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Na política, na tecnologia, nas empresas: além da consciência, é hora de trabalhar pela inclusão negra

20/11/2020 por Morgan Doyle Deixe um comentário


Nestas eleições municipais de 2020, a presença de candidatos negros foi recorde – 276 mil postulantes, ou 49,9% do total. Houve também avanço em representatividade: 32% dos 5,4 mil prefeitos eleitos em primeiro turno são negros – proporção ainda distante dos 56% correspondentes a essa população na demografia brasileira, mas um pouco melhor do que o aferido em 2016, quando 29% dos prefeitos eleitos eram negros. 

Mais do que apontar avanços e abismos, a leitura de dados raciais neste Dia da Consciência Negra, sinaliza que, além dos (muito bem-vindos) debates, chegou a hora também de trabalhar pela inclusão. A onda de manifestações contra o racismo registrada em vários pontos do planeta este ano mostra que as nossas sociedades estão prontas, pedem e precisam dessas ações inclusivas. 

Desafios a superar 

Grande parte da opinião pública já tomou consciência da necessidade de combater a desigualdade racial, e os números mais recentes disponíveis reforçam que os desafios persistem. 

Na América Latina e Caribe, um trabalhador negro com a mesma formação de um branco tem um salário 17% menor. No Brasil, o abismo é ainda mais profundo e representa uma diferença de cerca de 25%, segundo o relatório “A crise da desigualdade” (arquivo em .pdf, em inglês), publicado pelo BID este ano. 

Além de salários menores, cidadãos negros têm mais dificuldade de acesso ao mercado laboral. Durante a pandemia, a diferença na taxa de desemprego entre negros e o restante da população brasileira bateu recorde: 5,45 pontos percentuais, com 15,8% dessa população desempregada. 

As distorções persistem mesmo em áreas em que o mercado de trabalho tem vagas sobrando, sugerindo que os mecanismos de autorregulação não têm sido suficientes e que há necessidade de intervenções. 

É o caso da área de tecnologia, que estima déficit de cerca de 260 mil programadores no país, mas com baixos níveis de contratação de mulheres negras e indígenas – que ocupam apenas 11% das vagas do setor, apesar de estarem no topo da lista de segmentos populacionais que mais sofrem com o desemprego. 

Desemprego por estrato populacional – junho de 2020: 

  • Mulheres negras: 18,2% 
  • Homens negros: 15,8% 
  • Mulheres brancas: 11,3% 
  • Homens brancos: 9,5% 

E por que isso importa? 

Além das consequências negativas óbvias para os segmentos excluídos do mercado de trabalho, de consumo e das oportunidades educacionais, a falta de representatividade e diversidade racial atrasam o desenvolvimento da sociedade como um todo, inclusive em setores de tecnologia de ponta. 

Na Semana de Inovação 2020 da Enap, apoiada pelo BID, a pesquisadora Silvana Bahia, organizadora do PretaLab apresentou falhas em algoritmos e em tecnologias que poderiam ter sido corrigidas se tivessem sido incorporados olhares mais diversos: um sistema de reconhecimento facial de uma câmera fotográfica pensava que um olho asiático estava piscando, por ter sido programado para reconhecer outros tipos de anatomia; um algoritmo de uma gigante da tecnologia confundia gorilas com pessoas negras; e carros automatizados têm 5% mais chance de atropelar pedestres negros do que brancos. 

Apesar de extremos, os exemplos são provas de que a tecnologia não é neutra, já que incorpora os mesmos vieses e históricos da sociedade, mostrando que é preciso trabalhar pela inclusão racial, étnica e de gênero também nesse setor que ganha cada vez mais relevância em nossas vidas.

https://youtu.be/DACDIkFpqvg

Como promover inclusão na política, na tecnologia e nas empresas? 

Problemas complexos como esse não têm, por definição, soluções simples. Mas uma série de esforços coordenados podem nos ajudar a avançar. Veja quatro ideias: 

  • Promover a formação de negros em áreas em que há demanda no mercado de trabalho – um exemplo disso é a iniciativa {reprograma}, que oferece cursos de programação para negras e trans e recebeu doação de R$ 1,6 milhão do BID Lab, laboratório de inovação do Grupo BID 
  • Seguir com ações afirmativas – na publicação “A crise da desigualdade”, o Brasil é apontado como pioneiro no setor, com cotas em universidades e em concursos públicos. O estudo diz que, apesar de haver ainda poucas evidências disponíveis, os primeiros achados sugerem que esse tipo de política é eficiente para promover inclusão. 
  • Incluir preocupação de gênero e raça em projetos de desenvolvimento – o novo Quadro de Políticas Ambientais e Sociais aprovado para as operações do BID prevê que todas as nossas atividades não devem violar e ainda devem promover melhorias em termos de respeito a direitos humanos, além de promover respeito a direitos de afrodescendentes.  
  • Captar a consciência crescente no mercado financeiro e transformar em recursos –a vontade cada vez maior de investidores de contribuir para corrigir distorções históricas pode se converter em capital para financiar projetos que promovam a inclusão. Um mecanismo interessante para concretizar essa tendência são os títulos de dívida temáticos (thematic bonds), em especial os sociais. A promoção dessas ferramentas é um dos principais escopos do Laboratório de Inovação Financeira (LAB), mantido pelo BID. 

Arquivado em:Gênero Marcado com:diversidade de gênero, tecnologia

Morgan Doyle

Morgan Doyle é representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento no Brasil, supervisionando a programação do Banco e o diálogo no país. Ao longo de mais de 2o anos de carreira no BID, foi representante no Uruguai (2017-2020), Equador (2013-2017) e assessor principal para a Vice-Presidência de Setores e Conhecimento. Liderou várias operações do setor financeiro, trabalhando com agências-chave do setor público envolvidas em financiamento de habitação e apoio a pequenas e médias empresas, gestão de dívida, regulação e supervisão do setor financeiro e transações com garantias, entre outros. Possui licenciatura e mestrado em Desenvolvimento Internacional pela Universidade Brown e recebeu várias distinções acadêmicas, incluindo uma bolsa Fullbright e uma bolsa de pesquisa da Fundação Interamericana (IAF).

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