O Dia Mundial da Energia, comemorado em 29 de maio, é uma data propícia para destacarmos a importância da conscientização sobre o consumo responsável de energia e a adoção de fontes renováveis. Neste ano, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, um movimento mundial, que ganhou o nome de “retomada verde”, vem ganhando força nos fóruns internacionais, nas relações diplomáticas entre os países e nos investimentos e negócios de grandes empresas e do setor financeiro.
Esse tema parece distante, mas é certo afirmar que municípios têm grande importância para dar vida a esse movimento, bem como, em contrapartida, oferecerem melhorias reais para o dia a dia de seus habitantes. As 5.565 cidades brasileiras podem formar uma imensa rede de disseminação de políticas públicas visando o desenvolvimento sustentável.
É inegável que as cidades são a linha de frente da atual crise sanitária provocada pela Covid-19, sofrendo diretamente as consequências: hospitais abarrotados, mortes, enorme contingente de desempregados e inúmeros negócios arruinados. Por isso, a saúde financeira das Prefeituras encontra-se na UTI. Ao final de 2020, praticamente sete em cada dez municípios avaliaram como “muito altos” ou “altos” os impactos da pandemia nas contas públicas, de acordo com a pesquisa Impactos da Covid-19 nos Municípios, divulgada pelo Programa Cidades Sustentáveis e pelo Ibope Inteligência.
A “retomada verde” surge, portanto, no horizonte das cidades, como uma grande oportunidade. Para aproveitá-la, as Prefeituras têm à sua disposição uma variedade de iniciativas que podem contribuir de forma concreta. Uma delas é a adesão à geração distribuída fotovoltaica, que pode ampliar a eficiência energética, possibilitando ganhos econômicos e ambientais significativos.
Especialistas do setor calculam que somente essa fonte de energia vem viabilizando, desde 2012, uma redução de 15,3 milhões de toneladas por ano de emissões de gases de efeito estufa. No mesmo período, os projetos envolvendo a geração distribuída de energia foram responsáveis pela criação de 156 mil empregos. Ou seja, municípios que estão investindo em geração própria de energia limpa e renovável conseguem retorno real.
Para concretizar esses projetos, além da vontade política e visão contemporânea, é necessário dispor de mão de obra capacitada, o que não é uma realidade em inúmeras localidades do País. Por isso, a plataforma Enerflix disponibiliza, gratuitamente e em linguagem acessível, cursos para que gestores públicos possam obter os conhecimentos necessários, abrangendo ainda dicas de equipamentos e de linhas de financiamento compatíveis.
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