A designer brasileira Paula Dib cercada de mulheres de comunidade moçambicana Foto: Lucas Moura
Uma designer que viaja o Brasil e o mundo e ajuda comunidades a reviverem suas tradições ou a utilizar os recursos de que dispõem para criar o que necessitam. Um jovem engenheiro que oferece energia solar de baixo custo a regiões que ainda não contam com eletricidade.
A brasileira Paula Dib e o mexicano Manuel Wiechers fazem valer a máxima de que a necessidade é a mãe da invenção. Numa época em que inovar quase se confunde com a criação/uso de tecnologias digitais (que comprovadamente tornam a vida mais fácil em muitas ocasiões), Paula e Manuel são provas de que inovar não necessariamente requer ferramentas sofisticadas, mas um olhar atento.
Paula ajudou comunidades do litoral de São Paulo a resgatarem seu artesanato tradicional em vez de simplesmente reproduzirem moldes de revistas. Peças únicas, baseadas nas tradições locais, tem maior valor comercial e, obviamente, histórico. Em Moçambique, na África, a designer e um grupo de educadores locais valeram-se de matérias primas como sementes, sabugos de milho e bambus para criar brinquedos educativos. Paula acredita que a abundância está em toda parte.
Já o mexicano Manuel quer pôr fim a escassez de energia elétrica que ainda prejudica 600 mil famílias em seu país. Co-fundador da Iluméxico, empresa que leva eletricidade a zonas rurais do México – além de treinar e acompanhar os beneficiados para que utilizem energia de forma sustentável -, o jovem, de apenas 21 anos, ressalta a importância de doações e prêmios para o desenvolvimento de ideias que transformam a vida da população.
Paula e Manuel participaram na semana passada da reunião anual do BID na Costa do Sauípe, na Bahia. Eles se juntaram a outros sete jovens – alguns dos quais associados a projetos que envolvem o uso da internet – para apresentar e debater suas ideias. Cada qual a seu modo demonstram que inovar é preciso, com ou sem computador.
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