A conexão entre turismo e inovação remodelou o setor nas últimas décadas – e vai remodelar ainda mais. Porém é preciso visualizar como as tecnologias podem ser utilizadas para de fato a solucionar problemas dos destinos, os desafios para sua competitividade e para ampliar sua sustentabilidade, fugindo da armadilha de empregar uma tecnologia apenas por ela mesma, porque é uma moda.
A conversa do podcast dessa semana trouxe o Diretor de Telecomunicações da Intel, Jayro Navarro, e a Coordenadora de Turismo do Sebrae Paraná, Patrícia Albanez, para falar sobre esse tema tão atual e os desafios e oportunidades que o permeiam. Destacamos aqui alguns insights dessa conversa, mas não deixe de ouvi-la em nosso canal.
Destinos turísticos inteligentes e seus pilares
O tema destinos turísticos inteligentes, muito relacionado às cidades inteligentes, tem ganhado cada vez mais peso nas discussões nacionais e internacionais, mas ainda é preciso desmistificar o que são e como na prática pensar um destino inteligente. Os destinos devem ser pensados de acordo com quatro pilares sólidos: governança, sustentabilidade, inovação e experiência. Uma boa analogia é pensar o destino como o corpo humano e cada um desses pilares como um órgão central – e todos precisam funcionar para que o destino seja de fato inteligente.
Pessoas no centro
A tecnologia e a inovação precisam estar a serviço do ser humano, encontrando novas formas para resolver problemas enfrentados pelas pessoas. É preciso romper com o paradigma de que a inovação necessariamente é tecnológica ou cara, visualizando que em alguns casos mudanças de processo já são inovações valiosas, desde que solucionem problemas identificados. Na mesma linha, no turismo também é interessante olhar a inovação não pensando só no turista, no usuário final, mas também nos negócios turísticos, em como facilitar processos relacionados ao empresariado, que faz a ponte com esse turista.
Interdependência e articulação
A articulação e harmonia entre o poder público, o setor privado e o terceiro setor (incluindo nele a academia), é fundamental para que a inovação de fato possa dar suporte ao aumento da competitividade dos destinos. O desafio da governança não é novidade para o setor, mas se coloca como ainda mais relevante quando se pensa em como é necessário fazer pontes entre distintos atores e esferas para que de fato os destinos possam ser inteligentes.
O dado é o novo petróleo
Os avanços de um mundo hiper conectado possibilitaram acesso a uma infinidade de dados e um dos maiores desafios atuais é como lidar com essa quantidade de dados e como garantir sua qualidade. A soma de bons dados, obtidos de fontes não usualmente utilizadas no setor de turismo, com análises sólidas associadas e com os devidos cuidados relacionados à sua segurança, pode subsidiar melhores tomadas de decisão e suprir carências históricas de informação no setor de turismo.
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