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Criar vagas não basta. É preciso melhorar a qualidade dos empregos para todos e todas.

20/12/2022 por Livia Gouvêa Gomes - Kelly Miranda - Laísa Rachter Deixe um comentário


Depois do nível crítico da pandemia de COVID-19 ter levado a uma queda acentuada na população ocupada, os países da América Latina – incluindo o Brasil – começaram a ver uma recuperação no emprego. Foram 8,5 milhões de empregos a mais nos dados agregados mais recentes deste ano, em comparação com fevereiro de 2020. E 54% dessas vagas foram criadas no Brasil.

Atualmente, 57% da população em idade ativa no Brasil está ocupada, um percentual bem acima dos 49% registrados entre o segundo e terceiro trimestre de 2020 pelo IBGE. No terceiro trimestre de 2019, a ocupação estava em 56%, ligeiramente inferior às máximas registradas entre 2012 e 2014, quando a ocupação chegou a 58%. A população ocupada diz respeito às pessoas em trabalhos formais ou informais, empresários, servidores públicos e por conta própria (autônomos que eventualmente podem ter um contrato).

Apesar de refletir a recuperação do emprego no curto prazo, o nível de ocupação nem sempre indica geração de empregos de qualidade.  Dessa forma, conhecer as condições de trabalho da população e identificar heterogeneidades relativas a diferentes grupos populacionais são aspectos que ajudam a compreender o cenário de forma mais ampla. E isso é fundamental para a elaboração de políticas públicas futuras.

O que outros indicadores do mercado de trabalho contam?

Análises de outros indicadores mostram que a recuperação do emprego no Brasil pode não ocorrer da mesma maneira para todos os trabalhadores. Por exemplo: no terceiro trimestre de 2022, havia 4,5 milhões a mais de pessoas empregadas do que no mesmo período de 2019. No entanto, ao analisar o nível de instrução, é possível perceber que pessoas que têm somente o ensino fundamental (completo ou incompleto) ficaram para trás. Os dados mostram que houve uma redução de mais de 2 milhões de pessoas ocupadas entre os trabalhadores com ensino fundamental.

Fonte: PNAD Contínua – IBGE

Além disso, a variação da composição do emprego indica que a recuperação foi induzida em grande parte pelo crescimento do emprego informal. Dados para o terceiro trimestre de 2022 mostram que a informalidade está em patamares recordes, superando os 44%, em uma trajetória iniciada já antes da pandemia. Este é um aspecto relevante, já que trabalhos informais tendem a ter uma menor produtividade e, tipicamente, não oferecem uma rede de proteção no caso de perda de emprego, necessidades de afastamento (por doença, invalidez, gravidez, etc.). Além disso, a informalidade deixa trabalhadoras e trabalhadores fora do sistema de previdência social.

É relevante considerar, contudo, que existem ferramentas que podem garantir alguma proteção social, pelo menos para parte desses trabalhadores. Um exemplo é a contribuição direta para a previdência, ou a formalização dos que trabalham por conta própria, tipicamente como MEI (microempreendedor individual). Quando esse público é retirado do grupo de trabalhadores informais, o índice de informalidade fica abaixo do observado em 2019.

Fonte: PNAD Contínua – IBGE

Desemprego de longa duração

Outra variável que mostra um cenário desafiador no Brasil é a taxa de desemprego de longa duração (dois anos ou mais). Quanto mais tempo alguém está fora do mercado de trabalho, maiores são as barreiras enfrentadas para reingressar: as empresas podem ficar mais relutantes em contratar quem está há mais tempo sem emprego e, além disso, o próprio trabalhador ou trabalhadora pode perder sua motivação. Essas pessoas também podem ficar mais afastadas de suas redes de contato, que poderiam ajudá-las a encontrar novas oportunidades. Adicionalmente, mesmo as que tinham emprego formal já não contam mais com seguro-desemprego.

Por todos esses fatores, o desemprego de longo prazo é uma variável que causa preocupação e que está em níveis elevados atualmente, chegando a atingir 30% nos trimestres anteriores deste ano, e agora mostrando algum recuo para 27%.

Fonte: PNAD Contínua – IBGE

Uma pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostra que 54% dos desempregados e desempregadas se sentem pouco ou nada confiantes de que vão conseguir uma recolocação no futuro próximo. Essa pesquisa também apontou que 64% estariam dispostos a aceitar uma vaga para receber um salário menor do que o do último emprego.

De fato, ao analisarmos o rendimento de quem está no mercado de trabalho, o nível é ainda menor do que o observado antes da pandemia. Atualmente, a renda está 1,8% abaixo do que em 2019 em termos reais. Isso atinge a qualidade de vida de trabalhadoras e trabalhadores que, mesmo empregados, ainda podem ter dificuldade para manter seu padrão de consumo. Alguns grupos são mais afetados: mulheres com filhos pequenos, por exemplo, enfrentaram uma queda real de 10,5% nos rendimentos desde o início da pandemia. Apesar de haver uma tendência de recuperação, esse grupo ainda não voltou aos patamares pré-pandemia, ao contrário do que se observa entre pessoas sem filhos pequenos.  

Fonte: PNAD Contínua – IBGE

Como melhorar a qualidade do emprego de forma mais ampla?

As condições do mercado de trabalho estão intimamente conectadas com aspectos macroeconômicos, como atividade econômica, níveis de confiança dos setores produtivos e um bom ambiente de negócios. No entanto, há também intervenções diretas no mercado de trabalho que podem melhorar questões estruturais e levar trabalhadores e trabalhadoras a empregos com mais qualidade.

Políticas de qualificação que sejam efetivamente capazes de melhorar a inserção e produtividade dos profissionais, assim como uma intermediação entre quem busca emprego e ofertantes de vagas são fundamentais neste aspecto. Para dar visibilidade e sistematizar as evidências científicas que sirvam de base para políticas públicas, nos unimos ao J-PAL na elaboração de uma série de publicações sobre temas relacionados a essas questões. A primeira delas, sobre Qualificação Profissional, foi lançada recentemente. O documento reúne experiências de vários países e discute suas implicações para o cenário brasileiro, tendo em conta que, embora programas de qualificação profissional sejam geralmente bem-sucedidos em prover novas habilidades a quem está em busca de trabalho, os resultados sobre o emprego e a renda ainda variam muito. Daí a importância de identificar as características mais promissoras, para que possam ser utilizadas no planejamento de iniciativas futuras.

Além desta, também estão programadas publicações sobre busca de emprego, informalidade, novas tecnologias, empreendedorismo e proteção social. Todos esses temas são ainda mais relevantes no contexto de modernização do mercado de trabalho no Brasil. De forma transversal, também é preciso considerar questões como gênero e diversidade e as grandes tendências para os próximos anos, como o avanço da tecnologia (com a inteligência artificial e as economias de plataforma), o envelhecimento da população e a transição verde para enfrentar as mudanças climáticas, que trará desafios e oportunidades para trabalhadoras e trabalhadores.

As equipes do BID vêm trabalhando nestes temas, apontando caminhos, implementando e avaliando projetos de impacto social. Saiba mais nesse blog que fala sobre como a inteligência artificial pode ajudar as mulheres no mercado de trabalho e acompanhe também nossas publicações.

Leia mais:

Empregos verdes: oportunidades para as mulheres na América Latina e Caribe

Arquivado em:Gênero, Trabalho Marcado com:capacitação profissional, desemprego, mercado de trabalho, trabalho

Livia Gouvêa Gomes

Especialista da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil. É economista e tem mestrado em Economia com ênfase em Organização Industrial e doutorado em Economia com orientação em Mercado de Trabalho, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Trabalhou em projetos de mercado de trabalho, educação, produtividade, pensões e política tributária. No BID desde 2019, tem se dedicado a trabalhar para fortalecer o mercado de trabalho brasileiro, sempre considerando aspectos de diversidade, o futuro do trabalho e o desenvolvimento social.

Kelly Miranda

Consultora da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Especialista em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Produz e desenvolve pesquisas socioeconômicas voltadas para a proposição, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas, tendo gênero, diversidade e mercado de trabalho como principais norteadores do seu trabalho.

Laísa Rachter

Especialista da Divisão de Gênero e Diversidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde trabalha para melhorar o acesso a oportunidades econômicas e fortalecer a representação de mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQ+ no Brasil. Doutora em economia pela FGV EPGE com experiência em avaliar como as políticas e instituições públicas influenciam as oportunidades econômicas e o bem-estar das mulheres, minorias e famílias de baixa renda. Trabalhou como consultora de avaliação de impacto na unidade de Eficácia Estratégica de Planejamento e Desenvolvimento do BID, onde apoiou o desenho de projetos e avaliações de efetividade das operações. Anteriormente, trabalhou como pesquisadora no Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) e como consultora do Banco Mundial.

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