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Reprogramando o problema da diversidade na tecnologia

13/08/2024 por Luana Moraes - Elena Heredero - Silvia Follador Deixe um comentário


Você com certeza já ouviu ou leu sobre inteligência artificial generativa, machine learning, NFT’s, blockchain e as várias tecnologias que estão surgindo na nossa sociedade com uma rapidez impressionante. Podemos não saber de fato qual a próxima tecnologia que irá surgir, mas o que já podemos ver é que a demanda por profissionais dessa área cresce de maneira exponencial. Em 2021, o Brasil possuía quase um milhão e trezentos mil profissionais trabalhando no setor de tecnologia, um aumento de 14% comparado ao ano anterior. Mas esse número não atende à demanda do mercado, e o que se espera para 2025 é um déficit de mais de meio milhão profissionais de tecnologia no Brasil, ou seja, teremos muito mais vagas que pessoas qualificadas para as preencher. E as lacunas não param por aí.

Quando se trata de diversidade na tecnologia, o setor ainda está no mundo analógico. Uma pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) divulgada em 2022, mostra que a presença de mulheres e afrodescendentes está longe da representatividade dessas pessoas na sociedade brasileira. Enquanto a proporção de brasileiros que se autodeclaram pretos ou pardos no país é de 56%, no setor de tecnologia eles são apenas 34,9%. Quando temos um recorte de gênero, as mulheres, que correspondem a 51% da população nacional, só ocupam 20% das vagas.  Agora, se juntamos os recortes de gênero e raça, os dados são ainda mais alarmantes. As mulheres negras ocupam somente 11% das vagas no setor de tecnologia enquanto na sociedade elas são 28% da população brasileira .

E por que diversidade importa no setor de tecnologia?

Primeiro, porque ela importa em todos os setores da sociedade, uma vez que somos diversos. Segundo, porque com diversidade e inclusão, ganhamos como sociedade. Em um estudo realizado sobre os Estados Unidos, comprovou-se que se o país não tivesse reduzido os diferentes obstáculos enfrentados por negros e mulheres desde a década de 1960, o crescimento do PIB per capita teria sido de 20 a 40% menor no mesmo período.

Além disso, as tecnologias são desenvolvidas através de programações e algoritmos, que no final do dia são desenvolvidos por humanos.  Vamos pegar a inteligência artificial como exemplo.  Com o surgimento da IA generativa, estamos caminhando para grandes transformações na forma como trabalhamos. Quem nunca usou ChatGPT para responder a um email?  Entretanto, o “milagre” que vemos surgir depois dos nossos prompts nada mais é do que uma organização de dados imputados e esses dados podem ser racistas, sexistas e falhos. Quer um exemplo? Um estudo publicado pela Universidade de Cornell concluiu que um robô treinado por IA tinha maior probabilidade de associar homens negros a criminosos e mulheres a trabalhos domésticos.

E como reprogramar esses dados e algoritmos?

Uma iniciativa brasileira tem dado uma resposta a essa pergunta. A {reprograma} é uma iniciativa de impacto social que tem como missão diminuir a lacuna de gênero e raça no setor de tecnologia por meio da educação e trazer mais diversidade ao setor, capacitando mulheres em situações de vulnerabilidade, priorizando em seus processos seletivos negras e/ou trans e travestis. Com financiamento do BID Lab, o laboratório de inovação do Grupo BID, e apoio de cinco grandes empresas – Accenture, Creditas, iFood, Meta e Nu Bank, a {reprograma} criou o Todas em Tech.

Desenvolvida por mulheres para mulheres que desejam usar a tecnologia para mudar vidas e criar impacto positivo no mundo, o Todas em Tech teve como objetivo pilotar um bootcamp de programação online de alto impacto para mulheres, especialmente mulheres negras e/ou trans e travestis que não tinham recursos e/ou oportunidades para aprender a programar.

O projeto, no entanto, foi além da formação técnica, trabalhando também o comportamental das alunas por meio de programas de mentoria e orientação profissional, apoiando a recolocação no mercado de trabalho, criando redes de apoio – fundamentais para a permanência das mulheres na área de TI – e desenvolvendo ferramentas para a contratação online por potenciais empregadores. Além disso, ao transformar o bootcamp de presencial para digital, a organização ampliou seu alcance geográfico, atingindo um número maior de mulheres vulneráveis em todo o Brasil.

Os resultados dessa iniciativa são animadores: 

  • Mais de 1500 mulheres tiveram um primeiro contato com a programação por meio do programa
  • 354 formadas, sendo 11% mulheres trans ou travestis e 70% afrodescendentes
  • Mais de 60% empregadas após a formatura, sendo mais de 40% no setor de TI

Outro dado relevante é que a maioria das que passaram pelo programa seguiram os estudos depois, o que demonstra o impacto de longo prazo da iniciativa.

Em 2022, a {reprograma} venceu o Prêmio Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo BID. Veja como foi a cerimônia de premiação.

Relembre o painel sobre desenvolvimento, com a {reprograma}, realizado durante as Assembleias de Governadores do BID e do BID Invest 2024.

Nessa live realizada em 2022, você pode saber mais sobre como foi o trabalho no Todas em Tech.


Arquivado em:Ciência e tecnologia, Gênero Marcado com:diversidade, gênero, inclusão, tecnologia

Luana Moraes

Luana Moraes é consultora sênior do BID Lab, o laboratório de inovação do Grupo BID, onde lidera a carteira da unidade de Desenvolvimento de Ecossistema e Aceleração no Brasil. Mestre em Políticas Públicas e Gestão pela King's College London, onde estudou como bolsista Chevening. Antes disso, passou pela Fundação Brava, PNUD, foi coordenadora de desenvolvimento econômico pelo programa de liderança da Vetor Brasil, além de gerenciar o programa de desenvolvimento de liderança na Al Akhawayn University no Marrocos. Também é mestre em Estudos de Desenvolvimento pela SOAS e bacharel em Relações Internacionais pela Unijorge. Com mais de 10 anos de experiência profissional, vem trabalhando com temas de desenvolvimento de liderança, inovação, empreendedorismo social e gestão de projetos no Brasil, Reino Unido e Marrocos.

Elena Heredero

Especialista líder do BID Lab, o laboratório de inovação do Grupo BID, onde tem mais de 20 anos de experiência em desenho de estratégias e na implementação de iniciativas inovadoras relacionadas com educação, talento digital e emprego, desenvolvendo parcerias público-privada com a sociedade civil, impacto nas mulheres e nos jovens e atividades de pesquisa. Elena é bacharel em Economia pela Universidade Autónoma de Madrid, em Espanha.

Silvia Follador

Diretora de Programas da {reprograma}, doutoranda em Administração Pública e Governo (FGV EAESP), Mestre em Relações Internacionais (Sciences-Po Paris). Bacharel em Relações Internacionais, com especialização em América Latina (PUC-SP e Sciences-Po Paris), e pós-graduada em Prática Social Reflexiva (Crossfields Institute e Alanus Hochshule). Possui experiência na qualificação do investimento social privado de empresas, institutos, fundações e organizações internacionais, no Brasil e exterior.

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