Banco Interamericano de Desenvolvimento
facebook
twitter
youtube
linkedin
instagram
Abierto al públicoBeyond BordersCaribbean Development TrendsCiudades SosteniblesEnergía para el FuturoEnfoque EducaciónFactor TrabajoGente SaludableGestión fiscalGobernarteIdeas MatterIdeas que CuentanIdeaçãoImpactoIndustrias CreativasLa Maleta AbiertaMoviliblogMás Allá de las FronterasNegocios SosteniblesPrimeros PasosPuntos sobre la iSeguridad CiudadanaSostenibilidadVolvamos a la fuente¿Y si hablamos de igualdad?Inicial
Administração pública Água e saneamento Ciência, Tecnologia e Inovação Conhecimento Aberto Comércio e integração regional Desenvolvimento da primeira infância Desenvolvimento urbano e habitação Educação Efetividade no desenvolvimento Energia Gênero e diversidade Indústrias Criativas Meio ambiente, mudança climática e salvaguardas Política e gestão fiscal Saúde Segurança pública e Justiça Trabalho e pensões
  • Skip to main content
  • Skip to secondary menu
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Ideação

Inovação em gestão pública no Brasil

  • INÍCIO
    • Sobre o blog
    • Guia editorial
  • CATEGORIAS
    • Agricultura
    • Água e saneamento
    • Cidades
    • Ciência e tecnologia
    • Comércio
    • Educação
    • Empresas e negócios
    • Energia
    • Gênero
    • Gestão de projetos
    • Gestão pública
    • Ideação
    • Infraestrutura
    • Meio ambiente
    • Mercados financeiros
    • Saúde
    • Segurança
    • Trabalho
    • Turismo sustentável
  • Autores

Um clima para a saúde das crianças

06/10/2015 por Autor invitado Deixe um comentário


John Dunn Smith*

A exposição a condições meteorológicas extremas durante a infância e a vida adulta tem efeitos cada vez mais conhecidos. Já que estas mudanças no clima estão se tornando mais frequentes, pesquisadores e autoridades que desenham políticas públicas trabalham em formas de amortecer seus efeitos.

Mas, o que acontece com os efeitos da mudança do clima sobre a gestação humana e a infância? Embora o útero ofereça um grau de proteção do mundo exterior, é provável que se a saúde da mãe sofrer tensões consideráveis isso pode ser refletido na saúde do recém-nascido e durante a sua infância. Por isso, esta situação deve ser levada em conta como parte de uma resposta mais ampla à mudança do clima nos países membros do BID e no restante do mundo.

As economistas Paula C. Pereda e Denisard Alves da Universidade de São Paulo, e Tatiane A. de Menezes, da Universidade Federal do Pernambuco tem dado um passo a frente para esta avaliação, como parte do projeto da Red de Centros de Pesquisa da América Latina e Caribe do BID “Os impactos da mudança do clima sobre a saúde na América Latina e Caribe”. As autoras analisaram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dados sobre o peso das crianças do Sistema de Saúde Primária e Estatísticas de Mortalidade Infantil do Ministério da Saúde do Brasil entre 2000 e 2011, em relação aos dados do clima coletados pelo Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil. Já que o Brasil é um país extenso e muito povoado com grandes variações tanto em condições climáticas como socioeconômicas, os resultados da pesquisa poderiam ser aplicados na região e em outros lugares, e em países com distintos níveis de desenvolvimento.

A análise chegou a várias conclusões que podemos destacar. Em primeiro lugar, a maior mortalidade é a neonatal – quando o falecimento ocorre dentro dos primeiros 27 dias do nascimento – e está associada a uma excessiva queda de chuvas em todo o país durante todo o ano, sobretudo no Nordeste durante o verão. A mortalidade neonatal no Nordeste durante o verão também parece aumentar devido a temperaturas acima da média durante esta estação, enquanto na região Centro-Oeste as elevadas temperaturas aumentam a mortalidade neonatal no outono.

O clima parece ter um impacto menos definitivo, mas não menos importante que o baixo peso ao nascer. Nos domicílios rurais – que são mais propensos a serem carentes e ter uma situação de moradia inadequada – a exposição a temperaturas abaixo da média durante o terceiro trimestre da gravidez leva ao baixo peso da criança ao nascer. As altas temperaturas durante o segundo trimestre da gravidez também estão associadas ao baixo peso do nascimento nas áreas rurais.

Estima-se que os nascimentos no Brasil sejam mais afetados pela mudança do clima nas próximas décadas. As autoras calculam os impactos potenciais usando os cenários com os níveis baixos, médios e altos de efeitos sobre os humanos formados pelo Met Office-Hadley Centre, do Reino Unido, um dos institutos mais reconhecidos no mundo em meteorologia e ciência do clima. Enquanto a mortalidade infantil, o cenário intermediário prevê 305 mortes a mais que ocorreriam de outra forma em todo o país a cada ano entre 2041 e 2070. Esta cifra pode parecer pequena, em particular para um país do tamanho do Brasil, mas é necessário considerar outros dois fatores. Primeiro, o aumento se concentra nas regiões Nordeste e Sudeste, que já estão em desvantagem. Segundo, o trauma de perder um filho pode estender-se durante o resto da vida dos pais e irmãos, com sérias consequências para o bem-estar emocional e físico.

Também se prevê que aumente o baixo peso ao nascer, o que tem sido amplamente associado a um menor desenvolvimento cognitivo e de saúde durante o curso da vida. O cenário intermediário prevê outros 3.171 nascimentos de crianças com menos de 2,5kg ao ano entre 2041 e 2070, separados por mês e comparados com os cenários representados no quadro abaixo. Este total foi dividido entre 1.922 casos urbanos de baixo peso de nascimento e 1.249 casos rurais, sendo a última cifra desproporcionalmente alta em relação à participação rural da população total. Novamente, as pessoas mais carentes e vulneráveis se veem mais afetadas.

Já que ninguém pode combater a mudança do clima sozinho, governos e cidadãos devem encontrar formas de adaptar e incrementar sua capacidade de recuperação ante as condições meteorológicas extremas. A notícia relativamente boa para o Brasil é que, para os nascimentos, a adaptação consiste principalmente em aumentar o acesso aos serviços e tecnologias existentes. Melhorar os níveis educacionais das mães tem em particular um potencial para reduzir a mortalidade neonatal; as maiores taxas registradas são entre mães que não completaram a escola primária.

A mortalidade neonatal também pode ser reduzida ao combinar sistemas de esgoto adequados e aumentar a quantidade de enfermeiras, que tem um importante papel na educação das famílias carentes que as orientam sobre os temas de higiene e cuidados primários. A incidência do baixo peso no nascimento pode ser reduzida com uma combinação similar de medidas. Nas zonas rurais também é importante contar com sistemas de esgoto adequados, e tanto em zonas rurais como urbanas a presença de um hospital na municipalidade de uma casa faz com que seja mais provável que as mães obtenham o cuidado pré-natal que pode impedir o baixo peso do nascimento e outros problemas.

Grafico-ccn - português

Post publicado originalmente em espanhol e em inglês no Blog do BID, Ideas que Cuentam.

*John Dunn Smith é editor assistente do Departamento de Pesquisa. Seus diplomas incluem um BA em Estudos Latino-americanos pela Universidade Americana, um AM na mesma área pela Universidade de Chicago e um MA em Relações Internacionais pela Universidade de Carleton, em Ottawa. Smith tem publicado coleções de poesia, ensaios e humor, além de um livro infantil.

 

 

 

 


Arquivado em:Ideação Marcado com:#infância, criança, desenvolvimento infantil, mortalidade neonatal, mudança climática, primeira infância, saúde

Autor invitado

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Receba nosso conteúdo exclusivo

ASSINE

Pesquisar

Ideação

Banco de inovação em gestão pública no Brasil

Categorias

Você pode se interessar por

  • Como setor privado pode ajudar a enfrentar a mudança climática?
  • Pouco dinheiro para a criançada
  • Amazônia e a mudança climática: o futuro no fiel da balança

Footer

Banco Interamericano de Desarrollo
facebook
twitter
youtube
youtube

Blogs escritos por funcionários do BID:

Copyright © Inter-American Development Bank ("IDB"). Este trabalho está sob a licença de Creative Commons IGO 3.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. (CC-IGO 3.0 BY-NC-ND) e pode ser reproduzido com atribuição ao BID para fins não comerciais. Trabalhos derivados não são permitidos. Qualquer disputa relacionada ao uso dos trabalhos do BID que não possam ser acordados de maneira amigável deve ser submetida à arbitragem de acordo com as regras da UNCITRAL. O uso do nome do BID para qualquer finalidade além de atribuição e o uso da logo do BID está sujeita a um acordo de licença separado entre o Banco e o usuário e não é parte da licença de CC- IGO. Note que o link proporcionado sobre a licença Creative Commons inclui termos e condições adicionais.


Blogs escritos por autores externos:

Para qualquer dúvida relacionada ao direito de copyright de artigos produzidos por autores que não são funcionários do BID, por favor preencher o formulário de contato para este blog.

As opiniões expressadas neste blog são dos autores e não refletem necessariamente as opiniões do BID, seu Conselho Executivo, ou de seus países membros.

Atribuição: além de atribuir o trabalho ao autor respectivo e ao dono do direito de copyright, conforme o caso, apreciamos se você pode incluir um link para o blog do BID.



Política de privacidade

Copyright © 2023 · Magazine Pro em Genesis Framework · WordPress · Log in

Banco Interamericano de Desarrollo

Aviso Legal

Las opiniones expresadas en estos blogs son las de los autores y no necesariamente reflejan las opiniones del Banco Interamericano de Desarrollo, sus directivas, la Asamblea de Gobernadores o sus países miembros.

facebook
twitter
youtube
We use cookies on our website to give you the most relevant experience by remembering your preferences and repeat visits. By clicking “Accept”, you consent to the use of ALL the cookies.
Cookie settingsACCEPT
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Always Enabled

Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.

Non-necessary

Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.

SAVE & ACCEPT