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Infraestrutura

O que as experiências do Brasil e dos países vizinhos nos ensinam sobre PPPs na área de transporte

23/06/2020 por Karisa Ribeiro - Rodrigo Rosa da Silva Cruvinel - Reinaldo Fioravanti - Marcos Siqueira Moraes - Manuel Rodríguez Porcel - Natalia Ariza - Ana María Pinto - Ana Lucía Paiva Dezolt Deixe um comentário


Embora a América Latina e o Caribe tenham realizado investimentos importantes em infraestrutura nos últimos anos, o setor, chave para o crescimento econômico, ainda é marcado pela necessidade de melhorias quanto a disponibilidade, qualidade e competitividade da infraestrutura que impedem o crescimento da região.  

Em um contexto econômico agravado pela pandemia da COVID-19, mecanismos como as Parcerias Público-Privadas (PPPs) serão ainda mais cruciais para o financiamento sustentável desses projetos de maneira a dar, no médio e no longo prazo, maior eficiência para o gasto público, assim como gerar valor para os usuários dos serviços. 

O mecanismo de PPP oferece algumas vantagens em relação aos modelos de financiamento tradicionais: gera mais valor para o dinheiro investido e atrai investidores de longo prazo que aportam mais eficiência e inovação. 

Para que isso ocorra, um elemento-chave na hora de planejar uma PPP é a alocação de riscos entre os entes público e privado. É preciso que as responsabilidades sejam atribuídas para quem tem as melhores condições de lidar com determinado risco. Isso é importante para fortalecer a estabilidade contratual e estimular uma estrutura de incentivos mais eficiente para o projeto, contribuindo para um retorno socioeconômico para o empreendimento, com vantagens para a sociedade, para os investidores e para o governo. 

Além disso, é preciso um ambiente normativo e institucional apropriado que crie estabilidade e garanta uma gestão adequada dos projetos.  

O BID apoia os países da América Latina e Caribe em várias etapas das PPPs: da priorização de projetos, passando por estudos de viabilidade e estruturação, até o apoio a licitação, gestão do contrato e financiamento dos projetos. Além disso, o BID disponibiliza uma série de publicações abordando melhores práticas. 

As PPPs brasileiras para o transporte 

Uma das experiências de destaque na América Latina é o programa de concessões do Governo Brasileiro no setor de infraestrutura de transporte desde os anos 1990. Nesta publicação, os autores exploram temas relacionados a: marcos legais para fortalecer a segurança jurídica, como a lei 8.987/1995, que regulamenta os regimes de concessão e permissão previstos na Constituição e oferece a base para a estruturação de projetos, e a 11.079/2004, que estabelece normas gerais para licitações e contratações de PPPs.  

O documento também aborda marcos institucionais, como a criação da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que regulam e fiscalizam a gestão de contratos de concessão, entre outros, e da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI), criada em 2016. 

A publicação também traz um histórico das PPPs no setor do transporte: 

  • Setor rodoviário: foram concedidos mais de 10 mil quilômetros de vias – algumas das quais já em segunda concessão.  
  • O setor ferroviário: o transporte de longa distância de cargas, com mais de 28 mil quilômetros, está quase totalmente sob PPPs e já tem alguns contratos em processo de renovação.  
  • O setor aéreo: os principais aeroportos do país, como o de Brasília, Campinas (SP), Porto Alegre, Galeão (RJ), Salvador e Guarulhos (SP) foram  concedidos à iniciativa privada em diferentes rodadas de licitação a partir de 2011.  
  • O setor aquaviário: reformas na década de 2010 permitiram o movimento de cargas de terceiros em terminais de uso privativo e abriram caminho para a iniciativa privada obter permissões em áreas de portos públicos, atraindo investimento e eficiência para o setor. 

 Ponte Rio-Niterói - Rio de Janeiro

Ponte Rio-Niterói – Concessão federal gerida pela Ecoponte. Crédito: Alexandre Macieira/Riotur 

O exemplo colombiano 

Não é só no Brasil onde o modelo de PPPs vem sendo aplicado. Na Colômbia, o desafio é enfrentado há mais de duas décadas, e o país consolida bases para a associação do capital privado em iniciativas públicas por meio de iniciativas como: 

  • Modernização do marco regulatório de PPPs com a edição da Lei 1508 de 2012 
  • Fortalecimento institucional, destacando-se a criação da Agência Nacional de Infraestrutura, especializada na estruturação e regulação  de PPPs no setor de transporte, e a Financeira de Desenvolvimento Nacional, uma sociedade de economia mista que atua no apoio à estruturação de projetos e também no financiamento de PPPs;  
  • Ferramentas diversas como o guia de boas práticas para execução de projetos de PPPs (em espanhol) ou a metodologia de valoração das obrigações contingentes;  

 

 

Fonte: Porto de Santa Marta. Colômbia 

O BID acompanha a Colômbia desde o fim dos anos 1990 com o Programa de Apoio à Participação Privada e Concessão em Infraestrutura (PPCI) em três fases (1996-2013) e com o Programa de Apoio à Participação Privada (PAPP), em andamento.  

Além disso, em 2016, foi aprovado o Programa de Parcerias Público Privadas, com US$ 456 milhões de investimentos e US$ 3 milhões em cooperação técnica e capacitação. O BIDInvest também aportou um financiamento de US$917 milhões, além de recursos adicionais e co empréstimos de aproximadamente US$1,4 bilhão para projetos aeroportuários, portuários, viários e geração elétricas. Essa evolução, experiência e lições aprendidas, incluindo os desafios referentes a um amplo programa de concessão de rodovias na Colômbia, podem ser encontradas nesta publicação.  

O que essas experiências no ensinam 

A atuação do Banco na região permitiu identificar algumas lições que permitem o sucesso de programas de PPPs: 

  1. É preciso escolher e priorizar os projetos certos. Ou seja, PPPs não são uma solução para resolver todos os problemas de projetos de infraestrutura e só funcionam se os projetos  apresentarem benefícios líquidos positivos para a sociedade, inclusive em termos dos custos sociais e ambientais. Além disso, projetos devem ser parte de planos setoriais ou geográficos integrados, o que aumenta o seu impacto positivo.  
  2. O governo deve estar preocupado em equilibrar riscos e retorno para o setor privado. Ou seja, transferir risco para o setor privado deve ser acompanhado de mecanismo para oferecer o retorno adequado para as empresas. Em contratos bem desenhados, o equilíbrio entre riscos e rentabilidade dos investimentos é feito de forma que o grande ganhador seja o governo e os usuários. Sem um equilíbrio entre riscos e retorno, governos não são capazes de atrair bons investidores, e projetos têm grande risco de falhar. 
  3. Transparência é um fator determinante. Em contratos bem desenhados, PPPS podem elevar o patamar das práticas de transparência e compliance na comparação com obras tradicionais. Uma das razões para isso é que o foco nos resultados, típico em PPPs e concessões, permite uma comunicação pelo governo de todos os custos do projeto e, mais importante, de todos os resultados do projeto.  
  4. Se PPPs forem preparadas a partir de projetos adequados, com equilíbrio entre riscos e rentabilidade, baseadas em padrões de transparência, elas podem ser uma ferramenta muito útil para que governos possam enfrentar os desafios de desenvolvimento e assim melhorar vidas das pessoas na América Latina e no Caribe. 

Arquivado em:Infraestrutura Marcado com:concessões, infraestrutura, Parceria Público-Privada, PPPs, rodovias, setor aéreo, setor aquaviário, setor ferroviário, transporte

Karisa Ribeiro

É engenheira de transporte com especialização em planejamento e mobilidade urbana, gerenciamento de grandes projetos de infraestrutura, estudos de análise de viabilidade econômica, planejamento e modelagem de sistemas de transporte. Possui mestrado e doutorado em Engenharia Civil, Nagoya, Japão, e graduação em Engenharia Civil, Belo Horizonte, Brasil. Com 20 anos de experiência adquirida trabalhando no Brasil, Japão, Austrália e Nova Zelândia, Karisa atuou e coordenou equipes multidisciplinares, buscando desenvolver diversos negócios e oportunidades nos setores público e privado, com foco nas áreas de: gestão de projetos, estudos de análise de viabilidade econômica, mobilidade e acessibilidade urbana, otimização de recursos e capital em grandes projetos de infraestrutura. Como especialista sênior em transporte do BID, Karisa se dedica à concepção, gestão e monitoramento de grandes projetos de infraestrutura no Brasil e ao portfólio do Banco na região. Siga Karisa no twitter: @KarisaRibeiro

Rodrigo Rosa da Silva Cruvinel

Brasileiro, Rodrigo Cruvinel é consultor da Divisão de Transportes do BID em Washington, DC (Estados Unidos). É mestre em Transportes pela Universidade de Brasília (UnB); tem experiência em questões de regulação econômica, defesa da concorrência e parcerias público-privadas (PPP) em projetos de infraestrutura; e atuou na Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Economia, em Brasília (Brasil), e no Global Infrastructure Hub (GIHUB), em Sydney (Austrália).

Reinaldo Fioravanti

Reinaldo is a Principal Specialist in the Transport Division of the IDB, Head Group responsible for Dialogues and New Business. Before joining the Bank, he worked as a supply chain manager at Hewlett Packard and as an associate researcher at the University of Campinas. He holds a master’s degree in Public Policy from Harvard University and in Supply Chain Management from the Massachusetts Institute of Technology / ZLC (Spain); and a Ph.D. in Transport Engineering from the University of Campinas.

Marcos Siqueira Moraes

Marcos é Especialista Sênior em Operações em Parcerias Público-Privadas do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Reconhecido especialista em PPPs no Brasil, com antecedentes multidisciplinares e mais de dez anos de experiência prática na preparação e gestão de contratos de PPP. Possui experiência internacional diversa, participando em iniciativas de desenvolvimento de capacidades na África, América Latina e Ásia. Foi professor associado de Políticas Públicas na Fundação João Pinheiro e na Fundação Dom Cabral. Marcos começou sua carreira como consultor financeiro para governos e logo foi contratado pelo Governo de Minas Gerais, para promover um programa de atração de investimentos privados em infraestrutura. O programa se converteu na primeira Unidade PPP do país, responsável pela entrega de um dos programas mais diversos do Brasil. Enquanto Marcos foi seu diretor, o programa PPP de Minas Gerais e seus projetos receberam vários prêmios nacionais e internacionais por sua excelência técnica. Como profissional de infraestrutura, Marcos administrou pessoalmente mais de USD 3 bilhões em transações nos setores como transporte, infraestrutura social, energia e ativos ambientais. Marcos é graduado em Direito e Administração Pública. Também é mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

Manuel Rodríguez Porcel

Manuel Rodríguez Porcel es Especialista en Transporte del Banco Interamericano de Desarrollo, basado en República Dominicana. Sus áreas de especialización son concesiones, gestión y financiamiento de infraestructura, planificación de transporte urbano y logística. Actualmente, lidera el área transversal de Sistemas Inteligentes de Transporte y Diversidad e Inclusión en la División de Transporte del BID. Manuel es ingeniero civil del "Institut des Sciences Apliquees" de Rennes, Francia, y posee un Máster en Gestión Integrada de Proyectos, un MBA Ejecutivo en Gestión de Proyectos Multilaterales, así como varias especializaciones en PPP. En su experiencia previa, Manuel se desempeñó como Director de Proyectos Internacionales, tanto de diseño como supervisión de obras de infraestructura en países como Gabón, Argelia o Guatemala.

Natalia Ariza

Natalia Ariza Donado es Especialista en Transporte del Banco Interamericano de Desarrollo. Cuenta con más de 10 años en la estructuración, financiación y gestión de proyectos de infraestructura. Natalia cuenta con una maestría en Finanzas Corporativas e Inversión y es Profesional en Finanzas y Relaciones Internacionales de la Universidad Externado de Colombia. Ha trabajado en el sector público de Colombia, en la estructuración y financiación de concesiones de infraestructura vial, también en el análisis de la estructura de capital de empresas del mercado europeo. Actualmente lidera la cartera de proyectos de transporte del BID en Colombia en los temas de APP, transporte sostenible y seguridad vial.

Ana María Pinto

Ana María Pinto is the Chief of the Transport Division at the Inter-American Development Bank (IDB), where she also held a position as Principal Transportation Specialist. Previously, Ms. Pinto worked for the Colombian government where she was responsible for the Transport Subdirectorate of the National Planning Department. She also worked for Barnet’s lower mayor’s office in London and the deputy prime minister’s office. Ms. Pinto is an economist from the Universidad del Rosario, Colombia, and has a master’s degree in planning and development from the University College London.

Ana Lucía Paiva Dezolt

Ana Lucía Paiva Dezolt é especialista na Divisão de Gestão Fiscal do BID no Brasil desde 1994. Atualmente, é responsável pela supervisão de projetos de modernização da gestão fiscal nos estados brasileiros. Ela também trabalha transversalmente em questões fiscais e municipais, além de ser certificada em aquisições, sendo no Brasil a interlocutora setorial do governo brasileiro em compras. Ela é membro do grupo de análise de PPP e do grupo de reengenharia de processos do Banco. Publicou documentos sobre finanças públicas e gerenciamento de desempenho. Foi professora de Relações Econômicas Internacionais no Instituto Rio Branco / Ministério das Relações Exteriores e consultora da série de políticas fiscais da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe / CEPAL, realizada em conjunto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada / IPEA (1989 / 1994). É economista formada pela Universidade de Brasília - UnB, pós-graduada em Psicologia pelo Centro de Estudos da Universidade de Brasília - UNICEUB, com mestrado pendente em economia pela UNB e experiência em avaliação e gerenciamento de projetos (BID).

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