Como ver nossa região em seu conjunto, entender as diferenças e as sutilezas de nossa cultura, ultrapassar as barreiras de nossos limites e apreciar o fio condutor que faz de nós um continente vibrante e diferente?
Acadêmicos, historiadores, políticos e até lobistas têm procurado entender a América Latina e o Caribe para decifrar o que nos une e o que nos separa com o objetivo de responder a nossos desafios mais difíceis.
No entanto, os métodos tradicionais, como as apresentações, os estudos e as pesquisas, não têm sido suficientes para capturar a essência de nossa região.
Até mesmo nós, os próprios latino-americanos, às vezes temos dificuldade para entender e apoiar nossas diferenças e nossos pontos em comum.
Mas a arte rompe os esquemas e supera todas as barreiras. É uma ferramenta que pode ajudar a visualizar a América Latina e o Caribe como uma região diversa, inovadora, igualitária, ambientalmente segura e globalizada.
Além disso, a arte é um instrumento que hoje serve para antecipar e moldar nossa perspectiva. Ela tem o potencial de influir em nossas concepções e inspirar a mudança. A lente dos artistas é sempre criativa e nos ajuda a imaginar soluções inovadoras e diferentes para nossos desafios.
Como disse a curadora e escritora grega Katerina Gregos em seu TED talk, “a arte tem o poder sutil de mudar o mundo uma percepção por vez”.
É por isso que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está preparando uma instalação internacional de arte itinerante chamada Calçada das Américas, em que artistas de todos os países membros do BID terão a oportunidade de mostrar obras de arte que reflitam uma região inclusiva, onde o crescimento econômico, a igualdade de gênero, a sustentabilidade ambiental e a justiça são uma possibilidade.
Seis propostas de cada país membro serão reunidas para criar uma instalação que incluirá mais de 150 obras de arte. Os visitantes poderão caminhar metaforicamente do Canadá até a Argentina, passando pelo Caribe, e, nesse percurso, ver imagens de obras de arte contemporânea de todo o hemisfério.
A instalação pretende provocar o público interessado a pensar em uma região mais dinâmica e unida. Uma região que aposte em uma mudança revolucionária.
A exposição será mostrada em vários países, com a ideia de gerar conversas sobre o papel da arte e da criatividade no desenvolvimento.
A convocatória se destina a artistas que queiram provocar, inovar e oferecer novas perspectivas sobre os desafios de desenvolvimento da região, bem como demonstrar a imensa criatividade artística da América Latina.
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