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Mulheres que transformam a Cidade #3: Mobilidade e gênero

01/02/2021 por Sarah Gamrani - Patricia Valverde - Clementine Tribouillard Deixe um comentário


O que tem a ver o gênero com os desafios da mobilidade urbana? Neste podcast, apresentamos as ações da Bicicletaria Cultural em Curitiba, as questões de gênero na mobilidade urbana diária relacionada ao ciclismo, e também a importância do ciclismo para o desenvolvimento sustentável. 

Ouça aqui o podcast

“Cuidado” e ritmos de vida: quais impactos na mobilidade urbana? 

As atividades reprodutivas são consideradas como “trabalho de cuidado“, o “care” em inglês, historicamente relegadas ao domínio feminino. Este trabalho é objeto de múltiplas práticas que vão além da função materna, quer pensemos em trabalho doméstico, trabalho social, assistência médica a crianças, idosos, pessoas doentes ou com deficiência. Estatisticamente são as mulheres que cuidam das crianças, levando-as à escola, cuidando de pais e idosos, pessoas doentes, entre outras.  

Essas atividades reprodutivas são muito variadas e implicam num ritmo de vida intenso, de acordo com cada situação. Um exemplo é o dilema entre trabalho em tempo parcial, com menor renda e limitações de emprego, ou tempo integral, com o acúmulo de tarefas domésticas gerando uma jornada dupla ou até tripla de trabalho.  

As atividades reprodutivas realizadas pelas mulheres originam parte das desigualdades na mobilidade urbana, pois a realização das atividades reprodutivas corresponde a uma mobilidade muito mais complexa do que a mobilidade produtiva, tipicamente masculina, que envolve, majoritariamente, sair de casa pela manhã para ir ao trabalho e voltar para casa pelo mesmo percurso. 

Padrão de mobilidade de acordo com as atividades de produção ou reprodução. Fonte: Elaboração própria 

Assim, a mobilidade urbana realizada de acordo com as atividades reprodutivas diárias, além das atividades produtivas tradicionais, é muito mais complexa, exigindo paradas mais frequentes, viagens mais curtas, com desvios e com cargas físicas (carrinhos de bebê, compras etc.). A mobilidade da mulher necessita, então, de uma organização muito maior, que nem sempre pode ser realizada em condições ideais de segurança e conforto, de acordo com o almejado no planejamento urbano.  

Segundo estudos do BID (2015), as mulheres representam mais de 50% dos usuários do transporte público urbano, mas ainda são minoria entre os profissionais que projetam, implementam e operam sistemas de transporte. O BID está trabalhando na importância do lugar da mulher no setor de transporte, tanto como usuária diária do transporte quanto no mercado de trabalho do setor, através de campanhas de conscientização e sensibilização. Todos os projetos se baseiam em 5 princípios que são o estudo e a compreensão da mobilidade das mulheres, o desenvolvimento de serviços de mobilidade inclusivos, a garantia da segurança das mulheres no transporte, a capacitação das mulheres no setor de transporte e o estímulo a mudanças comportamentais, especialmente no que diz respeito à agressão no transporte.  

Mulheres respondendo à pergunta: “Por que é importante ter mulheres na infraestrutura de transporte“? Fonte: Karisa Ribeiro/ BID. 

Mobilidade urbana para todas e todos  

As viagens das mulheres relacionadas às atividades reprodutivas não são os únicos pontos cegos no planejamento urbano. Nossas cidades são construídas limitando também a convivência e circulação de pessoas segundo a idade e as habilidades físicas. Adotar um programa para espaços acessíveis a todos (sensíveis ao gênero, idade e capacidade física e cognitiva) implica rever as prioridades de mobilidade. 

Voluntária do Instituto Corrida Amiga caminhando com duas mulheres idosas e uma pessoa com deficiência visual. O Instituto Corrida Amiga busca aproximar e conectar as pessoas ao espaço em que vivem, com atividades de sensibilização lúdico-educacionais, desenvolvimento de projetos, pesquisas e manuais — voltados às crianças, universitários, idosos e pessoas com deficiência. O objetivo é sensibilizar a população sobre a necessidade de espaços urbanos mais saudáveis, acessíveis e caminháveis. Fonte: Lucas Ota e Fábio Miyata/ Corrida Amiga 

Os chamados meios de transporte ativos, como a pé ou bicicleta, devem ser baseados em uma infraestrutura sem barreiras, ou seja, sem qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, e devem ser considerados prioritários em relação aos meios de transporte mais poluentes e exclusivos, como o transporte motorizado individual.  

Também significa repensar a mobilidade em toda a cidade e favorecer viagens curtas em escala de quadra ou bairro, onde os serviços básicos (centros de saúde, assistência social, creches, áreas comerciais e outros) sejam acessíveis para todos em um curto período de caminhada. É necessário considerar estes parâmetros nos processos participativos dos projetos urbanos (concepção, desenho, financiamento, implementação e avaliação), integrando pais, filhos, mulheres, idosos e pessoas com deficiência para entender as reais barreiras impostas pelas cidades que são insuperáveis para algumas pessoas.  

Por que nós fazemos perguntas sobre gênero no espaço público e na cidade?  

Simplesmente porque são lugares que promovem o encontro, a visibilidade e a troca entre as pessoas na sociedade, e onde o gênero é demonstrado. Muitas vezes, o espaço público é definido como um espaço “neutro”, quando ele não é. O espaço público também não é público para todos, como seu nome sugere. Para compreender as relações de poder no desenho, uso e ocupação do espaço público que perpetuam as representações sociais de gênero, e impulsar mudanças, o BID criou um Guia prático e interseccional para cidades mais inclusivas.  

Baixe e publicação aqui!

O guia visa abrir um espaço de reflexão sobre as perspectivas feministas e interseccionais na concepção e gestão das cidades no Brasil. Aborda o planejamento urbano através da integração de diferentes características dos usuários da cidade como gênero, raça, orientação sexual, idade e condição física. Qual é o papel da mulher no diagnóstico e na tomada de decisões na cidade? As funcionalidades dos espaços urbanos são pensadas de forma equitativa de acordo com as necessidades de cada usuário, incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIA+, pessoas de distintas etnias e raças? Como esta diversidade de usuários pode ser mais bem integrada na cidade para torná-la acessível, segura e inclusiva? 

Essas são algumas das perguntas que o guia poderá responder, e que serão discutidas em nosso webinar especial no próximo 8 de março, na ocasião do Dia Internacional da Mulher: faça aqui sua inscrição e não deixe de participar enviando perguntas! 

Leia mais!

Veja também os artigos anteriores da mesma serie:  

  • Mulheres que transformam a Cidade #1: Diagnóstico urbano, caminhabilidade e gênero, sobre como criar espaços para que as mulheres possam expressar sua opinião sobre o que precisa ser feito para melhorar nossos bairros. 
  • Mulheres que transformam a Cidade #2: Segurança pública e gênero, sobre o que caracterizam os atos de violência contra as mulheres nos espaços públicos. 


Arquivado em:Cidades, Gênero Marcado com:gênero, mobilidade urbana

Sarah Gamrani

Especialista urbana francesa, mestre em Estratégias urbanas e Governança Metropolitana. Ao longo de sua carreira acadêmica, ela integrou suas leituras feministas ao seu trabalho, e foi co-fundadora, em 2019, do coletivo feminista ‘urban femina’ criado para questionar as abordagens de gênero no mundo acadêmico, mas também na prática do planejamento urbano. As noções de cuidado, interseccionalidade e inclusão das mulheres nos espaços urbanos são temas centrais de suas pesquisas.

Patricia Valverde

Patrícia Valverde é co-fundadora da Bicicletaria Cultural (2011) e coordenadora da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu. Produtora cultural e empreendedora social. Apresentadora do programa Pedaleira na Rádio Cultura930. Formada em Relações Internacionais (Universidade de Curitiba) e pós graduação em Educação e História da Arte (FAP). Organiza e lidera projetos que amplifica o conceito "mobilidade" entre bicicletas, potencialidade artística e cultural.

Clementine Tribouillard

Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

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