Manter ativos os serviços de transporte durante a pandemia não é missão simples. Órgãos gestores e operadores precisam assegurar o menor risco possível de disseminação do vírus no transporte público coletivo. Isso inclui a higienização dos terminais, estações, pontos de parada, dos próprios veículos e tem exigido cuidado, criatividade e o uso de diferentes tecnologias no combate à pandemia. Exemplo disso é a utilização de câmeras térmicas, scanners e termômetros a laser para aferir a temperatura dos passageiros do transporte público coletivo.
Permitir e fomentar esse tipo de análise prévia por meio dos serviços de transporte público coletivo é uma estratégia eficaz, na medida em que se encaminham os casos diagnosticados com febre para análise. Além disso, também se evita o contato de um passageiro potencialmente infectado com os demais usuários e funcionários do transporte.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um dos principais sintomas do COVID-19 é a febre, portanto, sensores termográficos podem contribuir como ferramenta preliminar de triagem. Em outras epidemias (SARS, ebola, gripe aviária e gripe suína), equipamentos desse tipo (câmeras térmicas, scanners e termômetros a laser) foram úteis no diagnóstico prévio da população. Quando associado ao volume de pessoas que utilizam o transporte público coletivo diariamente, esse diagnóstico se torna um mecanismo de monitoramento muito importante nas cidades. Os dados gerados por esse monitoramento também podem servir de base para estratégias eficientes e precisas de combate ao COVID-19.
A tecnologia termográfica no acesso ao transporte público coletivo está sendo adotada no combate ao COVID-19. Países de todo o mundo utilizam esse tipo de ferramenta – variando em estratégias – para uma análise factual da realidade dos seus passageiros.
Em Buenos Aires, Argentina, tablets com câmeras térmicas detectam temperaturas acima de 37ºC. Instalados em suportes, geralmente atrás do motorista do ônibus, os equipamentos detectam em meio segundo se o passageiro está com temperatura compatível. Caso não esteja, é acionado um alarme sonoro indicando a não permissão de embarque.
Em Guangzhou, China, os ônibus foram equipados com termômetros de reconhecimento facial. Os termômetros medem a temperatura dos passageiros em um segundo, examinando rostos enquanto passam pelos validadores. Quando uma anomalia é detectada, o motorista é notificado. Os dados de temperatura podem ser armazenados em tempo real para rastrear veículos, motoristas e passageiros, se necessário.