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Será preciso ainda defendermos o SUS?

17/12/2019 por Catherine Moura Deixe um comentário


Após mais de três décadas de sua concepção, criação e operacionalização, o Sistema Único de Saúde (SUS), que é responsável por um extenso hall de ações e serviços de saúde pública de caráter universal e irrestrito, continua tendo que enfrentar um dos seus maiores desafios: o de ainda precisar ser defendido.

O SUS é uma herança da conquista popular e social da Constituinte de 1988, marcado pelo processo de redemocratização do Brasil, no qual a saúde adquiriu status de direito universal e atribuiu ao Estado responsabilidade indelegável. Naquela ocasião, o nosso sistema de saúde nacional nasceu com vocação e características de seguro social e com uma relevância pública que exigiria, desde então e para sempre, um compromisso estratégico de Governo em todas as suas instâncias.

O sistema público de saúde brasileiro, com previsão de participação complementar do setor privado, está centrado em três pilares fundamentais: universalização, integralidade e equidade. Entender melhor a abrangência desses conceitos é importante para compreendermos mais adiante o tamanho dos desafios do nosso sistema de saúde. Vejamos:

Universalização. Saúde é direito social de todos os cidadãos e responsabilidade do Estado.

Equidade. Oferecer serviços que atendam às necessidades distintas das pessoas, ou seja, reconhecer a pluralidade e diversidade dos grupos populacionais buscando reduzir as desigualdades, promovendo igualdade e justiça.

Integralidade. Oferecer assistência à saúde em todas as dimensões do cuidado (promoção, prevenção, tratamento, reabilitação) com foco no indivíduo como um todo, em todas suas demandas.

Para operacionalizar a rede pública de saúde, em todo o país, a estrutura organizativa do SUS conta com quatro principais princípios doutrinários, que servem para tornar o SUS realidade. São eles:

Juntos, os pilares e princípios do Sistema delimitam e resumidamente caracterizam o SUS como política de Estado e direito do cidadão. Há muito mais no arcabouço jurídico e técnico do SUS; além das seções específicas na Constituição, existe um conjunto consistente de Leis, Normas Operacionais, Decretos, Portarias Ministeriais que são um ordenamento estruturante e conferem ao Estado, gestores públicos e profissionais de saúde, definições essenciais e ferramentas de gestão estratégicas do Sistema. Para saber mais acesse: SaudeLegis 

Tratando-se de suas dimensões, segundo dados da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (2017/2018), o SUS acumula números que impressionam e merecem reflexão.

O SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, gratuito e universal, para países com mais de 100 milhões de habitantes. Possui excelência mundialmente reconhecida na área de transplantes de órgãos, resposta à epidemia de HIV/Aids, amamentação materna e imunização. É impossível não reconhecer sua relevância, o importante volume, variedade e complexidade da oferta e prestação de serviços à população, que coleciona conquistas com altos impactos coletivos.

Segundo especialistas nacionais e internacionais em recente publicação, as principais contribuições foram para a redução das desigualdades na saúde por meio do aumento na cobertura e acesso aos serviços de saúde (sobretudo na Atenção Primária com o Programa Saúde da Família ampliando a prestação de 4% para 62% da população), com impacto positivo em importantes indicadores de saúde da população, como mortalidade infantil, redução de hospitalizações dentre outros.

No entanto, nem os avanços podem ser esquecidos e tampouco os desafios adiante devem ser subestimados. O Brasil precisará desenvolver medidas consistentes para enfrentar desafios relacionados a:

  • Financiamento e alocação dos recursos no âmbito do SUS;
  • Governança e estrutura organizativa (três níveis de governo);
  • Qualificação e eficiência da gestão pública do Sistema;
  • Coordenação assistencial e integração dos serviços de saúde;
  • Consolidação das redes de atenção à saúde;
  • Regulação e fortalecimento das parcerias público-privadas no SUS;
  • Judicialização da Saúde;
  • Envelhecimento populacional, aumento das doenças crônicas e demandas crescentes por cuidados socio sanitários às pessoas com dependências funcionais;
  • Formação profissional alinhada para as necessidades do mercado da saúde;
  • Incorporação tecnológica e inovação transformadoras das práticas em saúde.

O cenário futuro será extremamente desafiador, sobretudo devido às inúmeras fragilidades no cenário nacional político, econômico, às transições socio demográficas e epidemiológicas já iniciadas e, também, o próprio crescente engajamento dos pacientes, ampliação do acesso à informação, aumento nas demandas por qualidade dos serviços e atendimento às necessidades individuais e coletivas de saúde.

Considerando que os desafios são complexos, é preciso que ocorra um movimento ordenado entre decisão política, estratégica, técnica, gestão de mudanças, muita criatividade e transparência para dialogar com a sociedade e entregar o que esta precisa e espera.

Para garantir a sustentabilidade do SUS nas próximas décadas será imprescindível desenvolver investimentos estratégicos em infraestruturas essenciais, apostar nas tecnologias de informação e comunicação, utilizar dados confiáveis para tomada de decisão gerencial e clínica, reduzir desperdícios e eliminar duplicidades no Sistema, melhorar os padrões de eficiência em toda a rede de serviços e ações de saúde, sejam eles públicos ou privados.

Consolidar conquistas e implementar melhorias contínuas deve ser o compromisso público para que o SUS não precise mais se defender dos seus próprios usuários.

É preciso conquistar o espaço onde a população brasileira poderá um dia reconhecer no SUS uma política social amplamente inclusiva, de qualidade e potencialmente redutora das desigualdades sociais no Brasil.


Arquivado em:Saúde Marcado com:saúde pública, Sistema Único de Saúde, SUS

Catherine Moura

É especialista em Saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Médica Sanitarista, Mestre em Saúde Pública e Especialista em Gestão em Saúde, Medicina Preventiva e do Trabalho. Membro do The Beryl Institute (PX); Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBExs) e da Sociedade Brasileira para Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP). Especialista em saúde com experiência em inovação, tecnologia e qualidade nos setores Público, Privado e Terceiro Setor. Há 16 anos apoia Governos na consolidação de políticas de saúde, modernização da gestão, fortalecimento institucional e, controle e avaliação de serviços.

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