Foto: Agência Brasil
Muito já se falou, desde a histórica derrota de 7 a 1 do Brasil para a Alemanha, de como os agora tetracampeões mundiais reformularam o seu futebol, que andava cambaleante no início deste século, para voltarem ao topo do mundo. Mas não é só dentro de campo que os alemães dão bons exemplos de como dar a volta por cima ou se adaptar a novas realidades. Abaixo sete bons exemplos que podem servir de inspiração:
Educação – A exemplo do que aconteceu no futebol, no início dos anos 2000 o sistema de educação alemão não vivia exatamente o seu melhor momento. Os primeiros resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), uma série de testes promovido a cada três anos com alunos do ensino médio pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostrou que os alemães tinham desempenho abaixo da média da organização . Os resultados provocaram um grande debate nacional e levaram a importantes mudanças no sistema educacional, que passou a dar mais atenção aos alunos com mais dificuldades. Além disso, houve um aumento na oferta de cursos para a primeira infância e passou-se a investir mais em treinamento de professores, entre outras medidas. Graças a elas, os resultados dos alemães no Pisa têm melhorado a cada novo teste, com desempenho acima da média da OCDE.
Energia – A Alemanha é um dos países que mais produz energia por meio de fontes renováveis – quase 75% da demanda por eletricidade é coberta por fontes como a solar e a eólica.
Meio ambiente – O consumo de sacolinhas plásticas, que levam séculos para se decompor e colocam em risco a vida de muitas espécies, na Alemanha é um dos mais baixos da Europa: estima-se que cada alemão utilize 76 sacolas plásticas por ano; a média europeia é de 198 por habitante/ano. A grande maioria dos alemães carrega sacolas descartáveis quando vai às compras.
Transporte – Famosos por automóveis luxuosos e rodovias sem limite de velocidade, os alemães também são grandes utilizadores das bicicletas como meio de transporte. Na maioria das cidades, a infraestrutura privilegia a integração entre meios como a bicicleta e trens. Além disso, o governo incentiva os turistas a conhecerem o país de bike oferecendo rotas seguras e exclusivas para ciclistas.
Desperdício de comida – De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mais de 30% da produção de alimentos mundial vai parar no lixo. Estima-se que na Alemanha o desperdício seja de 21%, abaixo da média global. Para tentar diminuir a quantidade de comida que acaba inutilizada, há campanhas como “Bom demais para a lata de lixo”, que promove a ideia de que evitar o desperdício é responsabilidade de todos.
Consumo – Em linha com a ideia de lutar contra o desperdício, há uma forte cultura na Alemanha de se comprar apenas aquilo que é necessário e que realmente será consumido. Os alemães procuram consumir produtos ecológicos e/ou socialmente responsáveis, o que cria desafios e oportunidades para países que queiram exportar para a principal economia europeia.
Desenvolvimento humano e participação feminina – De acordo com as Nações Unidas, a Alemanha é o quinto país com melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) – 32,4% dos assentos no parlamento são ocupados por mulheres e 96,2% tem ensino médio ou educação superior.
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