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Como e por que criar um programa on-line de liderança para mulheres

11/03/2024 por María Caridad Araujo Deixe um comentário


Há alguns anos, eu estava visitando um projeto do Banco eu uma localidade muito pequena, perto de Huancavelica, no Peru. Enquanto eu esperava o resto da equipe na praça central, aproximou-se de mim uma mulher que parecia me conhecer.

De forma simpática, ela me perguntou:

Você é professora do BID?

Por alguns segundos eu fiquei um pouco confusa, sem saber o que responder. Mas logo me dei conta de que a mulher havia participado de um dos primeiros cursos abertos on-line (conhecidos como MOOC, na sigla em inglês) lançados pelo BID, cuja preparação eu liderei. Ela me reconhecia dos vídeos do curso.

Foi um encontro agradável, conversamos algum tempo e tiramos uma selfie. E esse encontro deixou uma marca importante em mim, pois era uma confirmação de como um MOOC efetivamente pode expandir o acesso a oportunidades de aprendizado em uma escala que outras modalidades não conseguem fazer.

Talentos não estão sendo aproveitados

Em 1970, cerca de 9 em cada 10 profissionais de direito no México e de medicina no Brasil, eram homens. Em 2010, esse número havia sido reduzido para 6 de cada 10. Como é pouco provável que a distribuição populacional do talento inato para essas profissões tenha mudado de homens para mulheres, o que esses números revelam é que em 1970 havia um enorme talento não aproveitado nessas profissões. Uma participação maior das mulheres permitiu corrigir uma alocação ineficiente de talento em profissões que têm uma contribuição muito importante para a sociedade.

Agora pensemos nas posições de liderança. Tanto no setor público como no privado, na política e nas empresas, na ciência, na cultura e em muitos outros espaços, a presença feminina em posições de liderança ainda está muito longa da paridade nos países da América Latina e do Caribe. Veja alguns exemplos:

  • Em 2021, apenas 15% dos governos municipais da região tinham prefeitas mulheres.
  • Embora as mulheres ocupem 40% dos cargos médios de gerência nas empresas da região, apenas 20% estão na alta gerência.
  • No mundo acadêmico, as mulheres correspondem a 35% das professoras assistentes de economia na região, mas só 25% são professoras titulares.

Assim como no exemplo dos médicos brasileiros e advogados mexicanos, provavelmente existem milhares de mulheres em nossa região que possuem os atributos inatos de um bom líder – como a empatia, a integridade, as habilidades de comunicação, a capacidade de escutar e a resiliência, para nomear somente algumas – e cujo talento provavelmente não está sendo aproveitado.

A baixa representação de mulheres em posições de liderança não é apenas um problema de desigualdade. É também um problema de ineficiência. Não estamos direcionando os recursos da nossa sociedade ao seu melhor uso. E o custo de não fazer isso, em espaços tão importantes como o de liderança, é provavelmente enorme.

Como escalar um curso de liderança feminina

No início de 2020, assumi a chefia da Divisão de Gênero e Diversidade do BID. Quando cheguei, descobri que a equipe havia desenvolvido um interessante programa de formação em liderança dirigido a mulheres profissionais que trabalhavam nos setores público e privado. O curso oferece ferramentas para uma análise das próprias habilidades de liderança e para fortalecer algumas áreas-chave.

Alguns exemplos desses conteúdos são a construção de redes de contatos, as habilidades de comunicação enfocadas na persuasão e influência e a resiliência. Em sua versão original, o curso havia sido oferecido de forma presencial a grupos de mulheres de alguns países da região.

Esse programa tinha um enorme potencial de impacto, por oferecer ferramentas importantes a mulheres interessadas em alcançar posições de liderança que lhes permitam superar algumas das barreiras que lhes impede de crescer nas organizações em que trabalham. Mas, como oferecer esse programa em escala? Ou seja, como fazer com que o acesso a essas ferramentas chegue a um público maior? Foi quando nos deparamos com esse desafio que lembrei do meu encontro com a mulher de Huancavelica.

É evidente que um curso presencial não é totalmente substituível por um curso 100% virtual. Então o desafio foi identificar os elementos essenciais da formação que podiam ser transferidos para o formato on-line. O atrativo de oferecer essas ferramentas a um número maior de mulheres na região, superando barreiras geográficas e socioeconômicas, era crucial. Então iniciamos o trabalho.

O programa de liderança evolui e se transformou no MOOC “Mulheres na liderança: potencialize suas habilidades e impulsione a mudança”. Lançado inicialmente em espanhol, o interesse foi tão grande que adaptamos o conteúdo para a realidade enfrentadas pelas mulheres caribenhas e traduzi-lo para o inglês. E agora, lançamos uma versão em português totalmente adaptada para o contexto brasileiro.

Até hoje, cerca de 8.000 pessoas já se inscreveram nas diferentes versões do curso, sendo que mais de 80% das pessoas inscritas são mulheres. A maioria tem formação superior (graduação ou mestrado) e está na faixa etária laboral (26 a 62 anos). Se você não conhece o programa, fica aqui o nosso convite para que explore os conteúdos. Se gostar, por favor nos ajude a compartilhá-lo com outras pessoas que possam estar interessadas.

No BID, queremos que as mulheres da América Latina e do Caribe não apenas sejam reconhecidas e ocupem mais e melhores postos de liderança, mas que, quando cheguem a essas posições, tenham as ferramentas necessárias para exercê-las com confiança.

Texto também disponível em espanhol e inglês.

Leia mais:

Como seria se as mulheres na América Latina e no Caribe fossem 100?
Por que as mulheres afrodescendentes são um talento pouco aproveitado pelo setor privado

Arquivado em:Educação, Gênero, Trabalho Marcado com:cargos de liderança, curso online, gênero, MOOC

María Caridad Araujo

María Caridad Araujo é Chefe da Divisão de Gênero e Diversidade do BID, onde lidera esforços para melhorar o acesso a serviços de qualidade e oportunidades econômicas e fortalecer a voz e a representação de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQ+. Como economista sênior da Divisão de Saúde e Proteção Social do BID, trabalhou em programas de desenvolvimento infantil e redução da pobreza. Foi professora da Universidade de Georgetown e trabalhou no Banco Mundial. É Ph.D. em Economia Agrícola e de Recursos Naturais pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.

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