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A desigualdade racial que persiste no Brasil: façamos o teste do pescoço!

22/09/2015 por Autor invitado 1 Comentario


Vivian Amorim*

O Brasil é um país com uma grande mistura de culturas, cores e crenças e costumo escutar muito que aqui todos são bem-vindos. Sim, estou muito orgulhosa do meu país.

Para falar a verdade, nem tanto assim e aqui vai um exemplo do porquê: quando entrei na faculdade de economia, no maior centro público do país, somente um dos meus 180 companheiros de curso era de cor preta*.

Essa experiência pessoal é reflexo do que dizem as estatísticas no Brasil (todos os dados desse artigo se baseiam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013), em que a proporção de afrodescendentes que chegam à Educação Superior é 10,6%. Já a proporção para brancos e asiáticos chega a ser mais do que o dobro (25,8%).

E a desigualdade continua depois de iniciada a trajetória profissional. O rendimento médio de afrodescendentes no Brasil é cerca de 42,5% inferior ao de brancos e asiáticos. É sabido que existem diferenças quanto à escolaridade máxima atingida, ao gênero, ao grupo de idade, entre outras variáveis que também influenciam os salários, mas ainda que se considerem pessoas com características similares, por exemplo, homens casados, com o Ensino Médio completo e com a mesma faixa etária, as diferenças persistem: para trabalhadores com essas características, o rendimento médio de afrodescendentes é cerca de 18,6% inferior.

Além dos rendimentos mais baixos, as taxas de desemprego e de informalidade de afrodescendentes chegam a 7,7% e 43,7%, respectivamente. Para o grupo de brancos e asiáticos, esses dados são de 5,5% e 38,7%, respectivamente.

O país apresenta mais de 4 milhōes de afrodescendentes entre 15 e 24 anos que nāo estudam e nem trabalham, o que representa 21,9% dos jovens afrodecendentes nessa faixa de idade. Desses mais de 4 milhōes, quase 50% apenas completou o Ensino Fundamental.

Os números provam o que vemos todos os dias em ambientes corporativos e nas ruas. Em 2013, o funcionário público Francisco Antero e a professora de história Luzia Souza, propuseram o teste do pescoço. De maneira similar, vamos sugerir um breve exercício:

Gire o seu pescoço em escolas privada e quantos afrodescendentes você vê?

Gire o seu pescoço em um centro comercial e quantos manequins negros há para representar os mais da metade da populaçāo do país?

Por outro lado, gire o seu pescoço e conte quantas empregadas domésticas são negras?

Gire o seu pescoço em um transporte público e quantos afrodescendentes você vê?

Os números apresentados e o breve teste do pescoço demonstram a importância de contar com políticas públicas que fomentem a formação e a inserção produtiva de afrodescendentes, políticas essas que podem alterar os resultados do teste do pescoço e fazer com que, quem sabe, o Brasil seja de fato um país com igualdade de oportunidades.

*O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define cinco categorias para a cor dos brasileiros: brancos, pretos, pardos, amarelos e indígenas. Já a classificação negros representa a soma entre pretos e pardos.

Post publicado originalmente em espanhol no blog do BID, ¿y si hablamos de igualdad?

*Vivian Amorim é consultora da Unidade de Mercado de Trabalho e Seguridade Social. Bacharel em economia pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e mestre em economia pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (IPE-USP). Antes de se juntar à equipe do BID, trabalhou como analista de projetos em uma consultoria econômica e como estagiária no JP Morgan.


Arquivado em:Ideação Marcado com:afrodescendentes, crenças, cultura, desigualdade, desigualdade racial, gênero, mercado de trabalho, políticas públicas

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