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Medindo temperatura - Transporte

COVID-19: Medindo a temperatura dos passageiros no transporte público

25/06/2020 por Karisa Ribeiro - Catherine Moura - Lorena Borges Dias - Roberta Carolina A. Faria Deixe um comentário


Manter ativos os serviços de transporte durante a pandemia não é missão simples. Órgãos gestores e operadores precisam assegurar o menor risco possível de disseminação do vírus no transporte público coletivo. Isso inclui a higienização dos terminais, estações, pontos de parada, dos próprios veículos e tem exigido cuidado, criatividade e o uso de diferentes tecnologias no combate à pandemia. Exemplo disso é a utilização de câmeras térmicas, scanners e termômetros a laser para aferir a temperatura dos passageiros do transporte público coletivo. 

Permitir e fomentar esse tipo de análise prévia por meio dos serviços de transporte público coletivo é uma estratégia eficaz, na medida em que se encaminham os casos diagnosticados com febre para análise. Além disso, também se evita o contato de um passageiro potencialmente infectado com os demais usuários e funcionários do transporte. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um dos principais sintomas do COVID-19 é a febre, portanto, sensores termográficos podem contribuir como ferramenta preliminar de triagem. Em outras epidemias (SARS, ebola, gripe aviária e gripe suína), equipamentos desse tipo (câmeras térmicas, scanners e termômetros a laser) foram úteis no diagnóstico prévio da população. Quando associado ao volume de pessoas que utilizam o transporte público coletivo diariamente, esse diagnóstico se torna um mecanismo de monitoramento muito importante nas cidades. Os dados gerados por esse monitoramento também podem servir de base para estratégias eficientes e precisas de combate ao COVID-19. 

A tecnologia termográfica no acesso ao transporte público coletivo está sendo adotada no combate ao COVID-19. Países de todo o mundo utilizam esse tipo de ferramenta – variando em estratégias – para uma análise factual da realidade dos seus passageiros. 

Equipamento mede a temperatura dos passageiros em Buenos Aires.
Equipamento mede a temperatura dos passageiros em Buenos Aires.

Em Buenos Aires, Argentina, tablets com câmeras térmicas detectam temperaturas acima de 37ºC. Instalados em suportes, geralmente atrás do motorista do ônibus, os equipamentos detectam em meio segundo se o passageiro está com temperatura compatível. Caso não esteja, é acionado um alarme sonoro indicando a não permissão de embarque. 

Em Guangzhou, China, os ônibus foram equipados com termômetros de reconhecimento facial. Os termômetros medem a temperatura dos passageiros em um segundo, examinando rostos enquanto passam pelos validadores. Quando uma anomalia é detectada, o motorista é notificado. Os dados de temperatura podem ser armazenados em tempo real para rastrear veículos, motoristas e passageiros, se necessário. 

Equipamento mede a temperatura de passageiros em Bilbao.
Equipamento mede a temperatura de passageiros em Bilbao.

Em Bilbao, Espanha, as medições de temperatura são realizadas de modo itinerante e de forma aleatória. Quem tem temperatura acima de 37ºC, tem o embarque impedido. Já no metrô de Madrid, Espanha, foi instalada uma câmera térmica no posto de comando para medir a temperatura dos funcionários do centro de controle. No caso de um funcionário apresentar sintomas, o médico do próprio metrô entra em contato por videoconferência e fornece indicações. 

Em Nova Iorque, Estados Unidos, as temperaturas dos funcionários são aferidas em mais de 77 locais estratégicos e rotativos – estações, instalações para manutenção de vagões e trens, centros de controle de ônibus e metrô, e na central de treinamento de operações. A aferição usa a detecção térmica, sem contato. Caso verifique-se temperatura maior que 38ºC (100,4ºF), o funcionário é instruído a procurar orientação médica. 

O metrô de Lisboa, Portugal, monitora a temperatura dos prestadores de serviços (funcionários, fornecedores, contratados e visitantes) na entrada das instalações. A medição é realizada pelos guardas, usando termômetros infravermelhos digitais, sem contato. Em caso de temperatura acima de 37,5ºC, as recomendações da Direção-Geral da Saúde do país são respeitadas. Para salvaguardar princípios de proteção de dados pessoais, a empresa não realiza registro das medições realizadas. 

No Brasil, várias cidades estão implementando diferentes estratégias para adequar as dinâmicas do transporte público às novas exigências sanitárias: 

  • No Rio de Janeiro, o governo anunciou a retomada do transporte público intermunicipal com características urbanas. A medida adotada na capital carioca foi a aferição de temperatura dos funcionários e, em Niterói, foi a aferição da temperatura dos passageiros dentro dos veículos e na estação das barcas. 
No Distrito Federal, câmeras fazem o monitoramento da temperatura dos passageiros.
No Distrito Federal, câmeras fazem o monitoramento da temperatura dos passageiros.
  • No Distrito Federal, duas câmeras fototérmicas de alta definição foram posicionadas na entrada do metrô para medir a temperatura dos passageiros. Os aparelhos têm capacidade de registar o movimento de 35 pessoas por segundo (1800 por minuto). Os alertas são como os de semáforos: (i) se não houver alteração, luz verde; (ii) se houver alteração leve, luz laranja; e (iii) se houver alteração acima de 37,3ºC, luz vermelha. Em caso de alteração alta, o operador do equipamento aciona um agente de segurança, que por sua vez aborda o passageiro e indica medidas a serem tomadas. 
  • Em Salvador, a prefeitura anunciou a medição da temperatura dos usuários dos ônibus antes do embarque. Nas estações de metrô, equipamentos monitoram a temperatura dos passageiros e caso acuse temperatura acima de 37,8ºC, são testados e caso diagnosticados como positivo, são encaminhados para uma unidade de saúde. 
  • Em Fortaleza, a prefeitura implementou uma câmera térmica na bilheteria de um terminal. A câmera detecta a temperatura por meio de emissão infravermelha e caso acuse temperatura acima de 37,5°C, o passageiro é orientado a buscar uma unidade de saúde. 

As estratégias mostradas buscam realizar a triagem e a identificação de alterações no estado de saúde daqueles que estão compartilhando espaços e veículos coletivos. Dessa forma, após análise inicial, é necessário identificar os casos que geram mais riscos à coletividade, devido ao potencial de transmissibilidade do vírus, e encaminhá-los para avaliação clínica, epidemiológica e confirmação diagnóstica pelos profissionais da saúde, preparados para uma averiguação profunda de cada caso e definição de conduta clínica mais adequada. No entanto, apesar de todos os esforços conjuntos de monitoramento da saúde populacional para orientar os níveis de restrição da mobilidade, no caso da COVID-19, nem todos as pessoas infectadas manifestam febre e nem todas as pessoas transmissoras do vírus são sintomáticas. Ou seja, pessoas assintomáticas (pessoas sem sinais e sintomas) também ajudam na disseminação da doença.   

Dado o volume de passageiros, a quantidade limitada de funcionários e a necessidade de evitar o contato físico entre pessoas, a aplicação de tecnologias já bem divulgadas e de fácil instalação, para uma aferição mais eficaz, ganha mais força e importância em um momento tão delicado. Fica evidente a necessidade desse tipo de ação por parte de órgãos gestores e operadores para reduzir o risco de disseminação do vírus no transporte público coletivo, além da oportunidade de utilizar a infraestrutura de transporte como apoio ao monitoramento dos casos de COVID-19 nas cidades.  

Implementar medidas coletivas de segurança sanitária em plena pandemia, sobretudo em locais de grandes aglomerações e fluxos de pessoas como nos transportes públicos, é essencial à retomada das atividades econômicas e funcionamento da vida em sociedade. Contudo, implicam esforços conjuntos, ações coordenadas de forma intersetorial, adoção de boas práticas, compartilhamento de conhecimento sobre as estratégias de combate e controle da doença, entre outras. É uma combinação entre liderança do Estado, colaboração do setor privado, protagonismo social e engajamento comunitário. Enfim, é responsabilidade de todos promover o cuidado e bem–estar da coletividade. 

Leia Mais:

Como manter os sistemas de transporte público em períodos de isolamento social


Arquivado em:Gestão pública, Infraestrutura, Saúde Marcado com:coronavirus, COVID-19, febre, monitoramento, pandemia, passageiros, saúde, temperatura, transporte

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Catherine Moura

É especialista em Saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Médica Sanitarista, Mestre em Saúde Pública e Especialista em Gestão em Saúde, Medicina Preventiva e do Trabalho. Membro do The Beryl Institute (PX); Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBExs) e da Sociedade Brasileira para Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP). Especialista em saúde com experiência em inovação, tecnologia e qualidade nos setores Público, Privado e Terceiro Setor. Há 16 anos apoia Governos na consolidação de políticas de saúde, modernização da gestão, fortalecimento institucional e, controle e avaliação de serviços.

Lorena Borges Dias

Consultora Externa da Divisão de Transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento, graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB). Possui experiência na área de Urbanismo, Mobilidade Urbana, Arquitetura, Design Gráfico e Video Making, tendo estagiado no Centro de Planejamento Oscar Niemeyer, no Escritório Arquitetos de Sucesso, na Empresa Quali-A-Conforto Ambiental e Eficiência Energética, e na Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. Foi integrante de equipes em concursos de projetos urbanos, como o Masterplan da Orla do Lago Paranoá, em Brasília, e da equipe premiada no concurso BID UrbanLab Brasil com intervenção em Natal, Rio Grande do Norte. Também teve a oportunidade de aprimorar seu conhecimento de como a gestão urbana holandesa evoluiu ao longo dos séculos, na Universidade de Groningen. Seus principais interesses profissionais são mobilidade urbana, desenvolvimento e planejamento urbano.

Roberta Carolina A. Faria

Roberta Carolina é consultora em Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID desde 2021 atuando em projetos sobre habitação de interesse social, gênero e cidades e habitação ambientalmente sustentável. É arquiteta e urbanista formada pela Universidade de Brasília (UnB) com trabalho de conclusão de curso sobre edifício de balanço energético nulo. Atualmente cursa seu mestrado também na UnB pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo com pesquisa na área de tecnologia, ambiente e sustentabilidade. Em 2020, participou do concurso de projetos de edifícios de balanço energético quase nulo fomentado pela Eletrobrás com a equipe formada pela UnB, sendo uma das equipes vencedoras da chamada pública. Trabalhou por dois anos da divisão de transporte do BID apoiando o programa de mobilidade de baixo carbono financiado pelo Global Environmental Facility (GEF). Em 2017, trabalhou como voluntária na empresa júnior de engenharia e arquitetura da UnB.

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