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Quais as promessas e os riscos do uso da inteligência artificial no desenvolvimento urbano?

15/08/2023 por Alejandro López Lamia Deixe um comentário


Albert Einstein afirmou que “o verdadeiro sinal de inteligência não é o conhecimento, mas sim a imaginação”. A inteligência artificial (IA) avança rapidamente, com um potencial significativo para revolucionar o setor de habitação e desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe. Contudo, surge uma questão importante: Seremos inteligentes o suficiente para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela IA nas próximas décadas? Embora a inteligência artificial traga inúmeros benefícios, é essencial encontrar um equilíbrio entre as soluções orientadas por essa tecnologia e o elemento humano.

Os países da região têm experimentado uma rápida tendência de urbanização, com milhões de pessoas migrando para as cidades em busca de novas oportunidades. Com o crescimento das áreas urbanas, a demanda por moradias acessíveis e cidades mais habitáveis e resilientes tornou-se cada vez mais crítica. Nesse contexto, a IA surgiu como um potencial divisor de águas para enfrentar esses desafios. De acordo com um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a IA poderia impulsionar o crescimento econômico regional. No entanto, essa promessa vem acompanhada de obstáculos e barreiras que precisam ser superadas. Este blog analisa brevemente as vantagens e os desafios da utilização da IA na habitação e desenvolvimento urbano dos países da região, tentando “imaginar” um futuro melhor para todos.

A exclusão digital, a disponibilidade de dados e sua qualidade

Uma questão importante na América Latina e Caribe é a necessidade de reduzir a lacuna de conectividade digital que divide os centros urbanos das áreas rurais e das comunidades marginalizadas. Segundo o estudo do BID, os países da região precisam de US$ 68,5 bilhões para fechar essa lacuna. Desse montante, 59% seriam direcionados para aprimorar a conectividade em áreas urbanas, onde o setor privado é o principal provedor, enquanto os outros 41% seriam destinados às áreas rurais, que dependem principalmente de investimentos públicos. A IA depende da infraestrutura digital e acesso aos dados, tornando fundamental garantir uma distribuição equitativa da tecnologia e da conexão com a internet. Para reduzir a exclusão digital é necessário investir em infraestrutura, políticas e iniciativas que permitam um acesso igualitário a ferramentas e recursos de IA, garantindo que ninguém fique para trás. Além disso, os algoritmos de IA dependem de dados de alta qualidade para fornecer insights precisos e tomar decisões informadas. No entanto, na América Latina e no Caribe, ainda há necessidade de melhorar a disponibilidade e a qualidade dos dados. Sistemas limitados de coleta de dados, conjuntos de dados fragmentados e questões de privacidade comprometem a eficácia da IA no campo da habitação e desenvolvimento urbano. É fundamental empreender esforços para melhorar os sistemas de coleta e gestão de dados, promover o compartilhamento de informações e a colaboração entre diferentes partes interessadas, além de garantir o uso ético e responsável dos dados para aplicativos de IA.

Desbloqueando o potencial da IA em habitação e construção

Os algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning) têm a capacidade analisar grandes volumes de dados, inclusive padrões de uso da terra, informações demográficas e tendências do mercado imobiliário, para identificar áreas potenciais para moradias econômicas. Essa abordagem baseada em dados possibilita aos formuladores de políticas e desenvolvedores tomarem decisões fundamentadas sobre a alocação de terrenos, incentivando projetos de habitação acessível e inclusão social. Além disso, as ineficiências de construção muitas vezes dificultam a entrega de projetos habitacionais e contribuem para os altos custos. A IA oferece soluções para simplificar e otimizar os processos construtivos, reduzindo as despesas e melhorando os cronogramas dos projetos. Ao fazer uso de tecnologias baseadas em IA, como a modelagem de informações de construção (BIM, na sigla em inglês) e a automação robótica, as atividades de construção podem ser coordenadas com mais eficiência, reduzindo o desperdício de material e garantindo maior precisão. A IA também pode auxiliar na detecção precoce de defeitos de construção, resultando em melhor controle de qualidade e resiliência de longo prazo.

O consumo de energia durante a construção de moradias e edifícios contribui significativamente para as emissões de carbono e as mudanças climáticas. E ainteligência artificial pode facilitar o desenvolvimento de edifícios e comunidades com eficiência energética. Ao analisar dados de energia, padrões climáticos e comportamento do usuário, os algoritmos de aprendizado de máquina contribuem para otimizar o consumo energético em residências, reduzindo as contas de serviços públicos e minimizando o impacto ambiental.

Melhoria no planejamento urbano e no desenvolvimento de capacidades

A IA têm o potencial de revolucionar o planejamento urbano e as políticas públicas, transformando nossas cidades em smart cities baseadas em evidências obtidas através do processamento de dados em larga escala, ou Big Data. Ao analisar conjuntos de dados vastos e diversos, que incluem informações como densidade populacional, redes de transporte e condições ambientais, a IA pode fornecer valiosas recomendações para os planejadores urbanos, ajudando a otimizar a distribuição de instalações, espaços verdes e serviços públicos, para garantir o acesso a todos os residentes, inclusive em assentamentos informais.

Simulações baseadas em IA também podem ser úteis para avaliar o impacto potencial de projetos de desenvolvimento urbano, permitindo a tomada de decisões proativas que considerem fatores sociais, econômicos e outros relevantes. Contudo, a integração da IA no campo da habitação e desenvolvimento urbano requer uma força de trabalho qualificada e capacitada de forma contínua. Treinamento são essenciais para profissionais, formuladores de políticas, planejadores urbanos e o público em geral, com a finalidade de fornecer o conhecimento e as habilidades necessárias para utilizar e gerenciar as tecnologias de IA de forma eficaz. Programas de educação e treinamento devem se concentrar em práticas éticas, análise de dados e abordagens interdisciplinares para garantir o uso responsável e eficaz da IA.

Implicações éticas, sociais e institucionais

A inteligência artificial traz uma série de questões éticas e sociais no cenário internacional que precisam ser cuidadosamente consideradas. A dependência de algoritmos e automação levanta preocupações sobre preconceitos, discriminação e a possibilidade de agravar as desigualdades existentes. Por isso, é fundamental estabelecer estruturas e diretrizes éticas para o uso dessa tecnologia, garantindo transparência, justiça e responsabilidade. Além disso, a inteligência artificial deve ser utilizada para promover a inclusão social, capacitar as comunidades marginalizadas e abordar as disparidades habitacionais, em vez de perpetuá-las. Embora a IA possa aumentar a eficiência e otimizar os processos, é importante manter uma abordagem centrada no ser humano no desenvolvimento urbano e habitacional. O envolvimento das comunidades locais, dos planejadores urbanos e dos formuladores de políticas é vital para garantir que as soluções de IA se alinhem às necessidades específicas, aos contextos culturais e às aspirações dos cidadãos da América Latina e do Caribe. A IA deve ser vista como uma ferramenta para apoiar a tomada de decisões humanas e aumentar a inteligência humana em vez de substituí-la. A co-criação e a colaboração entre humanos e IA podem levar a um desenvolvimento urbano mais inclusivo e sustentável.

Tendo em conta esses desafios, o potencial da IA pode levar a soluções transformadoras na região. Ao adotá-las e trabalhar de forma colaborativa, as lideranças e demais partes interessadas da América Latina e do Caribe podem desencadear o poder da IA para construir cidades prósperas que priorizem o bem-estar de seus residentes. É um caminho difícil porque exige algo que a IA não pode fornecer: “coragem, compromisso e sabedoria” para se adaptar continuamente a circunstâncias complexas e a novas tecnologias que podem excluir muitas pessoas. É possível criar um futuro diferente para as cidades da América Latina e do Caribe? Sim, mas, para isso, seguindo a citação de Einstein, precisamos ser “imaginativamente” inteligentes.

Texto disponível também em espanhol e inglês, no blog Ciudades Sostenibles


Arquivado em:Cidades, Ciência e tecnologia Marcado com:América Latina e Caribe, cidades, desenvolvimento urbano, habitação, inteligência artificial, tecnologia

Alejandro López Lamia

Alejandro López-Lamia trabalha no BID há mais de 20 anos. Atualmente, é especialista líder na divisão de Desenvolvimento Urbano e Habitação do departamento de Mudança Climática e Desenvolvimento Sustentável em Washington DC. Também desempenhou diferentes funções nas áreas operacionais e estratégicas do Banco nos Estados Unidos e em Honduras, Equador e Bolívia. Antes de trabalhar no BID, foi professor e pesquisador na Argentina. Realizou a maior parte dos seus estudos acadêmicos no Japão, com bolsa do Ministério da Educação (Monbusho). É mestre e doutor em Relações Internacionais e Políticas Públicas de Desenvolvimento pela Universidade Sophia, em Tóquio.

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