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Desenvolvimento nas Américas 2020

De estruturas a serviços: uma nova visão para infraestrutura

11/08/2020 por Eduardo Cavallo - Andrew Powell - Tomás Serebrisky Deixe um comentário


Nos últimos 15 anos, a América Latina e o Caribe avançou de forma significativa na expansão do alcance dos serviços de infraestrutura. Dezenas de milhões de pessoas foram conectadas a redes de água potável pela primeira vez, e o acesso à eletricidade foi ampliado, permitindo que os moradores de áreas urbanas e de baixa renda experimentassem o novo prazer de acender a luz ou ligar uma máquina de lavar roupa. Também houve um grande salto nas melhorias no setor de infraestrutura de transporte: a porcentagem de estradas pavimentadas em países com vastas áreas rurais dobrou, e sistemas rápidos de ônibus de trânsito e redes de metrô foram expandidos em locais onde antigos ônibus e micro-ônibus poluentes antes predominavam. 

No entanto, a qualidade dos serviços continua ruim. O tempo médio de viagem nas megacidades da região gira em torno de paralisantes 90 minutos, apesar da expansão da infraestrutura viária.  Quanto à água, mais de 40% da população da maioria dos países duvida de sua potabilidade. E em energia, apagões frequentes e prolongados afetam negativamente a qualidade de vida e a produtividade em muitos países. Pior, as taxas de serviço permanecem mais altas do que em qualquer outra região em desenvolvimento. Essas taxas custam às famílias de baixa renda 14% de sua renda, quase cinco pontos percentuais a mais do que na Ásia emergente. 

Protestos que eclodiram em 2019 contra serviços ineficientes e caros e os impactos da pandemia da COVID-19 deram a essas deficiências um lugar de liderança. Enquanto uma família em uma área rural deve andar 15 minutos em busca de água limpa para lavar as mãos obviamente acha difícil cumprir as recomendações básicas de saúde para combater a COVID-19, uma família que vive na cidade e viaja lotada em um metrô ou ônibus,  acha impossível manter o distanciamento social. 

Melhoria dos serviços de infraestrutura 

Como revelamos em nossa publicação bandeira: Desenvolvimento nas Américas (DIA) 2020, a boa notícia é que existem ações que podem ser tomadas para melhorar os serviços. Contudo, é preciso que haja uma mudança de mentalidade: até o momento, muita atenção tem sido dada ao hardware de infraestrutura, ou seja, às estradas, usinas e estações de tratamento de água, enquanto o software, que inclui o marco regulatório, as práticas de governança e gestão das empresas estatais e privadas, tem recebido muita atenção. E foi justamente isso que levou à necessidade de investir cada vez mais. 

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O investimento em projetos bem selecionados e gerenciados pode desempenhar um papel importante na revitalização das economias. Pode ajudar a reduzir a desigualdade e também nos permitir estar preparados para a crise das mudanças climáticas, bem como para os desafios colocados por uma população cada vez mais envelhecida. 

Há inúmeras e excelentes oportunidades. Estamos à beira de uma nova revolução tecnológica que não só reduzirá custos, mas mudará a própria natureza da forma como esses serviços são produzidos e consumidos. Por exemplo, casas com infraestrutura e serviços digitais poderão agendar seus aparelhos inteligentes para trabalhar durante o dia com baixa demanda de eletricidade e preços baixos. Enquanto isso, a tecnologia digital e a rápida queda nos preços dos painéis solares e do armazenamento de baterias permitirão a descentralização da produção de energia à medida que as residências e as indústrias passem a gerar sua própria eletricidade, que poderá ser armazenada ou vendida de volta à rede. 

Transformando a  infraestrutura 

Uma maior digitalização também pode auxiliar na transformação do transporte, que é extremamente lento e congestionado nas áreas urbanas; é também uma das principais causas de doenças respiratórias e é um dos  maiores contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa. A digitalização permite que veículos autônomos sem motorista operem. Também permite a interconectividade, ou a troca de dados entre os veículos, além do uso de tecnologias que facilitem a propriedade e o compartilhamento de carros, bicicletas, patinetes e caminhões. Esses avanços tecnológicos aliados à eletrificação podem criar cidades mais limpas. Com a infraestrutura certa, a maioria dos veículos poderá ser autônoma, elétrica e compartilhada. O transporte em massa (metrô, VLT e ônibus de trânsito rápido) bem como o transporte não motorizado poderia ser amplamente utilizado. E, em última análise, o transporte poderia ser mais barato.  Digitalmente interconectados, os veículos autônomos poderiam economizar US$ 3.000 por ano, ou 17% de sua renda anual.  

A revolução tecnológica também permitirá um futuro mais verde de outras formas. Muitos países estão atrasados na transformação de sua matriz energética, e embora a COVID-19 tenha levado a uma redução transitória das emissões de gases de efeito estufa, a recuperação pós-pandemia deve incluir o objetivo explícito de reduzir permanentemente essas emissões a zero. 

Mais e melhor investimento

Tudo isso exigirá, sem dúvida, mais investimentos. Por exemplo, a automação, como a Internet das Coisas (IoT), sensores e outras tecnologias que permitem que os dispositivos se comuniquem entre si, são essenciais para melhorias de infraestrutura, mas dependem de altos níveis de conectividade digital, incluindo banda larga 5G. No entanto, a América Latina e o Caribe estão muito atrás dos países da OCDE, mesmo em termos de tecnologia 4G, com menos de dois terços da população acessando-a, em comparação com 97% nos países da OCDE. 

Na última década, a região investiu 2,8% de seu PIB em infraestrutura, metade do que a Ásia investiu. Mais investimentos são necessários. Os fundos de pensão da nossa região administram mais de US$ 3 bilhões. Uma estimativa conservadora sustenta que se atraíssemos apenas 5% da carteira para investimentos em infraestrutura, poderíamos dobrar o investimento privado no setor para US$ 40 bilhões por ano. Em outras palavras, se criarmos os instrumentos financeiros certos teremos várias fontes para explorar. Mas também precisamos investir melhor, especialmente na área de investimento público. Hoje, perdemos 35 centavos por dólar em atrasos, corrupção e projetos mal projetados. 

Melhor regulação dos serviços de infraestrutura 

A regulação também precisará ser repensada, levando em conta os enormes saltos tecnológicos.  Hoje, muitos serviços são prestados por empresas regulamentadas que constituem monopólios, fenômeno que resultou em baixa qualidade e preços altos. Contudo, a revolução digital está criando novos fornecedores e novas interconexões, ao mesmo tempo em que permite maior concorrência. Tal concorrência exigirá supervisão e regras para garantir que não sejam criados novos monopólios, que sejam prestados serviços de melhor qualidade e mais acessíveis, e que os ganhos de eficiência também atinjam os pobres, que gastam uma alta proporção de sua renda em água e saneamento, transporte e energia. 

A América Latina e o Caribe estão passando por um dos momentos mais difíceis de sua história, afetados por uma pandemia aguda e uma grave recessão econômica. Mas, além da conjuntura, a região investiu muito pouco em infraestrutura por muito tempo.  A região deve aproveitar esse momento para planejar como sair da crise com serviços melhor alavancados nos avanços tecnológicos que estão ocorrendo. As evidências apresentadas em nosso recente relatório sugerem que mesmo pequenas melhorias na eficiência dos serviços podem impulsionar o crescimento em até 3,5 pontos percentuais ao longo de uma década, o que, se extrapolado para toda a região, adicionaria cerca de US$ 200 bilhões à nossa economia até 2030. Poderíamos fazer ainda melhor se aceitassemos o desafio, promovendo a causa da inclusão e da igualdade.  


Arquivado em:Água e saneamento, Energia, Gestão pública, Infraestrutura Marcado com:eletricidade, infraestrutura

Eduardo Cavallo

Eduardo Cavallo is Principal Economist at the Research Department of the Inter-American Development Bank (IDB) in Washington DC. Prior to joining the IDB, Eduardo was a Vice-President and Senior Latin American Economist for Goldman Sachs in New York. Eduardo had already worked at the IDB as a Research Economist between 2006 and 2010. Before that he served as a research fellow at the Center for International Development (CID), a visiting scholar at the Federal Reserve Bank of Atlanta, and a member of the faculty at the Kennedy School of Government's Summer Program. In Argentina he co-founded Fundación Grupo Innova. Eduardo’s research interests are in the fields of international finance and macroeconomics with a focus on Latin America. He has published in several academic journals, and is the co-editor of the books “Building Opportunities for Growth in a Challenging World” (IDB, 2019); “A Mandate to Grow” (IDB, 2018); “Saving for Development: how Latin America and the Caribbean can save more and better” (Palgrave, 2016) and “Dealing with an International Credit Crunch: Policy Responses to Sudden Stops in Latin America” (IDB, 2009). He holds a Ph.D. in Public Policy and an MPP from Harvard University, and a B.A. in Economics from Universidad de San Andres (UdeSA) in Buenos Aires, Argentina.

Andrew Powell

Andrew Powell is the Principal Advisor in the Research Department (RES). He holds a Ba, MPhil. and DPhil. (PhD) from the University of Oxford. Through 1994 he dedicated himself to academia in the United Kingdom as Prize Research Fellow at Nuffield College, Oxford and Associate Professor (Lecturer) at London University and the University of Warwick. In 1995, he joined the Central Bank of Argentina and was named Chief Economist in 1996. He represented Argentina as a G20/G22 deputy and as member of three G22 working groups (on crisis resolution, financial system strengthening and transparency) in the late 1990’s. In 2001, he returned to academia, joining the Universidad Torcuato Di Tella in Buenos Aires as Professor and Director of Graduate Programs in Finance. He has been a Visiting Scholar at the World Bank, IMF and Harvard University. He joined the IDB Research Department in 2005 as Lead Research Economist and in 2008 served as Regional Economic Advisor for the Caribbean Region until returning to the Research Department as the Principal Advisor. He has published numerous academic papers in leading economic journals in areas including commodity markets, risk management, the role of multilaterals, regulation, banking and international finance. Current projects include new papers on capital flows and corporate balance sheets, on sovereign debt restructuring and on the preferred creditor status of multilateral development banks.

Tomás Serebrisky

Tomás Serebrisky, cidadão argentino, foi nomeado Gerente do Setor de Infraestrutura e Energia (INE) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em março de 2024. Economista, trabalhou mais de 20 anos em desenvolvimento, concentrando-se em infraestrutura, parcerias público-privadas, regulação e ações antimonopólio. Ao longo de sua carreira, dirigiu ou trabalhou como economista em vários projetos de investimento e baseados em políticas nas áreas de transporte, energia, água e desenvolvimento do setor privado na América Latina e no Caribe. Em 2012, entrou para o BID como Assessor Econômico Principal de INE. Nesta função, liderou uma equipe para realizar análises e orientação estratégica em áreas transversais como infraestrutura sustentável, desempenho do serviço público, financiamento de infraestrutura privada e análise de impacto de investimentos. Publicou extensivamente em revistas acadêmicas e é coeditor da principal publicação do BID de 2020, “De Estruturas a Serviços: O caminho para uma melhor infraestrutura na América Latina e no Caribe”. Antes de ingressar no BID, passou dez anos no Banco Mundial, ocupando vários cargos operacionais, de treinamento e de assistência técnica. Anteriormente, trabalhou em consultoria econômica e foi economista-chefe da Comissão Antitruste da Argentina. Tem doutorado em Economia pela Universidade de Chicago e bacharelado em Economia (summa cum laude) pela Universidade de San Andrés, na Argentina.

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