sendo rapidamente substituídos por importações processadas. Essa mudança não afeta apenas os insumos e os resultados nutricionais, mas também aumenta a vulnerabilidade da comunidade a choques externos. O processo de urbanização na Amazônia está acelerando essa transformação, com uma transição marcante de fontes de alimentos silvestres para domesticados na Amazônia brasileira⁵. Essa mudança é particularmente significativa porque os sistemas alimentares tradicionais historicamente forneceram recursos nutricionais diversos por meio de uma integração sofisticada da diversidade agrícola e da coleta de alimentos silvestres.

A vulnerabilidade desses sistemas alimentares em mudança torna-se especialmente evidente durante eventos climáticos extremos. Secas hidrológicas recentes causaram anomalias excepcionais de águas baixas em toda a bacia amazônica, com períodos de águas baixas durando cerca de um mês a mais do que o normal. Essas secas prolongadas criam impactos em cascata sobre as populações locais, interrompendo tanto as práticas tradicionais de coleta de alimentos quanto as cadeias de suprimentos modernas que entregam alimentos processados ​​a comunidades remotas. Comunidades que se afastaram dos sistemas alimentares tradicionais frequentemente se encontram duplamente vulneráveis ​​– tendo perdido o conhecimento necessário para depender de recursos locais e se tornando cada vez mais dependentes de suprimentos externos de alimentos, que são altamente suscetíveis a perturbações climáticas.

O momento certo para a intervenção é crucial. À medida que nos aproximamos da primeira COP do clima na Amazônia, há uma oportunidade oportuna para posicionar estratégias inovadoras de sociobioeconomia.

Apresentando o TasteAmazonia

O TasteAmazonia é uma iniciativa transformadora concebida no âmbito do programa de coordenação regional Amazônia Sempre, com o objetivo de impulsionar o potencial socioeconômico da bioeconomia amazônica por meio da gastronomia sustentável, garantindo a conservação da natureza e o bem-estar da comunidade. Como parte da abordagem abrangente do Amazonia Sempre para o desenvolvimento regional, o TasteAmazonia opera por meio de quatro pilares integrados:

Primeiro, o pilar Desenvolvimento de Ecossistemas Empreendedores concentra-se no empoderamento de empreendedores ao longo da cadeia de valor da alimentação e da gastronomia, com atenção especial aos jovens e povos indígenas. Isso inclui serviços abrangentes de desenvolvimento de negócios e mecanismos de financiamento inovadores que recompensam práticas sustentáveis.

Em segundo lugar, a iniciativa estabelece a Rede de Hubs do TasteAmazonia: estabelecimentos culinários estrategicamente localizados (restaurantes, cafés, mercados de alimentos e escolas de culinária) que servem como centros de inovação onde detentores de conhecimento tradicional, produtores locais e chefs regionais e internacionais colaboram. Conectados por meio de uma plataforma digital, esses Hubs facilitam o compartilhamento de conhecimento, a documentação de práticas alimentares tradicionais e os processos de abastecimento em toda a região.

Em terceiro lugar, o pilar Segurança Alimentar Regional e Adaptação Climática garante que os esforços de desenvolvimento contribuam para sistemas alimentares resilientes e baseados na biodiversidade. Isso é particularmente crucial para as populações rurais, dadas as evidências recentes de como as secas hidrológicas aumentaram a duração dos períodos de águas baixas na bacia amazônica, afetando o acesso das populações locais ao abastecimento alimentar.

O quarto pilar, Sistemas de Mercado e Desenvolvimento Comercial Sustentável, cria cadeias de valor equitativas da floresta à mesa, que alavancam o comércio regional e internacional para sistemas alimentares e gastronomia resilientes. Este componente desenvolve sistemas de mercado para comercializar produtos amazônicos de forma eficaz por meio de plataformas de mercado, estratégias de exportação e branding territorial.

Impacto Esperado

Por meio dessa abordagem sistêmica e territorial, o TasteAmazonia visa criar um impacto duradouro, fortalecendo a soberania alimentar, criando oportunidades econômicas sustentáveis, preservando o conhecimento tradicional, protegendo a biodiversidade e construindo sistemas alimentares resilientes. A ênfase da iniciativa tanto na integração vertical (da floresta à mesa) quanto na integração horizontal (colaboração sistêmica) garante a distribuição equitativa de benefícios em toda a cadeia de valor.

TasteAmazonia representa uma iniciativa fundamental dentro do programa Amazônia Sempre, que aproveita o potencial gastronômico da Amazônia e, ao mesmo tempo, contribui para sistemas alimentares mais resilientes.

A iniciativa TasteAmazonia será coordenada pela Unidade de Coordenação da Amazônia, com projetos específicos liderados por equipes e parceiros do Grupo BID. O BID Lab liderará a primeira operação, alavancando sua expertise em inovação e desenvolvimento de ecossistemas empreendedores para catalisar a fase inicial de implementação.

Você está pronto para o TasteAmazonia?

Referências

  1. Cámara-Leret, R., & Bascompte, J. (2021). Language extinction triggers the loss of unique medicinal knowledge. Proceedings of the National Academy of Sciences, 118(24).  
  2. Chaves, W. A., Valle, D. R., Monroe, M. C., Wilkie, D. S., Sieving, K. E., & Sadowsky, B. (2024). Urbanization and food transition in the Brazilian Amazon: From wild to domesticated meat. Proceedings of the National Academy of Sciences.  
  3. Clement, C. R., et al. (2015). The domestication of Amazonia before European conquest. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, 282(1812).  
  4. Costa, M. L., et al. (2019). The indigenous peoples of the Brazilian Amazon: contributions to the biodiversity and management of forest resources. Forest Ecology and Management, 438.  
  5. IPBES (2019). Global Assessment Report on Biodiversity and Ecosystem Services. Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services.  
  6. Smith, N., et al. (2017). Amazon-Andes food systems: Biodiversity, livelihoods and markets. Food and Agriculture Organization of the United Nations.  
  7. Ulian, T., et al. (2020). Unlocking Plant Resources to Support Food Security and Promote Sustainable Agriculture. Plants, People, Planet.  
  8. Van Vliet, N., et al. (2015). Trends, drivers and impacts of changes in swidden cultivation in tropical forest-agriculture frontiers: A global assessment. Global Environmental Change, 28

Filed Under: Amazonia Tagged With: Amazonia, bioeconomia, Clima, Environment

Yves Lesenfants

Yves Lesenfants é um ecologista belga com mais de 30 anos de experiência de campo na América Latina, especialmente nas regiões andina e amazónica. É especialista em inovação tecnológica para conservação, desenvolvimento e gestão de terras. Atualmente, lidera actividades relacionadas com a inovação, a bioeconomia e a inteligência geoespacial para o Programa Amazónia para Sempre do BID.

Veronica Galmez

Veronica Galmez is the Sector Lead Specialist in IDB’s Amazon Coordination Unit. Previously, Veronica served as Deputy Director of the Green Climate Fund’s division of public sector programmes covering multiple sectors for a resilient and low emissions development. Prior to her deputy role, she led the ecosystems portfolio at GCF, mobilizing climate finance for nature conservation. Prior to her roles at GCF, she worked at Helvetas Swiss Intercooperation implementing the climate change and natural resources agenda in Andean and Amazonian countries. Ms. Galmez is a Peruvian forestry engineer from La Molina University and holds a master’s degree in tropical environmental science at the University of Turku, Finland. She also holds a postgraduate certificate in Sustainable Business from the University of Cambridge.

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