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Biossegurança Turismo

Preparando os destinos turísticos para o “novo normal”: o papel dos protocolos de biossegurança

29/06/2020 por Juliana Bettini - Denise Levy - Catherine Moura Deixe um comentário


Enquanto o foco na América Latina e Caribe ainda é conter e estagnar os casos de COVID-19, muitos destinos turísticos ao redor do mundo já começam a se preparar para o momento de reabrir, e os turistas também já pensam nas próximas férias:  a viagem vai ser segura?  O voo estará cheio? E o check-in no hotel, como será feito? A limpeza do quarto é confiável?  Será que o museu vai estar lotado? Enquanto essas e outras dúvidas inquietam viajantes e quem trabalha para recebê-los, medidas para aumentar a segurança de todos envolvidos no setor do turismo serão essenciais para os destinos que projetam o retorno. 

Altamente necessárias, as medidas de distanciamento social e o fechamento ou controle de fronteiras praticamente paralisaram o turismo: em 20 de maio, 100% dos destinos mundiais seguiam com algum tipo de restrição de viagem, e estimativas da OMT (Organização Mundial do Turismo) apontavam para um decréscimo de entre 58% e 78% nas chegadas de turistas internacionais em 2020, em comparação com o ano anterior. A pandemia gerou o maior choque de demanda conhecido na história do turismo mundial. 

Com a estagnação ou decréscimo das curvas de contágio em algumas regiões, a volta a uma nova normalidade entra na pauta. E ainda que o Brasil e alguns países da região tenham uma legislação sanitária avançada e consistente com suas necessidades, a pandemia requer regulamentar ações essenciais e recomendações específicas de biossegurança e segurança sanitária, de modo a orientar profissionais e serviços de saúde, assim como os demais setores econômicos na retomada de sua plena atividade.  

É nesse contexto que os protocolos de biossegurança surgem como uma ferramenta de grande relevância: eles permitem estabelecer procedimentos padronizados e mínimos para que meios de transporte, empreendimentos turísticos, atrativos e variados serviços associados ao setor retomem suas atividades minimizando os riscos de novos surtos. 

Prática já comum em outros setores 

Protocolos de biossegurança já são populares em outros setores, mas ainda não estão no dia a dia dos negócios turísticos.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio do Regulamento Sanitário Internacional, atualmente em atualização, apresenta diretrizes de segurança mundial em saúde e recomenda ações das autoridades em saúde pública em caso de  alerta e resposta frente a epidemias e outros eventos de impacto na saúde global, como o risco de propagação internacional de doenças. Essas devem ser as bases para protocolos locais voltados à segurança sanitária das coletividades.  

No setor de turismo, esforços vêm sendo empreendidos mundialmente, muitas vezes com parcerias entre setores público e privado, para estabelecer protocolos que se adéquem não só às necessidades sanitárias, mas também à realidade operacional e local dos negócios. Mas ainda há incertezas e dúvidas sobre como atuar para garantir que protocolos e outros mecanismos sejam efetivos e adequados à nova realidade e permitam uma reabertura segura.   

Reflexões sobre os protocolos de biossegurança no turismo 

A observação e o conhecimento sobre o uso dos protocolos, ainda que de forma inicial, em distintos lugares, nos permitem levantar algumas considerações:  

  1. Integração e coordenação com os órgãos de saúde é essencial. A elaboração dos protocolos e sua implementação deve ser norteada pelas recomendações de órgãos de saúde, autoridades sanitárias governamentais e organizações sanitárias reconhecidas. Contar com recomendações técnicas de profissionais da saúde é uma boa prática que favorece o sucesso na implementação das medidas de controle da disseminação e de minimização dos riscos.  A integração com a área de saúde, em especial órgãos de vigilância, é importantíssima para fiscalização e acompanhamento da implementação dos protocolos, um dos desafios para a efetividade prática desses instrumentos. 
  2. Os protocolos devem ser adequados à realidade dos destinos e negócios. Nem todos os protocolos se aplicam a todas as realidades. A dinâmica de um grande hotel de negócios em uma metrópole é muito diferente da de uma pequena pousada em um destino de montanha. Para ampliar sua efetividade, os protocolos devem considerar uma análise do cenário em que serão aplicados e se adequar às suas especificidades, partindo de uma base comum, validada por instituições renomadas da área de saúde. Essa adequação às realidades passa também pela consulta e construção conjunta com atores dos setores afetados, afinal, quem melhor conhece a operação de um determinado tipo de equipamento do que quem atua nele? 
  3. Mapear riscos antes de traçar protocolos é uma boa prática. Mapear os riscos existentes na operação de um determinado empreendimento ou na dinâmica de deslocamento por um destino é o ponto de partida ideal para desenvolver os protocolos. A partir desse mapeamento, é possível delimitar protocolos que possam minimizar a exposição a cada um dos riscos identificados, aumentando sua chance de eficiência. Esse processo também facilita o monitoramento da implementação dos protocolos e sua adequação à evolução dos riscos relacionados à pandemia. 
  4. A comunicação é elemento crítico e abrange o visitante, o turista, a população local e todos os envolvidos no setor. Os turistas devem ser comunicados de forma adequada sobre o que está sendo implementado em cada destino ou negócio para aumentar a segurança sanitária, tanto para que sua confiança para viajar aumente, como para que sejam parte da cadeia de cuidados necessária para que a epidemia siga controlada. Do mesmo modo, colaboradores de empreendimentos devem ser comunicados e capacitados para garantir a aplicação dos protocolos. Por fim, é importante que a população dos destinos esteja ciente dos cuidados a serem tomados para apoiar a implementação e o monitoramento, de forma que sejam seguidos pelos visitantes e que todos se sintam seguros em suas cidades. 
  5. Os protocolos, assim como a evolução da pandemia, são dinâmicos. A evolução da pandemia e o ritmo de arrefecimento não são uniformes em todos os lugares. A adequação a uma nova rotina de funcionamento também muda conforme o local, e essa será uma realidade extremamente dinâmica – afinal, o mundo como o conhecemos está aprendendo como lidar com uma pandemia dessas proporções. Nesse sentido, os protocolos precisam ser reativos a mudanças, ter alta flexibilidade e se adequar tanto a momentos de maior diminuição dos casos, como de novos surtos. 
  6. Implementar os protocolos de forma efetiva é um desafio. Os protocolos de biossegurança ainda não estão inseridos no cotidiano dos destinos e dos negócios do turismo. Em um setor em que a capacidade de coordenação entre atores é essencial para prover ao turista uma experiência agradável e relevante, inserem-se agora novos processos, medidas e atores, tornando a governança do turismo ainda mais complexa e desafiadora. É importante que gestores públicos considerem esse desafio e atuem para possibilitar uma governança efetiva, evitando a criação de protocolos que fiquem inativos ou sejam demasiadamente extensivos, resultando em uma experiência negativa para o turista e prejudicando a imagem dos destinos. 

A pandemia mudou a vida de todos nós e afetará o comportamento dos viajantes – basta pensarmos em nossos planos pessoais de uma próxima viagem. Destinos e negócios turísticos precisam se adaptar a essa nova realidade. O diálogo intersetorial e o respaldo técnico são essenciais para o sucesso dessa retomada, assim como a regulação, a governança em saúde pública e a proteção das coletividades. Nesse sentido, o BID vem atuando ativamente no diálogo com os países da América Latina e do Caribe para identificar os desafios para desenhar e implementar protocolos de biossegurança no turismo e examinar as estratégias mais efetivas que poderão auxiliar na retomada segura das atividades no setor. 

Leia mais:

Resiliência no turismo: aprendendo com experiências de gestão de crises


Arquivado em:Turismo sustentável Marcado com:biossegurança, coronavirus, pandemia, turismo

Juliana Bettini

Especialista em Turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), atua na representação do BID no Brasil desde 2015. Lidera a carteira de projetos financiados pelo Banco no setor de turismo no país, além de atuar em outros projetos na América Latina e Caribe. Com 15 anos de atuação no setor de turismo, dedicou grande parte de sua carreira ao planejamento estratégico de destinos e negócios turísticos e a estudos de mercado setoriais. Formada em Turismo pela USP, tem especialização na área de Pesquisa de Mercado e Mestrado em Planejamento e Gestão de Destinos pela Universidade de Alicante, Espanha.

Denise Levy

Tem ampla experiência em temas ambientais e de manejo social na América Latina. Seu principal foco tem sido o planejamento do uso da terra e o financiamento da conservação da terra, como também as avaliações de impactos ambientais estratégicos. Nos últimos anos, o setor de turismo teve como foco a proteção costeira e marinha, e o desenvolvimento urbano sustentável. Antes de fazer parte do time do Banco, Denise Levy foi gerente de programa conservação de terras privadas do The Nature Conservancy, no Brasil. É graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná, possui doutorado em Análise de Políticas Públicas, pela Universidade de Illinois, em Chicago, e mestrado em Ciências e Políticas Ambientais, pela Universidade Johns Hopkins. Denise atualmente é especialista ambiental sênior da Divisão de Recursos Naturais, Agricultura, Turismo e Desastres Naturais do BID.

Catherine Moura

É especialista em Saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Médica Sanitarista, Mestre em Saúde Pública e Especialista em Gestão em Saúde, Medicina Preventiva e do Trabalho. Membro do The Beryl Institute (PX); Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBExs) e da Sociedade Brasileira para Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP). Especialista em saúde com experiência em inovação, tecnologia e qualidade nos setores Público, Privado e Terceiro Setor. Há 16 anos apoia Governos na consolidação de políticas de saúde, modernização da gestão, fortalecimento institucional e, controle e avaliação de serviços.

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