A escassez de água atinge muitas regiões densamente povoadas do planeta, mas atualmente é provável que a a situação mais grave seja o risco de colapso no abastecimento da Região Sudeste do Brasil, com cerca de 40 milhões de habitantes.
A região tem recebido chuvas muito abaixo da média, mas ainda assim chove. Captar essa água antes que ela caia no solo e se contamine é uma solução que dá resultados imediatos, não requer muito investimento e deveria se tornar uma política pública de larga escala. Cada imóvel deve fazer adaptações para direcionar as águas pluviais para um reservatório e aproveitá-las em diversos usos não potáveis (como descarga sanitária, faxina e regar plantas) que em geral representam cerca de 50% do consumo doméstico. Organizações e empresas também podem se beneficiar das cisternas adaptando-se para aproveitar a água que literalmente cai do céu.
Desse modo, alivia-se a demanda sobre o sistema de abastecimento público e surge uma reserva de segurança para o caso de interrupções no fornecimento. Em São Paulo, o Movimento Cisterna Já é uma iniciativa independente de cidadãos preocupados em aumentar a resiliência urbana diante da crise da água. Como as soluções centralizadas serão incapazes de atender toda a população no provável cenário de emergência que ocorrerá, ativistas ambientais resolveram promover a capacitação para a captação e aproveitamento de água de chuva por meio de uma página aberta a contribuições na internet: www.cisternaja.com.
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