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Como as mulheres contribuem para maior resiliência climática em bairros vulneráveis

06/02/2024 por Vitória Passos - Marcela Ciarlini - Maria Eduarda Medicis - Clementine Tribouillard - Roberta Carolina A. Faria - Raimon Porta Garcia Deixe um comentário


Os eventos de clima extremo que vêm afetando grandes e pequenas cidades brasileiras reforçam a importância de reconhecer o papel fundamental que exercem as mulheres lideranças comunitárias na gestão de crises. Elas, que muitas vezes são também as primeiras ocupantes do território, se tornam referência e inevitavelmente assumem a linha de frente da luta por direitos sociais e proteção das suas comunidades.  

Nesse contexto, no entanto, o acesso à formação e o fortalecimento dos conhecimentos construídos instintivamente pelo histórico de crises já vivenciadas ainda são desafiantes para mulheres que têm que dar conta de chefiar o lar, cuidar de filhos e netos, gerar renda e participar dos enfrentamentos locais cotidianos. 

Recife, capital de Pernambuco com mais de um milhão e meio de habitantes, vem trabalhando em diversas frentes para a construção de resiliência urbana em razão da sua situação crítica de vulnerabilidade a eventos climáticos. Similar a outros grandes centros urbanos da América Latina, a cidade de quase 500 anos apresenta elevada desigualdade social e vulnerabilidade socioambiental.  

Os esforços para o desenvolvimento de medidas estruturais e destinadas à redução de risco foram intensificados com a estruturação da operação de crédito ProMorar Recife – Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Socioambiental, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). E o empoderamento de mulheres é parte vital dessa iniciativa. 

O programa segue as recomendações do Marco de Sendai, um documento adotado pelas Nações Unidas com recomendações de 2015 a 2030, que classifica a participação das mulheres como uma etapa fundamental para uma gestão eficaz de riscos de desastres — uma vez que contribuição delas também é crucial na implementação de planos de redução de riscos. Para isso, o Marco estimula a capacitação de mulheres tanto para a preparação contra desastres quanto para o desenvolvimento de modos alternativos de vida após as calamidades. 

O ProMorar Recife se baseia em uma perspectiva integral, entendendo que as obras de infraestrutura devem ser acompanhadas pelo fortalecimento de políticas, capacidades e instrumentos para gestão proativa de riscos e transformação socioambiental, de modo a não apenas mitigar os impactos dos eventos climáticos nas áreas de maior exposição e vulnerabilidade às ameaças, mas também atingir com prioridade as próprias causas desta vulnerabilidade extrema. 

Crédito – Brenda Alcântara

Intensificar a prevenção 

Desde 2014, a Prefeitura de Recife intensifica os trabalhos de prevenção. Somente naquele ano foram mapeadas 545 comunidades de interesse social. Estas são predominantemente ocupadas por populações de baixa renda e com precariedade de infraestrutura urbana, especialmente a de saneamento ambiental. Tal situação evidencia a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, de fortalecimento da resiliência e da capacidade de adaptação às mudanças climáticas na capital pernambucana, em especial nessas comunidades. 

Em maio de 2022, chuvas intensas resultaram em deslizamentos de encostas e inundações, provocando desastres físicos e perdas de vidas, sendo a população das áreas de vulnerabilidade socioambientais uma das mais impactadas.  

Durante a etapa de preparação do ProMorar Recife, portanto, entendeu-se que não se pode construir uma cidade mais resiliente sem a perspectiva interseccional de inclusão de gênero e diversidade, para garantir a superação dos obstáculos que impedem o empoderamento das mulheres como lideranças climáticas. Assim, foi definido um indicador para monitoramento dos avanços do programa vinculado à capacitação dessas mulheres na gestão de riscos climáticos. 

Crédito – Brenda Alcântara

O que é o NUPDEC Mulheres?  

Como fruto de uma parceria municipal entre a Secretaria da Mulher, a Secretaria Executiva de Defesa Civil e o ProMorar Recife, surge o NUPDEC Mulheres. O Núcleo de Proteção e Defesa Civil Comunitário – NUPDEC é parte da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e existe no Município desde 2022. Este núcleo é eixo fundamental para o fortalecimento das ações de gestão de risco e resiliência no Município. Foram formadas até o momento, 48 pessoas, sendo 12 mulheres.  

Por entender ser necessário e urgente abarcar o recorte de gênero nas tratativas sobre eventos extremos, foi realizado em Recife, entre os dias 18 e 21 de setembro, o Módulo de Gênero e Políticas Públicas, que contou com a participação de 27 mulheres. Este módulo representa a implementação do projeto piloto do NUPDEC Mulheres.  

Crédito – Brenda Alcântara

A proposta deste módulo adicional sobre perspectiva de gênero foi complementar a formação das mulheres já aprovadas nos cursos de NUPDECs ocorridos nos anos de 2022 e 2023, além de capacitar a equipe técnica da Defesa Civil. Participaram também das aulas mulheres líderes das comunidades que serão urbanizadas pelo ProMorar e onde já foi iniciado o processo participativo através da equipe da coordenação social do Programa. 

Crédito – Brenda Alcântara

O principal objetivo do NUPDEC Mulheres é abordar as temáticas de desastres e gestão de riscos sob a perspectiva de gênero e participação social. Este módulo de Gênero e Políticas Públicas é composto por quatro temáticas, sendo elas: Relação entre mulheres e direitos humanos; Políticas públicas e participação das mulheres; Gênero e desigualdade estrutural; Violência contra a mulher e Lei Maria da Penha. A metodologia envolveu aulas expositivas, debates sobre temas trazidos pelas participantes e momentos de construção coletiva.  

Ao final do curso, foram entregues os certificados em uma pasta impermeável, destacando a importância da organização e preparação em diversos sentidos, como no armazenamento de documentos em local seguro, pensando nas ocorrências de inundação ou outros eventos hidrológicos extremos.  

Crédito – Brenda Alcântara

Nas próximas edições do curso, previstas para o primeiro semestre de 2024, a transversalidade entre os temas de gênero e desastre irá ocorrer através de aulas expositivas e dinâmicas de grupo, e as mulheres já formadas em edições anteriores poderão participar do curso como agentes multiplicadoras.   

Crédito – Brenda Alcântara

 Saiba mais sobre o tema de inclusão de gênero nos espaços urbanos, não deixe de acessar o Guia prático e interseccional para cidades mais inclusivas. 

    Blog também disponível em espanhol no blog Ciudades Sostenibles.


    Arquivado em:Cidades, Gestão pública, Ideação, Meio ambiente Marcado com:cidades, desenvolvimento urbano, gênero, sustentabilidade

    Vitória Passos

    Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco e Mestranda em Ciências Ambientais pela Universidade de São Paulo. Com pesquisas desenvolvidas em resiliência urbana e sociohidrologia pelo LIMCS e WADI Lab, atualmente está como Gerente de Inovação, Riscos e Controle Urbano no Gabinete de Gerenciamento do ProMorar Recife.

    Marcela Ciarlini

    Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e Mestranda em Gestão Pública e Desenvolvimento Governamental pela Universidade de Buenos Aires. Atualmente está como Gerente de Governança Participativa no Gabinete de Gerenciamento do ProMorar Recife e integra o GT de Gênero e Diversidade do programa.

    Maria Eduarda Medicis

    Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco, em Administração pela Universidade de Pernambuco e com especialização em Direito Urbanístico e Ambiental pela PUC de Minas Gerais. É sócia fundadora da empresa AC Arquitetura, escritório de projetos de arquitetura, paisagismo e urbanismo, tem também atuação no poder público estadual, com passagem pela Unidade de Parcerias Público-Privadas, pela Secretaria das Cidades, pela Secretaria Extraordinária da Copa 2014 do Governo de Pernambuco e pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão. Foi Secretária de Habitação da Prefeitura do Recife de 2021 a 2023, atuando na estruturação da Política Municipal de Habitação. Atualmente está à frente da Coordenação de Inovação, Riscos e Políticas Habitacionais do Gabinete de Gerenciamento do ProMorar Recife.

    Clementine Tribouillard

    Clémentine Tribouillard é especialista na Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID no Brasil desde 2018. Ela é francesa, formada em ciências políticas, tem mestrado em Política Urbana pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e especialização em Sociologia Urbana pela UERJ. Clémentine trabalhou por 3 anos na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro na concepção de programas de habitação social e na reabilitação de centros urbanos brasileiros, antes de trabalhar por 6 anos na África em programas de melhoria dos serviços urbanos (água, saneamento, resíduos sólidos) para vários doadores. Após o terremoto, morou no Haiti por 5 anos, trabalhando na reconstrução de bairros de baixa renda e reassentando famílias. Ela trabalhou em 35 países em planejamento urbano, desenvolvimento econômico e social, inclusão de gênero, sociedade civil e participação do setor privado. Atualmente, está liderando programas de urbanização de favelas, gestão de risco, reassentamento, habitação social e cidades inteligentes, com foco particular em questões de mudança climática e inclusão social.

    Roberta Carolina A. Faria

    Roberta Carolina é consultora em Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID desde 2021 atuando em projetos sobre habitação de interesse social, gênero e cidades e habitação ambientalmente sustentável. É arquiteta e urbanista formada pela Universidade de Brasília (UnB) com trabalho de conclusão de curso sobre edifício de balanço energético nulo. Atualmente cursa seu mestrado também na UnB pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo com pesquisa na área de tecnologia, ambiente e sustentabilidade. Em 2020, participou do concurso de projetos de edifícios de balanço energético quase nulo fomentado pela Eletrobrás com a equipe formada pela UnB, sendo uma das equipes vencedoras da chamada pública. Trabalhou por dois anos da divisão de transporte do BID apoiando o programa de mobilidade de baixo carbono financiado pelo Global Environmental Facility (GEF). Em 2017, trabalhou como voluntária na empresa júnior de engenharia e arquitetura da UnB.

    Raimon Porta Garcia

    Especialista em Gestão do Risco de Desastres e Mudança Climática na Unidade de Soluções Ambientais e Sociais (ESG). Seu trabalho foca em fortalecer a resiliência de projetos durante sua preparação e execução a partir da sistematização da análise de risco e sua gestão na aplicação do Marco de Políticas Ambientais e Sociais do BID e do Acordo de Paris. Além disso, lidera o desenvolvimento de ferramentas e guias de aplicação, bem como treinamentos para o fortalecimento de capacidades institucionais. Raimon é Engenheiro Civil, e possui um Mestrado em Engenharia de Estradas, Canais e Portos pela Universidade Politécnica de Valência, especializando-se na planejamento, design e operação de infraestruturas resilientes que buscam maximizar benefícios ambientais e sociais.

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