No quarto episódio de Caminhos para o Turismo, as convidadas Ana Carla Fonseca, diretora da Garimpo de Soluções, e Carla Tieppo, pioneira na aplicação da ciência do cérebro no desenvolvimento humano e organizacional, conversaram sobre as relações entre turismo e bem-estar. Entendendo o bem-estar como um estado amplo, que abrange tanto os aspectos físico, como também mental e social, elas trouxeram possíveis conexões para que o turismo promova esse amplo bem-estar.
Trazemos aqui alguns insights tirados dessa conversa, que deixa qualquer um com vontade de viajar. Não deixe de ouvir o episódio completo!
O TURISTA COMO AGENTE ATIVO
Quem atua com turismo aprende desde cedo lições do servir, da hospitalidade, de tratar o visitante como “rei”. E se dissermos que a lógica não é bem essa? A lição aqui é sobre a importância de pensar experiências em que o turista possa ser provocado a colocar a mão na massa, a imergir numa cultura local e ser transformado por ela, sendo ao mesmo tempo agente de transformação do destino. Viajar não é só sobre comprar o artesanato para levar de lembrança para os familiares, mas sobre conhecer quem faz, saber sua história e até arriscar aprender como fazer também. Essa vivência de fato pode levar ao turista a um bem-estar profundo e genuíno, já que bem-estar não é sinônimo de tranquilidade, mas sim de sentir-se potente, útil e pleno. É ter propósito, engajamento, protagonismo e sentido de vida.
ESPAÇOS AMPLIADOS
A vida nas grandes metrópoles está cada vez mais concentrada e compacta: vive-se em apartamentos pequenos, com menos contato social – aspectos ainda mais acentuados com a pandemia.. O bem-estar é potencializado em espaços mais amplos e abertos. Mais céu do que teto sobre nossas cabeças proporciona bem-estar. O turismo é também uma possibilidade de ter contato com mais espaço e com essa sensação de liberdade que leva ao bem-estar.
A NATUREZA, SUAS CORES E RITMO
Além dos espaços apertados, a vida na cidade também é mais cinza. As cores da flora, da fauna e das artes são combustíveis para a criatividade. Nossas rotinas apresadas também têm um ritmo muito diferente da cadência da natureza, mais lenta, com velocidades muito mais próximas da nossa respiração e batimentos cardíacos. O contato com essa natureza, com o canto dos pássaros, o nascer e o pôr do sol, o barulho das águas, leva uma mensagem ao nosso cérebro de que tudo vai bem, nos mantendo mais centrados.
REPERTÓRIO
Renovar nosso repertório nos conecta com o momento presente e transforma nosso olhar. A partir do acesso a narrativas de outras pessoas, a outras culturas, a outros lugares, conseguimos melhorar nosso entendimento de outras realidades – assim podemos até entender melhor o passado e esperar o futuro. Por isso é muito importante que os destinos contem boas histórias, com bons protagonistas. Elas que acionam a nossa atenção e fazem conexões. Histórias provocadoras e instigantes enriquecem a alma, o corpo e a mente.
Aproveite para aprofundar no tema com este estudo sobre tendências de bem-estar:
Confira as maiores tendências em bem-estar divulgadas pelo CB Institute
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