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Entenda por que as MPMEs brasileiras serão as beneficiárias de quase R$ 10 bi do Grupo BID

06/05/2021 por Maria E. Netto de A. C. Schneider - Luciano Schweizer - Rafael Cavazzoni Lima - Rodrigo Pereira Porto Deixe um comentário


Se bem as marcas deixadas pela COVID-19 sejam profundas em todos os setores (o mercado estima em 4,36% a queda do PIB brasileiro em 2020), alguns segmentos têm sido especialmente afetados. Segundo o IBGE, das 522,7 mil empresas fechadas na primeira quinzena de junho no país devido à pandemia, 99,2% eram de pequeno porte. 

Trata-se de um setor imprescindível para a economia e para o emprego: as Micro Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) são responsáveis por 58% dos postos de trabalho formais e por 44% da massa salarial formal brasileira. Além disso, por terem estruturas mais enxutas e, em geral, menos reservas, são empresas que, sozinhas, devem ter mais dificuldade para se recuperar da crise.  

Por todas essas características, o socorro às MPMEs foi elencado como um dos pilares da atuação do Grupo BID durante a pandemia no país. Com o objetivo de apoiar essas empresas, foram mobilizados entre aprovações internas e desembolsos US$ 1,88 bilhões, o equivalente a quase R$ 10 bilhões.  

Entenda o que há por trás dessa estratégia: 

Apoio a MPMEs é estratégia de curto e médio prazos 

Além do montante expressivo projetado para acudir um setor que representa mais de 99,5% do número total de empresas brasileiras, apoio do BID às MPMES é estratégico pelos efeitos no curto, no médio e no longo prazo. 

No curto prazo, porque, ao tentar evitar que mais empresas fechem as portas, preservam-se emprego e renda para parcelas expressivas da população.  

E nos longo e médio prazos, por preservar a capacidade produtiva do país e, assim, viabilizar uma saída mais rápida da crise. 

Explica-se: apesar dos avanços nos últimos anos, fechar e abrir uma empresa no Brasil ainda custa tempo e dinheiro.  Em outras palavras, uma firma obrigada a fechar as portas agora por não ter fôlego nem apoio financeiro para sobreviver a este período turbulento, mas com potencial para gerar lucro, emprego e produção no pós-pandemia, representa um desperdício para o país e para a sociedade. São tempo e dinheiro gastos com os procedimentos de fechamento e reabertura que o país não deveria se permitir jogar fora. 

E mais: há o risco de que essa empresa não encontre crédito, fôlego ou força para reabrir no pós-pandemia. 

Situações como essa em escala colocariam em risco a retomada do crescimento e afetariam a competitividade e a produtividade nacional – sem contar os danos socioeconômicos em cascata gerados pelo desemprego e queda de arrecadação. 

Ação coordenada 

Para evitar esse dominó de efeitos indesejados no curto e no médio prazo, a oferta de crédito em meio à pandemia, como materializado pelas operações conduzidas pelo braço público (BID) e pelo braço privado (BID Invest) do Grupo, é uma medida necessária. Nesse sentido, destacam-se operações como: 

  • Desembolso de uma operação e aprovação de outra, totalizando US$ 1,50 bilhão para o BNDES conceder empréstimo a micro, pequenas e médias empresas; 
  • Aprovação de US$ 200 milhões para ampliar as garantias do Fundo Garantidor de Investimento (FGI) e permitir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) operasse o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC); 
  • Empréstimo de US$ 30 milhões para empresas capixabas por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (BANDES), com um enfoque especial em empresas lideradas por mulheres; 
  • Aprovação de US$ 50 milhões para o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoiar as empresas da região  
  • Compra, por meio do BID Invest, de R$ 525 milhões em títulos sociais do Banco ABC, utilizado para financiar médias empresas impactadas pela COVID-19; 
  • Compra, por meio do BID Invest, de US$ 50 milhões em títulos sustentáveis do Banco de Desenvolvimento do Minas Gerais (BDMG), contemplando inclusive recursos para pequenas e médias empresas mineiras.  

Em um país heterogêneo e continental como o Brasil, remar contra a onda recessiva e manter girando a roda da economia exige a coordenação de esforços múltiplos. Por isso, nossas ações foram concatenadas com as de parceiros como o BNDES, o Bandes e o BRDE, instituições que integram o Sistema Nacional de Fomento (SNF). Para nós, a longa trajetória de relacionamento com MPMEs que esses parceiros oferecem constitui expertise considerável para a inclusão financeira do segmento, inclusive em função das particularidades regionais. 

Rota para o futuro 

Enquanto a pandemia ainda persiste e executamos as operações aprovadas, nos empenhamos também para cristalizar os aprendizados decorrentes deste período e consolidá-los como bagagem valiosa para o futuro próximo. Alguns pontos que emergem desta reflexão são: 

  • Valor da cooperação: sozinhos, seria impossível colocar em marcha um programa tão amplo de apoio ao país. Por isso, contar com o SNF brasileiro foi crucial. Também teve – e continuará tendo – papel preponderante a nossa parceria com a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), com quem também viemos atuando para estruturar e disseminar o conhecimento acumulado durante este ano 
  • Oportunidades para aperfeiçoar apoio às MPMEs: a crise atual evidenciou desafios no financiamento às MPMEs, incluindo a necessidade de identificar negócios promissores, com potencial de reposicionamento no cenário de recuperação econômica 
  • Urgência da digitalização: o “novo normal”, mesmo superada a pandemia, será definitivamente mais digital do que o cenário pré-COVID-19. As MPMEs precisarão de apoio para se qualificar a esse contexto mais competitivo e mais automatizado. 
  • Potencial da inovação financeira: outra frente de atuação relevante para o médio prazo é a das inovações financeiras que facilitem a mobilização de recursos. Essa estratégia será especialmente importante diante do crescimento de endividamento público, o que exigirá a abertura de novas fontes de financiamento para o setor. Nesse sentido, cresce também a relevância da agenda de sustentabilidade econômica, social e ambiental, capaz de atrair investimentos privados em busca de maior produtividade e resiliência a choques futuros.  
  • Importância das fintechs: O ambiente institucional do setor financeiro no Brasil, que já acompanha o funcionamento de fintechs e instituições de pagamento, pode também favorecer canais alternativos de financiamento no país. 
  • Retomada sustentável: Desenhar e implementar um portfólio de soluções financeiras que apoiem MPMEs e ações de MPMEs sustentáveis, o que permitiria reconstruir a economia pós pandemia em novas bases, promovendo uma nova visão de futuro com projetos concretos e o comprometimento com os temas inerentes à sustentabilidade.
  • Inclusão das MPMEs de liderança das mulheres. Facilitar iniciativas que busquem ampliar o acesso das mulheres empreendedoras ao crédito, visando proporcionar maior eficiência econômica e a conquista de outras metas essenciais para o desenvolvimento do país.

Todas essas frentes constituem pontos em que o Grupo BID seguirá atuando e liderando parcerias em busca de inovações e mais eficiência no apoio às MPMEs. 

Diante da magnitude da crise, é certo que novos investimentos e novas frentes são necessários para reduzir os danos causados à economia, bem como assegurar uma retomada do progresso econômico. A cooperação, a transversalidade e a velocidade que caracterizam as múltiplas iniciativas implementadas pelo BID no Brasil representam os caminhos pelos quais continuaremos percorrendo no futuro próximo. 

Veja também:  

– Conheça as respostas do Grupo BID à pandemia 

– Grupo BID aprova recorde de US$ 21,6 bi em 2020 


Arquivado em:Ideação Marcado com:empreendedorismo, empresas, micro e pequenas empresas, MPMEs

Maria E. Netto de A. C. Schneider

Maria Netto trabalha no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como especialista principal. Tanto no BID, como no New Development Bank, onde foi chefe da divisão de instituições financeiras, vem atuando no desenvolvimento de programas e estratégias inovadoras de financiamento com instituições financeiras locais e mercados de capitais para promover investimentos do setor privado em projetos de baixo carbono e resilientes. Anteriormente, trabalhou no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), onde foi responsável por supervisionar projetos globais para ajudar os países a avaliar investimentos e fluxos financeiros e opções políticas para integrar negócios verdes em diferentes setores e atividades econômicas. Também atuou por mais de 10 anos na Secretaria da Convenção sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), onde, entre outros, foi responsável por liderar o trabalho da instituição em cooperação financeira bilateral e multilateral, e pelas avaliações e acompanhamento de investimentos e fluxos financeiros para enfrentar as mudanças climáticas e o desenvolvimento de mecanismos de mercados de carbono no âmbito do Protocolo de Kyoto. Tem um mestrado em economia pelo Instituto de Estudos Internacionais de Genebra.

Luciano Schweizer

Economista, Mestre em Ciências em Administração de Empresas pelo COPPEAD e Doutor em Ciências em Engenharia de Produção pela COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Brasil. Ao longo dos trinta e três anos de trabalho colecionou experiência profissional nas áreas de finanças; parcerias público-privadas; estratégia, planejamento e desenvolvimento organizacional; competitividade e desenvolvimento regional; gestão da inovação e do conhecimento; e empreendedorismo. Como empregado ou consultor, trabalhou para diferentes empresas privadas, nacionais e internacionais, para o setor público, organizações não governamentais e agências internacionais, havendo atuado no Brasil, Alemanha, Argentina, Chile, Estados Unidos, El Salvador, Panamá, Paraguai e República Dominicana. Desde fevereiro de 2006 é parte do staff de especialistas setoriais do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e entre julho de 2012 e fevereiro de 2013 foi o funcionário designado pela Vice-Presidência do Setor Privado do BID para abrir e iniciar as operações do espaço de trabalho do BID em São Paulo, onde ocupou cumulativamente a função de Coordenador do Setor Privado no Brasil. Desde novembro de 2013, como resultado de um processo de seleção competitivo, ocupa a função de Especialista Líder de Mercados Financeiros da Divisão de Conectividade, Mercados e Finanças (CMF/IFD) do BID no Brasil. LinkedIn: lucianoschweizer

Rafael Cavazzoni Lima

Rafael Cavazzoni Lima é Especialista Líder em Mercados Financeiros da Divisão de Conectividade, Mercados e Finanças do Setor de Instituições para o Desenvolvimento do BID. É mestre em Direito Internacional pela Fletcher School of Law and Diplomacy e em Finanças pela Goethe Universitat Frankfurt. Trabalhou em escritórios de advocacia, bancos comerciais e consultorias internacionais. No BID, dedicou os últimos 10 anos a aprofundar o relacionamento do Banco com os seus países membros. Atuou como assessor operacional na Vice-presidência Executiva, na Vice-presidência de Países e agora está dedicado ao desenvolvimento de soluções financeiras inovadoras para melhorar vidas na América Latina e no Caribe. Conta com significativa experiencia na estruturação, processamento e execução de projetos e no oferecimento de assistência técnica a empresas e governos.

Rodrigo Pereira Porto

Rodrigo Porto is an expert on issues related to ESG and climate risks in the financial sector, and consultant at the Inter-American Development Bank, where he engages into projects to support policy signals with financial regulators and supervisors in Latin America. He worked for the Central Bank of Brazil for 20 years in financial regulation, with focus on sustainable finance and financial inclusion. He holds a master’s degree in economics at the Universidade de Brasília (Unb).

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