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Pode a COVID-19 nos ajudar a visualizar um futuro mais sustentável?

27/04/2020 por Guy Edwards - Andrea Garcia Salinas - Vanessa Callau Deixe um comentário


A pandemia do coronavírus é antes de tudo uma tragédia humana. Até agora, os casos confirmados já ultrapassaram a marca de um milhão de pessoas e mais de 50.000 mortes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse recentemente que a luta contra a COVID-19 é a prioridade imediata do mundo. No entanto, ele acrescentou que isso não deve nos distrair da crise climática, que permanecerá conosco por muito mais tempo e com impactos catastróficos ainda maiores.

Atualmente, bilhões de pessoas estão se adaptando às restrições para derrotar a COVID-19. Podem tais experiências nos ajudar a visualizar como seria um mundo mais sustentável e resiliente? Como podemos enfrentar as mudanças climáticas?

Um experimento sem precedentes está sendo realizado no mundo inteiro em tempo real

Como os aviões estão sem voar e os automóveis desaparecem das ruas, estamos testemunhando consideráveis reduções na poluição do ar e nas emissões globais de gases de efeito estufa.

As respostas globais ao coronavírus estão levando a uma maciça redução nas emissões de poluentes e podem diminuir as complicações de saúde e as mortes prematuras relacionadas à poluição do ar. Na China, as emissões de gases de efeito estufa caíram cerca de 25%. Em Buenos Aires, Lima e Santiago do Chile, a poluição do ar caiu devido às reduções no tráfego.

A poluição do ar é uma assassina global. Um estudo recente mostrou que a poluição do ar causa aproximadamente 8,8 milhões de mortes no planeta, por ano. Muitas cidades da América Latina sofrem com intensa poluição do ar. Estimativas conservadoras sugerem que 50.000 pessoas morrem de forma prematura na região, todos os anos, devido à poluição do ar ocasionada, principalmente, pelo transporte.

Na China, a pandemia também provocou um debate sobre como a poluição do ar retardou a capacidade do país de controlar a propagação da COVID-19 e de minimizar o número de casos críticos. Agora, há um apelo a um esforço maior, não apenas para melhorar o sistema de saúde pública que foi colocado sob imensa pressão, mas também para limpar o ar que afeta negativamente a saúde das pessoas.

Um novo estudo da Universidade de Harvard mostra que os pacientes com COVID-19, que vivem em partes dos Estados Unidos que apresentavam altos níveis de poluição do ar antes da pandemia, têm maior probabilidade de morrer da infecção do que pacientes em outras partes do país que têm ar mais limpo. Além disso, um estudo da epidemia de SARS na China revelou  que pacientes de regiões com alta poluição do ar tinham duas vezes mais chances de morrer de SARS, quando comparados com aqueles de regiões com melhor qualidade do ar.

Portanto, é provável que a redução da poluição do ar possa ajudar as pessoas a enfrentar a COVID-19 e futuras pandemias, as quais estão se tornando mais frequentes devido à fragmentação do habitat, mudança no uso da terra e mudanças climáticas.

As presentes reduções na poluição e nas emissões do ar serão duradouras?

Embora essas reduções na poluição do ar e na emissão de gases de efeito estufa possam trazer alguns benefícios, a pandemia não vai solucionar a crise climática. É provável que sejam efêmeras quaisquer reduções de emissões e poluição do ar causada pela desaceleração econômica. Experiências anteriores sugerem que as emissões podem aumentar rapidamente, à medida que a produção industrial e a geração de energia forem retomadas. A tendência de crescimento das emissões depois que essa emergência médica passar se confirma também num cenário de ausência de esforços para a transição para uma economia de zero emissões líquidas.

Uma recessão global provocada pelo coronavírus também poderia minar a transição para uma economia verde, já que o acesso a financiamentos do mercado de capitais para projetos de energia renovável e mobilidade elétrica pode ficar mais difícil. A cadeia de suprimentos global de componentes como painéis solares e baterias de íons de lítio – muitos dos quais são produzidos na China – já foi interrompida.

Ao sair dessa crise, as pessoas podem estar propensas a reavaliar suas locomoções diárias e a trocar suas viagens de negócios por teleconferências. No entanto, à medida que saírem do isolamento e, em muitos casos, enfrentarem tragédias pessoais, problemas de saúde mental e desafios econômicos, pode haver um retorno ao status quo anterior. As pessoas podem voltar a usar seus carros e, no pior cenário, a poluição do tráfego pode até exceder os níveis pré-pandemia, se as pessoas estiverem com receio de utilizar o transporte público.

A COVID-19 nos faz lembrar porque o ar limpo importa

Os impactos da pandemia na redução das emissões são um lembrete do alto preço que a poluição do ar exerce sobre a nossa saúde. Quando a crise da COVID-19 terminar, os governantes e o setor privado poderiam procurar maneiras de acelerar a eletrificação do transporte público e a remoção de veículos poluentes, etapas importantes para a construção de uma sociedade mais resiliente e saudável.

Por exemplo, o setor de transporte da América Latina é a maior fonte de emissões relacionadas à energia na região, cuja frota de carros é responsável por 37% do total de emissões de transporte. Enquanto os países trabalham na revisão de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), a discussão sobre a COVID-19 e a poluição do ar pode ajudar a justificar, simultaneamente, maior intensidade da ação climática e das medidas de saúde pública.

Para chegar a zero emissões líquidas até 2050 e para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, os países precisam reduzir urgentemente suas emissões em cerca de 50% até 2030, e descarbonizar a economia global por meio de uma transição justa. Isso exigirá uma transformação em várias áreas, incluindo a eletrificação do transporte e o uso mais frequente do transporte público e de transporte não motorizado.

Portanto, promover uma mudança para o transporte público e eletrificar o setor de transporte é essencial para melhorar a qualidade do ar e reduzir as emissões. É por tal razão que, desde 2017, o BID trabalha com atores públicos e privados para mobilizar investimentos em transporte público limpo.

Os benefícios podem ser enormes. Se a atual frota de ônibus e táxis de 22 cidades latino-americanas mudar para veículos elétricos, a região poderá economizar quase US$ 64 bilhões em combustível até 2030, evitar a emissão de 300 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, e evitar 36.500 mortes prematuras. No caso da Costa Rica, a descarbonização do setor de transportes trará benefícios líquidos totais de cerca de US$ 18 bilhões até 2050, como resultado da redução do congestionamento e menos acidentes.

Felizmente, não precisamos de uma pandemia para construir uma sociedade sustentável, pois o mundo já possui grande parte da tecnologia, finanças e políticas para isso. A COVID-19 está nos ajudando a visualizar como pode ser um mundo mais sustentável ambientalmente. Mais adiante, quando emergirmos desta crise, reduzir a poluição do ar e eletrificar o transporte serão duas maneiras de nos aproximar de um futuro sustentável e resiliente.

 


Arquivado em:Ideação, Meio ambiente Marcado com:emissão de gases de efeito estufa, mudança climática, poluição do ar, sustentabilidade, transporte, zero emissões líquidas

Guy Edwards

Guy Edwards is a senior consultant in the Fiscal Management Division at the Inter-American Development Bank. Previously, he was a senior consultant in the IDB’s Climate Change Division and a research fellow at the Institute at Brown for Environment and Society and co-director of the Climate and Development Laboratory at Brown University. He has a Master’s Degree in Latin American Area Studies from the University of London. He is the co-author of the book, A Fragmented Continent: Latin America and Global Climate Change Policies (MIT Press 2015). His work has been published by El Espectador, Climate Policy, Brookings Institution, E3G, The New York Times, Washington Post, Project Syndicate, Chatham House, Real Instituto Elcano, El Universal, El Comercio, Americas Quarterly, La Tercera, and The Guardian.

Andrea Garcia Salinas

Andrea specializes in strategic communication on climate change, development, and migration. Previously, she worked as a consultant at the IDB Invest’s Advisory Services. Between 2019 and 2022, she was part of the IDB's Climate Change Division where she focused on narratives around sustainable recovery, decarbonization, resilience, nature and biodiversity, among others. Her previous work includes managing digital campaigns and reporting UNFCCC summits in Lima, Paris, Marrakech, Bonn, and Katowice. Andrea has also worked with conservation associations in the Peruvian Amazon, the Ministry of Environment in Peru and the UNDP. Andrea holds an MA in International Development, with a concentration in Environment and Migration from PSIA - Sciences Po, a BA in Communication for Development from Pontificia Universidad Católica del Perú, and a certification in Strategic Media Communications from NYU.

Vanessa Callau

Consultora da Divisão de Mudanças Climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Especialista em comunicação para sustentabilidade e na avaliação de riscos sociais em cadeias globais de suprimentos, tem mais de 15 anos de experiência trabalhando com empresas privadas e ONGs, no Brasil e nos EUA. Ela liderou mais de 100 projetos de relatórios GRI de empresas de capital aberto no Brasil. Vanessa é mestre em Sustentabilidade pela Universidade de Harvard e bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Siga-a em https://www.linkedin.com/in/vanessacallau/

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