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Como manter professores em escolas desafiadoras? Evidências de São Paulo mostram que incentivos financeiros funcionam

19/03/2025 por João Cossi - Gregory Elacqua - Danielle Nascimento Deixe um comentário


A rotatividade de professores afeta mais duramente as escolas que menos podem suportá-la. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, as escolas que atendem comunidades desfavorecidas historicamente enfrentam dificuldades para reter professores experientes, criando uma “porta giratória” que prejudica a aprendizagem dos alunos. Uma nova pesquisa do BID mostra que incentivos financeiros direcionados podem mudar drasticamente esse padrão.

O Desafio: alta rotatividade em escolas vulneráveis

Antes de 2022, as escolas de São Paulo enfrentavam taxas médias de rotatividade de professores de cerca de 10% ao ano. No entanto, esse número mascarava disparidades significativas – algumas escolas, particularmente aquelas em favelas e bairros periféricos, experimentavam taxas de rotatividade próximas a 30%. Essas escolas, que frequentemente atendem estudantes mais vulneráveis, enfrentavam o desafio constante de reconstruir seu corpo docente.

Uma Solução: incentivos financeiros baseados na necessidade

Para enfrentar esse desafio, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo implementou um programa inovador oferecendo gratificações salariais que variam de 5% a 25% do salário base, com incentivos mais altos para escolas com histórico de maior rotatividade. O valor desses incentivos era significativo – no nível mais alto, os professores poderiam receber um adicional de R$1.500 mensais (aproximadamente 25% do salário regular).

Os Resultados: o incentivo financeiro faz diferença

O impacto foi substancial. As escolas que ofereciam os maiores incentivos (aumento salarial de 20-25%) viram as taxas de rotatividade caírem 26% em comparação com os níveis anteriores ao programa. Mesmo as escolas com incentivos menores experimentaram uma redução de 13% nas saídas de professores (figura 1). No geral, o programa reduziu a rotatividade em quase 18% em todas as escolas participantes.

Figura 1

Além da Retenção: atraindo novos talentos

O programa não apenas impediu que os professores saíssem, mas tornou escolas que antes tinham dificuldade de preencher seu quadro mais atraentes para novos talentos. As escolas que ofereciam incentivos mais altos viram aumentos significativos nas inscrições de professores que buscavam transferências, expandindo o grupo de educadores dispostos a trabalhar em locais historicamente desafiadores (figura 2).

Figura 2

Impacto na aprendizagem dos alunos

O programa também melhorou os resultados dos alunos. As escolas que ofereceram altos incentivos viram as pontuações nos testes aumentarem entre 0,3 e 0,6 desvios-padrão tanto em matemática quanto em língua portuguesa. Isso sugere que um corpo docente estável e experiente contribui diretamente para uma melhor aprendizagem dos alunos.

Olhando para o futuro

A experiência de São Paulo oferece lições valiosas para sistemas educacionais em todo o mundo. Embora a reforma educacional frequentemente se concentre em intervenções complexas, às vezes incentivos financeiros diretos podem abordar efetivamente os desafios fundamentais. As principais conclusões são:

  1. Incentivos financeiros funcionam – professores, como outros profissionais, respondem a aumentos salariais significativos
  2. Incentivos mais altos (20-25%) produzem resultados mais fortes do que os modestos (5-10%)
  3. Um corpo docente estável contribui para melhor desempenho dos alunos
  4. Incentivos direcionados podem ajudar a quebrar o ciclo de desvantagem em escolas vulneráveis

O desafio é a sustentabilidade e a escalabilidade. Como outras cidades podem replicar a iniciativa? Como esses programas podem ser mantidos ao longo do tempo à medida que as necessidades das escolas mudam? Essas questões merecem a atenção de líderes educacionais que buscam soluções para a rotatividade de professores.

Baixe o estudo completo “Impacto dos incentivos monetários nas decisões dos professores de deixar e escolher escolas: evidências de uma reforma política em São Paulo” neste link.

Leia também:

Como aperfeiçoar a seleção de docentes no Brasil?

Arquivado em:Educação Marcado com:aprendizagem, educacao, escolas públicas, professores

João Cossi

Especialista Sênior em Educação para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, responsável pelas operações e estudos do BID no setor. Possui mestrado em educação internacional e comparada pela Universidade de Stanford (EUA) e graduação em Engenharia pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Cofundou o D3e – Dados para um Debate Democrático na Educação. Trabalhou na Fundação Lemann, em parceria com os secretários estaduais e municipais de educação, para engajamento das redes de ensino na discussão e implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também trabalhou na Secretaria de Estado da Educação de SP, na área de Tecnologia e Avaliação, implementando projetos que usavam inovação para melhorar o aprendizado dos estudantes. Iniciou a carreira na Integration Consulting, desenvolvendo diferentes projetos de negócios em diversos setores.

Gregory Elacqua

Gregory Elacqua é responsável por uma extensa pesquisa sobre educação na América Latina e atua na reforma de políticas educacionais. Atualmente é o Economista Principal da Divisão de Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Washington D.C. Sua pesquisa concentra-se em políticas educacionais com três principais focos: economia e financiamento da educação, aliados à gestão financeira escolar; equidade educacional, passando por valorização docente e atribuições centralizadas de professores e estudantes; além de economia política do sistema educacional como um todo. Publicou diversos livros e artigos acadêmicos, comparando os mais variados aspectos da educação em muitos países. No passado recente, foi diretor do Instituto de Políticas Públicas da Escola de Negócios e Economia da Universidade Diego Portales (UDP) e professor da Escola de Governo da Universidade Adolfo Ibáñez, ambos no Chile. Também tem atuado no mundo da política educacional, tendo sido assessor de três ministros da Educação e de um membro da Comissão de Educação do Senado também no Chile. Esteve envolvido na concepção e implementação de reformas educacionais no Chile e em outros países da América Latina. Gregory é Ph.D. em Políticas Públicas pela Universidade de Princeton.

Danielle Nascimento

Danielle Nascimento é economista e mestra em economia pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), membro da Rede de Economistas Pretas e Pretos (REPP) e, atualmente, consultora da Divisão de Educação do BID. É cofundadora da Todos – Analistas de Negócios e Projetos, responsável pela produção de evidências e gerenciamento de projetos. Atuou como consultora de organismos internacionais como PNUD, UNFPA, GIZ, OEI e atuou por mais de 10 anos liderando equipes de dados e produção de informação. Foi vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (CORECON-ES) e desde 2009 atua no desenvolvimento de informação.

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