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O caminho da transição rumo a economias positivas para a natureza

08/07/2024 por Juan Pablo Bonilla - Gregory Watson Deixe um comentário


A América Latina e o Caribe têm um papel crucial na transição para economias positivas para a natureza. Estamos falando de um modelo econômico que não apenas minimize o impacto ambiental negativo, mas que também contribua ativamente para a regeneração e conservação dos ecossistemas. Este enfoque se baseia na ideia de que as atividades econômicas podem e devem ser desenhadas para beneficiar tanto a sociedade como o meio ambiente, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável.

A natureza é valiosa para a economia. Em escala global, os serviços ecossistêmicos estão avaliados em US$ 125 trilhões por ano, valor acima do PIB mundial. Nas Américas, o valor anual dos serviços oferecidos pelos ecossistemas terrestres chega a US$ 24,3 trilhões, o equivalente ao PIB do continente.

A equidade social e a proteção do meio ambiente devem ser prioridades simultâneas – e isso é algo possível de alcançar, como provam as populações indígenas, afrodescendentes e comunidades locais. Durante anos, cientistas, líderes ambientais e organizações sociais têm pesquisado, analisado e feito chamados para que a sociedade proteja a natureza. Se colaboramos e estabelecemos metas ambiciosas para a proteção e conservação, é provável que consigamos ver uma recuperação dos ecossistemas e das espécies. No entanto, se não atuarmos, poderemos enfrentar fenômenos com consequências graves e irreversíveis para todos.

É por isso que o Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento desenvolveu um Plano de Ação para Integração de Capital Natural e Biodiversidade, como forma de agir para acelerar projetos positivos para a natureza que priorizem o bem-estar social e ambiental.

A importância da conexão entre clima e natureza

Os países da região estão comprometidos em enfrentar a crise de biodiversidade, da mesma forma que estão comprometidos com o Acordo de Paris. Todos os países da América Latina e do Caribe assinaram o novo Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica, que estabelece metas para 2030, como frear e reverter a perda de biodiversidade e mobilizar ao menos US$ 30 bilhões anualmente. Além disso, um número crescente de países está incorporando objetivos e ações relacionadas com a natureza em suas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) climáticas.

A convergência de ações relacionadas à natureza e ao clima também está sendo observada internacionalmente, com as agendas das COPs do Clima e da Biodiversidade cada vez mais alinhadas, como se viu nos segmentos de alto nível sobre a natureza nas COPs do Clima de Glasgow e Dubai e no esforço conjunto dos BMDs (Bancos Multilaterais de Desenvolvimento) na COP 26 (Glasgow) para publicar uma Declaração Conjunta sobre Natureza, Pessoas e Planeta.

Em geral, a literatura recente indica que as crises interligadas do clima e da biodiversidade podem provocar uma diminuição de 1,3% no PIB global até 2100, afetando principalmente os países mais pobres do mundo. Os fatores que impulsionam as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade são, em muitos casos, os mesmos, e os impactos das duas crises recaem frequentemente sobre as mesmas populações.

Quatro passos para desbloquear economias positivas para a natureza

O Grupo BID está comprometido em posicionar a região como uma superpotência da natureza, com o objetivo de gerar um impacto positivo na diversidade biológica e melhorar o bem-estar da população da América Latina e do Caribe. Por isso, sua nova Estratégia Institucional considera a biodiversidade, o capital natural e a ação pelo clima como eixos prioritários e temas transversais que devem estar presentes na agenda de diversos setores e países. O Plano de Ação responde a esse compromisso institucional com o objetivo de integrar capital natural e biodiversidade em áreas-chave nas quais a natureza pode respaldar um desenvolvimento econômico, social e climaticamente inteligente, tendo como base:

  • Diálogo com os países, estratégias e programação: por meio da articulação e alinhamentos com os países membros, faremos com que a biodiversidade seja integrada de maneira transversal nos projetos. Um elemento fundamental serão os marcos setoriais e o apoio que daremos aos países para a construção, revisão e fortalecimento de seus Planos Nacionais de Ação em Biodiversidade. Além disso, queremos influenciar e oferecer conhecimento e estratégias para que a biodiversidade esteja presente nos planos nacionais de desenvolvimento e a destinação de recursos e desenho de políticas públicas tenham definições precisas. Adicionalmente, especialistas e projetos em mudança climática devem sempre incluir o componente de biodiversidade.
  • Operações e prestação de contas: medição e monitoramento são fundamentais para a transversalização de capital natural e biodiversidade. Desenvolveremos projetos que busquem gerar benefícios para a natureza, reverter as causas da perda de biodiversidade e promover a proteção, restauração e uso sustentável da natureza e seus serviços para as pessoas. Desenharemos metodologias para que a riqueza natural apareça em um grande número de processos e não se distancie das operações nas quais possa ter um impacto. Estamos também analisando nossa carteira com relação à exposição ao risco relacionado com a natureza e a biodiversidade. Além disso, desenharemos metodologias que permitirão contabilizar as conquistas dos projetos em termos de financiamento positivo para a natureza. Queremos chegar ao ponto em que seja possível mostrar a doadores, países clientes e outras partes interessadas, a porcentagem dos investimentos que tem impacto positivo para a natureza.
  • Produtos de conhecimento e desenvolvimento de capacidades: existe uma lacuna no conhecimento científico sobre a biodiversidade na região e, por isso, vamos aplicar nossa expertise e estratégias para gerar e disseminar conhecimento. Buscaremos formar alianças para realizar pesquisas que auxiliem, entre outras coisas, na construção de habilidades para governos e agências. Uma das metas é a produção de documentos de pesquisa em biodiversidade e publicações relacionadas ao tema. Um exemplo deste trabalho que está em andamento é o apoio do Grupo BID à presidência brasileira do G20, ajudando a avançar a Iniciativa de Bioeconomia para fomentar o diálogo e a ação internacionais, visando estabelecer um conjunto de princípios acordados de alto nível sobre bioeconomia.
  • Mobilização de recursos e financiamento da natureza: a inovação financeira é fundamental para a biodiversidade, e acreditamos firmemente na possibilidade de desenhar uma ampla gama de instrumentos financeiros para abrir mercados. Nos comprometemos a desenvolver novos produtos financeiros, como por exemplo, conversão de dívida por natureza, novos tipos de ativos de capital natural, títulos temáticos, títulos azuis, empréstimos e títulos vinculados à sustentabilidade, entre outros. Neste pilar, vamos apoiar o desenvolvimento de mercados de capital natural como pagamento justo por serviços ambientais, habitat banks, agricultura regenerativa e bioeconomia, entre outros.

América Latina e Caribe como região líder rumo à COP16.

O Plano de Ação para Biodiversidade é reflexo de um compromisso e também uma chamada à ação pela natureza. Aproximadamente 20% dos empregos na região dependem muito dos serviços ecossistêmicos e uma parte considerável é desempenhada por populações vulneráveis, como os 42 milhões de povos indígenas da América Latina e do Caribe. Se estudarmos, conservarmos e aproveitarmos a riqueza desta região de forma sustentável, temos a oportunidade de fazer com que a biodiversidade se converta em empregos verdes, saúde e novas alternativas econômicas.

Pela primeira vez na história, a Colômbia será sede da Conferência bianual sobre Biodiversidade, de 21 de outubro a 1 de novembro, e o Grupo BID será um parceiro-chave dos países na região. Manteremos nossos esforços para priorizar a biodiversidade e contribuir para a redução da pobreza, promovendo o desenvolvimento equitativo, potencializando a segurança alimentar e a mitigação dos riscos ambientais, com o objetivo de melhorar vidas na região. A América Latina e o Caribe podem ser líderes mundiais em soluções para uma transição rumo a modelos econômicos positivos para a natureza.   

Com a COP da Biodiversidade em Cali este ano, e a COP do Clima em Belém em 2025, a região tem uma oportunidade única para demonstrar ativamente o impacto e ressaltar a conexão crucial entre clima e natureza, tendo o BID como um parceiro estratégico nessas agendas.

Texto também disponível em inglês e espanhol.


Arquivado em:Meio ambiente Marcado com:biodiversidade, meio ambiente, mudanças climáticas

Juan Pablo Bonilla

Juan Pablo Bonilla is the Manager of the Interamerican Development Bank’s Climate Change and Sustainable Development Sector (CSD). Previously, he served as Chief of Staff to the Executive Vice President of the IDB. Dr. Bonilla has worked on environmental sustainability, climate change and energy for more than 20 years, leading the IDB's Sustainable Energy and Climate Change Initiative, a major strategic step for integrating climate change and sustainability as a priority for the Bank. Before joining the IDB, he worked as Senior Specialist at the World Bank, and was a member of the United Nation's CDM Executive Board. In Colombia, after serving as the Executive Director of a new think tank Fundesarrollo, and as National Environmental Manager of ANDI, Dr. Bonilla launched new initiatives such as the National Climate Change Policy and the National Biotechnology Policy as principal advisor to the country's Vice President. Dr. Bonilla served as Deputy Minister of Environment, and acting Minister of Environment, Housing and Territorial Development. Dr. Bonilla obtained a B.A. in Civil Engineering from the Universidad Javeriana in Bogotá, Colombia, and then received a M.Sc. in Engineering Management and Systems Engineering and a Ph.D. in Environmental and Energy Management from George Washington University.

Gregory Watson

Gregory Watson lidera o programa Natural Capital Lab do BID, financiado pelos governos da França e do Reino Unido. O programa trabalha com o Grupo BID e seus parceiros para impulsionar a Inovação no financiamento do capital natural e promover a integração da biodiversidade. O Natural Capital Lab atua como incubadora, aceleradora e ajuda a escalar novas soluções para problemas ambientais urgentes ao considerar a natureza como um ativo. Anteriormente, Greg trabalhou no BID Lab, onde dirigiu o primeiro investimento de capital do BID em oceanos, um investimento de capital em um sistema silvipastoril de Macaúba, desenvolveu o primeiro Habitat Bank da América Latina e Caribe, apoiou uma classe de ativos para o comércio de capital natural e estruturou um projeto de investimento do Fundo Climático para as florestas de US$ 20 milhões. Também criou o programa de microfinanciamento ecológico EcoMicro, conceitualizou o Climascopio e desenhou o primeiro projeto FIP do setor privado no mundo, no México. É mestre pela Faculdade de Direito e Diplomacia de Fletcher e graduado pela Universidade de Tufts.

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