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Como evidências de iniciativas bem-sucedidas podem ajudar na formulação de políticas para o mercado de trabalho no Brasil

20/12/2023 por Livia Gouvêa Gomes - Laísa Rachter - Kelly Miranda Deixe um comentário


Qual o verdadeiro impacto da qualificação profissional na conquista de bons empregos? Quais as características comuns de programas de qualificação que tiveram resultados positivos? Saber a resposta de perguntas como essas pode ser o ponto de partida para a formulação de políticas públicas que, de fato, auxiliem na inserção ou reinserção de trabalhadores e trabalhadoras no mercado de trabalho.

A Qualificação Profissional é o tema da primeira publicação da série “Evidências sobre Políticas de Mercado de Trabalho e Implicações para o Brasil”, produzida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com a JOI Brasil – Iniciativa Empregos e Oportunidades, lançada pela  J-PAL LAC em 2021 em conjunto com Fundação Arymax, B3 Social, Fundação Tide Setubal, Insper e Potencia Ventures.

Composta por seis análises, a série destaca os resultados mais relevantes da literatura sobre mercado de trabalho. O objetivo é reunir evidências robustas a respeito de políticas que buscam responder aos desafios mais urgentes do tema em análise, qualificando o debate a partir da ampla disseminação do conhecimento adquirido, que deve estar disponível para governos, empresas, fundações e a sociedade em geral. Os próximos estudos da série vão abordar os seguintes temas: assistência à busca por emprego; treinamento em empreendedorismo; futuro do emprego e novas tecnologias; microcrédito; proteção social.

Qualificação profissional: o que deu certo

O primeiro estudo cita pesquisa realizada em 40 países e territórios ao redor do mundo e conclui que a escassez de trabalhadores de maior qualificação é um fator relevante para compreender o mercado de trabalhado no Brasil. Desta forma, a qualificação desponta como um dos caminhos potenciais para reverter esse quadro.

Entre evidências e exemplos de programas bem-sucedidos, a publicação destaca a experiência colombiana ‘Jóvenes en Acción’, que ofereceu cursos para jovens de baixa renda, sem emprego, entre 18 e 25 anos. Uma avaliação do programa verificou que mulheres participantes tiveram mais chances de conseguir emprego e aumentaram sua renda de 12 a 15 meses após a conclusão do curso. Entre os homens, os resultados foram um aumento da empregabilidade no setor formal e chances maiores de serem admitidos em empresas de grande porte, que tipicamente oferecem mais benefícios para os trabalhadores.

Além dos exemplos de programas implementados em países da América Latina e do Caribe, o documento lista características comuns de iniciativas que conseguiram aumentar a empregabilidade e a renda. Entre essas características estão a adequação do treinamento às demandas do mercado, a oferta de incentivos aos responsáveis pelo treinamento com base nos resultados dos participantes, o diferencial das experiências práticas (estágios e aprendizagem) e a importância de desenvolver habilidades socioemocionais.

Barreiras específicas

O estudo também analisa a situação de pessoas jovens no mercado de trabalho no Brasil, apontando como desafios adicionais para este público a falta de habilidades e competências exigidas pelas empresas e o desalinhamento entre suas aspirações e as realidades do mercado de trabalho. Entender como essas barreiras tendem a se refletir em taxas de desemprego mais elevadas entre jovens do que entre a população geral é importante para desenvolver estratégias eficientes para melhorar as condições para os trabalhadores desse grupo.

As evidências elencadas no estudo podem colaborar na construção de alternativas que apoiem, por exemplo, os grupos demográficos conhecidos como “nem-nem” ou “sem-sem”. O primeiro termo é usado para designar pessoas jovens que nem estudam nem trabalham; no entanto, como em muitos casos essa condição não é uma escolha, mas sim uma consequência da falta de oportunidades, usa-se também o termo “sem-sem”.

A necessidade de mais e melhores soluções para essa parcela da população jovem voltou à tona recentemente com a publicação do relatório Education at a Glance 2023 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o relatório, no Brasil, 24,4% das pessoas entre 18 e 24 anos estão nesta categoria, ou seja, cerca de uma a cada quatro não estuda nem trabalha. Como comparação, entre os países da OCDE, a média nessa faixa etária é de 15%. A Holanda é o país com o melhor desempenho nesse indicador, com 4% da população jovem fora do mercado de trabalho e da escola.

Jovens que não recebem investimentos para se qualificar, ter mais instrução e escolaridade, e que também não adquirem capital humano oriundo da experiência no mercado de trabalho, se veem diante de um cenário que pode deixar marcas persistentes sobre suas trajetórias profissionais no futuro, resultado conhecido como efeito-cicatriz. Daí a necessidade de construção de programas que evitem essa situação.

Disparidades de gênero

A atenção a disparidades de gênero foi observada no estudo sobre qualificação profissional, para demonstrar os diferentes impactos para homens e mulheres que participam de um mesmo treinamento. Essa visão também ajuda a entender como esses grupos estão submetidos a condições distintas no mercado de trabalho.

Para que os programas de qualificação sejam pensados e executados de forma a responder às expectativas de melhora na empregabilidade de pessoas jovens e trabalhadores em geral, os formuladores devem garantir que haja uma conexão entre as iniciativas de qualificação, os desafios enfrentados pelos beneficiários e as oportunidades existentes no mercado de trabalho.

É preciso compreender as necessidades de trabalhadores e empregadores e olhar para o futuro, sempre monitorando os resultados e usando metodologias de avaliação de impacto para elaborar políticas mais eficientes. A série de publicações tem o objetivo de trazer contribuições relevantes para apoiar esse processo.


Arquivado em:Educação, Gênero, Trabalho Marcado com:capacitação profissional, desigualdade de gênero, mercado de trabalho

Livia Gouvêa Gomes

Especialista da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil. É economista e tem mestrado em Economia com ênfase em Organização Industrial e doutorado em Economia com orientação em Mercado de Trabalho, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Trabalhou em projetos de mercado de trabalho, educação, produtividade, pensões e política tributária. No BID desde 2019, tem se dedicado a trabalhar para fortalecer o mercado de trabalho brasileiro, sempre considerando aspectos de diversidade, o futuro do trabalho e o desenvolvimento social.

Laísa Rachter

Especialista da Divisão de Gênero e Diversidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde trabalha para melhorar o acesso a oportunidades econômicas e fortalecer a representação de mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQ+ no Brasil. Doutora em economia pela FGV EPGE com experiência em avaliar como as políticas e instituições públicas influenciam as oportunidades econômicas e o bem-estar das mulheres, minorias e famílias de baixa renda. Trabalhou como consultora de avaliação de impacto na unidade de Eficácia Estratégica de Planejamento e Desenvolvimento do BID, onde apoiou o desenho de projetos e avaliações de efetividade das operações. Anteriormente, trabalhou como pesquisadora no Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) e como consultora do Banco Mundial.

Kelly Miranda

Consultora da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Especialista em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Produz e desenvolve pesquisas socioeconômicas voltadas para a proposição, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas, tendo gênero, diversidade e mercado de trabalho como principais norteadores do seu trabalho.

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