Polyana Giardino*
Vamos entender o empreendedorismo e seus impactos sob três perspectivas totalmente interligadas: o indivíduo, as corporações e a economia.
Se você sempre pensou que empreendedorismo era conversa só para “gente grande”, enganou-se; empreender é “realizar, decidir, pôr em execução, realizar travessia arriscada” e quanto antes estimularmos estas habilidades nas crianças e adolescentes, maior a capacidade deles gerirem seus problemas, de criarem soluções e de inovarem.
Empreender envolve aplicar aprendizados da matemática, leitura, escrita e comunicação de forma motivadora a partir do momento em que podem criar uma pequena empresa, os incentivando a permanecerem interessados no ensino e a buscarem mais assuntos relacionados fora da sala de aula também.
Já dentro das corporações, a ordem é aproveitar cada oportunidade, essas que só serão identificadas através de uma conduta pró-ativa de um intra-empreendedor, daí a importância de empreender também dentro das corporações já consolidadas.
Bem, se educação para o empreendedorismo pode criar postos de trabalho, envolver os jovens na escola e proporcionar resgate econômico para as pessoas em nossas comunidades de baixa renda, por que não estamos ensinando empreendedorismo em cada escola, pública e privada, do Brasil?
São José dos Campos, um dos municípios mais prósperos da região sudeste, é um bom exemplo de como promover a cultura empreendedora desde cedo. Lá, aos quatro anos de idade, ainda na pré-escola, as crianças ouvem a pergunta: “Qual o seu sonho?“, o ponto de partida para que elas comecem a pensar como empreender e melhorar/aprimorar a realidade.
Existe uma necessidade de aprimoramento do sistema educacional brasileiro como um todo para estimular a cultura empreendedora entre os jovens; eles devem ser estimulados a pensarem em soluções para o futuro, a criarem o que ainda não foi inventado.
Segundo o Sebrae, as Micro e Pequenas Empresas já são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil (53,4% do PIB deste setor) e com expressiva participação também no PIB da indústria e do serviço, os dados demonstram claramente a importância de incentivar e qualificar os empreendedores, fomentar a cultura empreendedora desde pequeno.
A educação empreendedora pode ajudar a resolver a crise de desemprego entre os jovens, que hoje sofrem com um índice que é mais que o dobro da taxa de desemprego geral (13,1%, frente a 6% geral), a resgatar nossas comunidades de baixa renda, ajudar a diminuir a diferença de riqueza, bem como o índice de criminalidade juvenil.
Como lindamente disse o jovem empreendedor Jabious Williams, empreendo “porque com o meu negócio, eu sei que tenho um futuro”.
* Polyana Alves Bastos Giardino é fundadora e diretora da Pool Global – Academia de Empreendedores, empresa dedicada a lecionar empreendedorismo para jovens e que, através de uma parceria com a Universidade de Concórdia – Irvine, nos Estados Unidos, trouxe para as escolas do Brasil o TEA – Teen Entrepreneur Academy, academia internacional formadora de jovens empreendedores.
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