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Transporte e Turismo transformando a economia no pós-pandemia – Parte 1

15/04/2021 por Karisa Ribeiro - Juliana Bettini - Denise Levy Deixe um comentário


A conexão entre transporte e turismo nunca foi tão evidente como durante a pandemia da COVID-19. O coronavírus fez com que diversos viajantes cancelassem suas viagens devido ao receio do contágio e em função das restrições sanitárias e de mobilidade implementadas por diversos países e destinos. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), as chegadas internacionais registraram uma redução de 72% em 2020 em relação ao ano anterior, o que representa níveis de 30 anos atrás. Nas Américas, essa queda nos 10 primeiros meses de 2020 atingiu 68%. No cenário atual, a expectativa é de que o turismo internacional retorne aos patamares de 2019 apenas em 2024.

Neste longo caminho, o setor está entendendo que será preciso se reinventar para um “novo normal”, que deverá perdurar até que a vacinação no mundo avance e a doença seja controlada. Medidas de adaptação impactarão desde o comportamento do viajante até a criação de novas medidas físicas e operacionais nos destinos.

Se você trabalha com turismo – na esfera pública ou privada – e busca alternativas para acelerar a recuperação do setor, preparamos uma série de estratégias e dicas que serão apresentadas em dois posts. Este é o primeiro deles! Fique ligado aqui no blog para ler o segundo!

Por que criar medidas para fortalecer turismo e transporte?

No Brasil, o turismo corresponde a cerca de 3.7% do PIB e responde por 3% do total de empregos (FGV, 2020) e o setor de transporte ocupa uma parcela relevante entre as atividades relacionadas ao turismo: somando-se transporte rodoviário, aéreo e outros tipos, ele é responsável por 44% dos empregos. (Gráfico) Fica evidente, portanto, a importância unir esforços entre os dois setores e encontrar soluções mais atrativas, seguras e sustentáveis para ambos.

Se em um primeiro momento as medidas visam garantir a segurança de turistas, funcionários no setor e residentes, no longo prazo, o binômio turismo e transporte pode ser um importante agente de transição para uma economia mais verde e mais resiliente, estabelecendo a inovação e a sustentabilidade como parte inseparável do “novo normal”.

Alguns elementos chave para fortalecer a aliança entre turismo e transporte são:

1. Investir em uma rede de transportes integrada e sustentável.

Globalmente, 75% de todas as emissões do setor turístico são relacionadas a transportes, o que corresponde a 982 milhões de toneladas de CO2. As emissões foram produzidas por um total de 9.7 bilhões de viagens, divididas entre 750 milhões de chegadas internacionais, 4 bilhões de chegadas domésticas, e um adicional de 5 bilhões de visitantes diários ou excursionistas internacionais ou domésticos, segundo a OMT.

Os números são significativos, mas os modos de transportes são igualmente relevantes. Entre os modos que mais impactam o setor turístico, o transporte aéreo é o que mais produz emissões de CO2, seguido do transporte rodoviário.  Segundo as previsões da OMC para o crescimento do setor (pré-pandemia), enquanto o transporte aéreo internacional tinha previsão de crescer em todas as regiões do mundo, nas Américas, o automóvel era previsto ser o meio de transporte preferido para o turismo doméstico (64% das chegadas domésticas foram terrestres em 2016).

As emissões previstas para o turismo doméstico rodoviário nas Américas em 2030 são de 83% do total de emissões do setor, sendo que em 2016, já alcançavam 79%. Embora seja previsto que o automóvel continuará sendo um dos meios de transporte mais utilizado no turismo (seja doméstico ou internacional), as chegadas áreas têm se tornado cada vez mais comuns. Mesmo que melhoras significativas tenham sido feitas no transporte aéreo, principalmente em termos de combustíveis mais eficientes, e que no pós-pandemia as distancias viajadas sejam reduzidas, priorizando destinos mais próximos, juntos, os modos terrestres e aéreos conseguem ser os maiores “vilões” em termos de emissões no setor turístico.

Diante deste cenário, é preciso promover um equilíbrio entre os investimentos no setor do transporte, de tal forma que os modos mais utilizados no setor turístico tenham capacidade para gerar menos emissões, e sejam seguros e eficientes para levar o turista de um destino a outro. Nesse sentido, é possível evitar apostar em um ou outro modo, mas promover a integração entre os diversos modos de transporte, facilitando uma transição para um setor mais descarbonizado e eficiente no uso de espaços e materiais.

No Brasil, o Ministério da Infraestrutura, responsável pelos transportes terrestre, aquaviário e aeroviário, lançou a Agenda de Sustentabilidade, um documento que propõe, dentre outros temas, a consideração das variáveis climáticas em todos os projetos de infraestrutura de transportes.  Um dos itens retrata inclusive a forma de conceder incentivos para os empreendimentos que aplicam a gestão de riscos climáticos e a mitigação de emissões de GEE.

A nível municipal, ferramentas estão sendo desenvolvidas para avaliar a redução das emissões pelo transporte público, como é o caso da Ferramenta ECarbono, desenvolvida dentro do Programa “Mobilidade Urbana de Baixo Carbono em Grandes Cidades”, uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) do Brasil, através de sua Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU), com recursos do Global Environment Facility (GEF). O ECarbono é uma ferramenta de cálculo que estima as emissões associadas à potencial implantação um sistema de transporte público coletivo e seu impacto em relação a um cenário de base e tem a função de orientar a avaliação de investimentos que podem captar usuários do transporte individual motorizado para o transporte público coletivo, reduzindo a intensidade energética do sistema, bem como as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de poluentes atmosféricos.

No Ceará, o Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional incluiu a recapeamento de rodovias para alavancar a atividade turística do estado.

2. Investir em inovação e digitalização

É essencial que se acelere o uso de meios alternativos de transporte, como por exemplo, o cicloviário, e outros não motorizados, além de melhorar a digitalização e integração destes modos com o transporte de grande capacidade, como os ônibus ou metros, melhorando a conectividade e reduzindo os obstáculos para um uso mais intensivo destes modos de transporte. Medidas de incentivo à modos menos poluentes, como a eletrificação da frota, e alinhadas com uma estratégia nacional de baixo carbono devem ser encorajadas, com o objetivo de reduzir a participação dos modos privados motorizados, que além das emissões causadas, geram transtornos de toda natureza nas cidades turísticas.

O uso da tecnologia pode ser um dos instrumentos mais fortes para apoiar a aliança entre o turismo e o transporte sustentável. A tecnologia pode auxiliar tanto na remoção de barreiras para um transporte mais seguro, como no planejamento de uma visita que utilize uma jornada multimodos (avião, transporte público, carro, trem, barco, bicicleta).

A digitalização do setor de transportes requer uma infraestrutura digital sólida, onde o apoio a operadores é necessário e fundamental para permitir operacionalidade entre os diversos prestadores e operadores de transporte. A digitalização pode ainda ser um elemento de apoio à segurança do turista, maximizando a informação disponível durante trajetos a destinos turísticos e internamente nesses destinos, como facilitando a comunicação com autoridades responsáveis pela saúde e segurança pública. Com a digitalização ainda é possível integrar os modos, possibilitando a escolha por meios mais eficientes e baratos, alavancando ainda mais o turismo.

As frentes de ação são diversas quando o falamos de dois setores tão significativos para a economia. Confira no próximo blog mais três estratégias que podem ajudar a pavimentar caminhos para um novo normal mais resiliente e sustentável.


Leia Mais!

Preparando os destinos turísticos para o “novo normal”: o papel dos protocolos de biossegurança
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Arquivado em:Trabalho, Turismo sustentável Marcado com:avião, COVID-19, estradas, pandemia, recuperação econômica, transporte, trasnporte rodoviário, turismo, viagem

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Juliana Bettini

Especialista em Turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), atua na representação do BID no Brasil desde 2015. Lidera a carteira de projetos financiados pelo Banco no setor de turismo no país, além de atuar em outros projetos na América Latina e Caribe. Com 15 anos de atuação no setor de turismo, dedicou grande parte de sua carreira ao planejamento estratégico de destinos e negócios turísticos e a estudos de mercado setoriais. Formada em Turismo pela USP, tem especialização na área de Pesquisa de Mercado e Mestrado em Planejamento e Gestão de Destinos pela Universidade de Alicante, Espanha.

Denise Levy

Tem ampla experiência em temas ambientais e de manejo social na América Latina. Seu principal foco tem sido o planejamento do uso da terra e o financiamento da conservação da terra, como também as avaliações de impactos ambientais estratégicos. Nos últimos anos, o setor de turismo teve como foco a proteção costeira e marinha, e o desenvolvimento urbano sustentável. Antes de fazer parte do time do Banco, Denise Levy foi gerente de programa conservação de terras privadas do The Nature Conservancy, no Brasil. É graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná, possui doutorado em Análise de Políticas Públicas, pela Universidade de Illinois, em Chicago, e mestrado em Ciências e Políticas Ambientais, pela Universidade Johns Hopkins. Denise atualmente é especialista ambiental sênior da Divisão de Recursos Naturais, Agricultura, Turismo e Desastres Naturais do BID.

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