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Quais os desafios para desenvolver uma infraestrutura urbana resiliente na América Latina?

03/02/2021 por Karisa Ribeiro - Ernesto Monter - Benoit Lefevre - Daniela Zuloaga - Giovanna Monique Alelvan - Maria Emília Monteiro Deixe um comentário


Dos municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, 93% já foram atingidos por alagamentos e 62% por deslizamentos. Apesar disso, mais da metade deles não têm planos de gestão de risco, e apenas 25% consideram no Plano Diretor medidas de prevenção de enchentes e enxurradas. Essa realidade se repete para outros países na América Latina e Caribe.  

Dados do relatório do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU indicam que a América Latina e o Caribe são a segunda região mais propensa a desastres naturais no mundo. Desde 2000, 152 milhões de latino-americanos e caribenhos foram afetados por 1.205 desastres, incluindo inundações, furacões, tempestades, terremotos, secas, avalanches, incêndios, temperaturas extremas e eventos vulcânicos.  

Uma análise mais atenta dos fatores que transformam um fenômeno natural em um desastre humano e econômico revela que os entraves fundamentais ao desenvolvimento na região são os mesmos que contribuem para a vulnerabilidade às ameaças naturais e aos impactos das mudanças climáticas. As principais causas da vulnerabilidade da região são:  

  • a urbanização rápida e desregulada 
  • a persistência da pobreza urbana e rural generalizada 
  • a degradação ambiental causada pela má administração dos recursos naturais,  
  • políticas públicas ineficientes, e  
  • deficiências nos investimentos em infraestrutura. 

Todas essas vulnerabilidades ficaram ainda mais evidentes durante a atual crise sanitária. A necessidade de impor confinamentos nacionais, fechamento de fronteiras e distanciamento social – medidas essenciais para conter a propagação do vírus – afetou diretamente a América Latina e Caribe. Grande parte dos trabalhadores nessa região (45%) atuam nos setores de contato intenso (hospitalidade, entretenimento, transportes, educação, alimentação, turismo e empregos domésticos). Além disso, fatores estruturais como o alto nível de informalidade, aglomeração urbana e falta de recursos fiscais, contribuíram para o avanço da pandemia e agravamento dos problemas econômicos na região.  

Expostas pela pandemia, essas vulnerabilidades podem também ser agravadas pelas mudanças climáticas. Neste sentido, o Brasil e a região possuem uma grande oportunidade de propor políticas públicas para administrar as perspectivas socioeconômicas ruins e os riscos de desequilíbrios fiscais. Os países têm agora a oportunidade de melhorar o acesso aos serviços públicos básicos, desenvolver mercados formais e promover uma infraestrutura resiliente a mudança climática e digitalizada para contribuir com a coesão social e avançar rumo a uma economia de baixo carbono. Tudo isso faz com que a região esteja preparada para as mudanças já em curso na economia global, especialmente devido as mudanças climáticas. 

Gestão de Riscos de Desastres ganha espaço 

Neste contexto, o BID vem ampliando cada vez mais sua participação nas ações de Gestão de Riscos de Desastres (GRD) na América Latina. Para atuar na recuperação e na resposta a esses desastres, o BID aprovou US$1,5 bilhão em novos financiamentos nos últimos quatro anos, multiplicando por 10 a média anual de empréstimos relacionados a desastres naturais dos 15 anos anteriores. 

Acesse aqui a publicação em inglês ou em espanho.

Além disso, o Banco desenvolveu uma Metodologia de Avaliação dos Riscos de Desastres e Mudanças Climáticas em Projetos para unificar o processo de identificação, avaliação e gestão de riscos de desastres para seus projetos. A proposta é atuar em todas as fases do ciclo de projeto, a partir de três etapas:

  1. verificação e classificação;  
  1. avaliação qualitativa;  
  1. avaliação quantitativa.  

O Banco tem investido também em metodologias que avaliam esses riscos no nível do sistema, como a análise de Blue Spot.  A partir dela, é possível priorizar soluções de adaptação com melhor custo-benefício e adequadas as ameaças locais para um portfólio de análise. Os projetos de infraestrutura de transporte também estão acompanhando a evolução. O uso de ferramentas de geoprocessamento e modelagem climática estão sendo usadas para identificação de áreas prioritárias para investimentos de requalificação viária. O setor de transportes tem atuado no desenvolvimento de mapas de risco em escala de engenharia, e adequados a realidade local, para que os projetos sejam cada vez mais preparados para as mudanças climáticas e, como consequência, os custos de recuperação sejam menores.  

Além disso, o setor tem traçado estratégias para que os conceitos de GRD sejam cada vez mais inseridos nos projetos de infraestrutura de transportes. Complementando as ações de preparação e planejamento, foi desenvolvido um sistema de gestão de risco integrado que permite que os municípios avaliem riscos futuros, gerencie as ocorrências atuais e criem um banco de dados de conhecimento local. Esse sistema é uma plataforma colaborativa, onde a população é parte ativa na construção das iniciativas de resiliência.   

O cenário atual da América Latina confirma a necessidade de investimentos em GRD, especialmente em setores chaves para o desenvolvimento, como é o de transportes. Neste sentido, os organismos multilaterais têm uma grande oportunidade de atuar com estratégias de GRD, preenchendo esta lacuna que prejudica o desenvolvimento sustentável – especialmente nos projetos de infraestrutura de transportes, que afetam diretamente o desenvolvimento socioeconômico da região. Em função da grande variabilidade geográfica, socioeconômica e climática, a América Latina pode se tornar exemplo em GRD para o resto do mundo.  

Como ter cidades mais resilientes? 

Como sugestão para os próximos passos rumo à resiliência da infraestrutura urbana, recomenda-se:  

  • Implementar ações intersetoriais de acordo com a realidade de cada região;  
  • Criar mecanismos para quem sejam adotadas estratégias permanentes para os governos;  
  • Incluir totalmente estratégias de GRD nos processos de investimento dos governos e nos projetos de infraestrutura de transporte; 
  •  Criar e manter banco de dados dos eventos, consequências e soluções dadas; 
  •  Identificar e monitorar constantemente as ameaças; 
  • Desenvolver mapas de risco em escala de engenharia e acessível aos gestores públicos; 
  •  Criar canais de comunicação dos gestores públicos com a população, para que o conhecimento local seja valorizado e a população se torne parte ativa do processo; 
  • Capacitar a população e os gestores públicos em gestão de riscos; 
  •  Desenvolver metodologias para quantificação financeira das consequências dos desastres, para que soluções técnica e economicamente viáveis sejam propostas. 
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Arquivado em:Gestão de projetos, Ideação, Infraestrutura Marcado com:Desastres naturais, desenvolvimento sustentável, Gestão de Risco ASG, infraestrutura, mudança climática, pandemia

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Ernesto Monter

Ernesto Monter é engenheiro ambiental, com mestrado em Ciências Ambientais e Política pela Universidade John Hopkins. Natural do México, iniciou sua carreira profissional na Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do México, de onde posteriormente ingressou no setor privado com a firma URS para preparar estudos de projetos a serem financiados por bancos multilaterais. Em 1999, ingressou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) onde por 15 anos liderou a avaliação de questões ambientais e sociais de grandes projetos de infraestrutura, incluindo portos, aeroportos, hidrelétricas, metrôs, entre outros. Em 2015 ingressou na Divisão de Transportes (INE/TSP) do BID, onde lidera a estruturação de empréstimos, bem como coordena questões de transporte sustentável. Ernesto Monter foi membro da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e recebeu treinamento da Agência Alemã de Cooperação para o Desenvolvimento (GIZ). Por quatro anos, ele ministrou um módulo sobre gestão de risco ambiental no Master of Business Administration da Georgetown University, em Washington, DC.

Benoit Lefevre

Benoit Lefevre, PhD is an urban economist and an engineer in agronomics working as a senior specialist at the Climate Change division of the Inter-American Development Bank (IDB), currently based in the country office of the Dominican Republic. His work focuses on design and implementation of national and local policy and investment in all sectors of the bank, and on improving climate friendliness of IDB-Group operations for both mitigation and adaptation, leveraging climate finance and catalyzing private investment in clean and resilient solutions. Prior to joining the Dominican office of IDB, Benoit worked at IDB Headquarter in Washington DC where he led or participated in operations on transport, energy, cities and natural disasters in Mexico, Costa Rica, Guatemala, Panama, Colombia, Haiti, Dominican Republic, Peru, Ecuador, and Paraguay. Benoit also represented the IDB in the MDBs joined Working Group for Mitigation Climate Finance Tracking, and in the IFI Technical Working Group on GHG accounting. Previously, Benoit worked for the World Resources Institute (WRI) as Global Director of Energy, Climate & Finance of the Center for Sustainable Cities. In this role he led activities on alternative business models, municipal finance, capacity-building, upstream project preparation, urban energy modeling and integrated transport-land use policies. Prior to joining WRI, Benoit was director of the Urban Fabric program at IDDRI and visiting scholar at Berkeley University. Trained engineer, he holds a PhD in economics and finance, and did his post-doctorate at Colombia University. Benoit was Lead-author for 5th Assessment Report of the IPCC. He is author of 5 books, several academic papers and opinion columns.

Daniela Zuloaga

Daniela Zuloaga atua na área de gestão de riscos de desastres e mudanças climáticas na Unidade de Soluções Ambientais e Sociais e na Divisão de Mudanças Climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) desde 2017. Faz parte da Comunidade de Prática em Resiliência, uma entidade multissetorial e grupo central multidisciplinar que lidera a prática de gestão de risco de desastres no BID, desenvolvendo abordagens, métodos e roteiros comuns para iniciativas nesse tópico dentro do BID. Ela também trabalha como especialista em operações incorporando considerações de risco de desastres e mudanças climáticas em projetos de infraestrutura e setores sociais na América Latina e no Caribe, tanto da perspectiva de salvaguardas quanto de integração. É coautora da Metodologia de Avaliação de Riscos de Desastres e Mudanças Climáticas que o BID aplica a seus projetos de infraestrutura para melhorar sua resiliência. Antes de ingressar no BID, Daniela trabalhou para empresas de consultoria de engenharia na Colômbia como especialista em modelagem de risco natural e desastres naturais, construindo modelos probabilísticos de terremotos e inundações, modelos de redução da mudança climática, modelos de exposição e vulnerabilidade e modelos probabilísticos de risco multirrisco para projetos na América Latina Países do Caribe. Daniela é engenheira civil pela Universidad de los Andes em Bogotá, Colômbia, e tem mestrado em Engenharia Civil (engenharia estrutural e terremoto) pelo Illinois Institute of Technology em Chicago, EUA.

Giovanna Monique Alelvan

Consultora externa na Divisão de Transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Giovanna é Engenheira Civil e possui mestrado em Engenharia Geotécnica pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente é aluna de doutorado também pela UnB. 

Maria Emília Monteiro

Consultora Externa da Divisão de Transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento. É Arquiteta e Urbanista e atualmente é aluna de mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Brasília (UnB). Seus interesses profissionais são mobilidade urbana, transporte sustentável e desenvolvimento urbano.

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