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Aprendendo com a Amazônia: estratégias inovadoras para transformar a educação

20/08/2024 por Mercedes Mateo Deixe um comentário


Vinte e cinco anos atrás, em uma localidade como Pomeroon, na Guiana, as crianças demoravam cerca de 3 horas para chegar à escola. Hoje, muitos dos 12 milhões de meninas, meninos e adolescentes que vivem nos 8 países amazônicos continuam enfrentando desafios semelhantes, como é o caso de Alessandra Santiago, do estado do Amazonas, e Bianca González, de Honduras, que percorrem caminhos longos e difíceis para ter acesso à educação.

E esses desafios não são exclusivos da região amazônica, já que também estão presentes em outros países da América Latina e do Caribe. Quais soluções podem contribuir para mudar esse quadro? Quais políticas educacionais são necessárias para apoiar crianças e jovens motivados a aprender, como Alessandra e Bianca?

O BID realizou em junho, em Belém, no Pará, o Diálogo Regional de Políticas 2024, com a presença de autoridades do setor de educação de países da região. O evento teve como tema “Aprendendo com a Amazônia: estratégias inovadoras para transformar a educação na América Latina e no Caribe”, e enfatizou soluções já implementadas na Amazônia, que se mostraram inovadoras e efetivas para melhorar as oportunidades educacionais para estudantes que enfrentam condições desfavoráveis.

Quais os obstáculos à educação na Amazônia, América Latina e Caribe?

Nove em cada dez crianças vivem em localidades com alto risco de serem afetadas pelos impactos das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe. Em 2016, o furacão Mathew afetou mais de 300 escolas no Haiti e mais de 100 mil estudantes ficaram sem aula. Em 2021, os furacões Eta e Iota destruíram mais de mil escolas e 700 unidades de ensino foram transformadas em abrigos em Honduras e na Guatemala. Em 2023, a seca no México deixou escolas sem água e levou a uma redução tanto da jornada como do ciclo escolar. No Rio Grande do Sul, mais de 170 mil estudantes ficaram sem data para retomar as aulas devido às inundações. Todos esses eventos comprovam que as mudanças climáticas e o aumento das temperaturas afetam a duração da jornada escolar, cancelam aulas e prejudicam a concentração dos estudantes.

O estudo “Educação na Região Amazônica” , lançado durante o evento em Belém, apresenta uma análise integral e baseada em dados sobre os desafios enfrentados pelos sistemas educacionais regionais nos oito países amazônicos tanto em termos de acesso como de aprendizagem. Um deles: enquanto na América Latina e no Caribe, em média, 69% dos jovens concluem o ensino secundário, nos países da região amazônica esse percentual cai para 54%.

Taxas de conclusão dos ensinos primário e secundário
Médias Nacionais vs. Região Amazônica vs. Áreas Rurais Amazônicas em oito países

Fontes: Dados obtidos pela harmonização das pesquisas nacionais domiciliares. ECH 2018-2021, Bolívia; PNADC 2021-2022, Brasil; GEIH 2022, Colômbia; ENEMDU 2022, Equador; LFS (1º, 2º e 3º trimestres de 2021), Guiana; ENAHO 2022, Peru; SLC 2022, Suriname; ENCOVI 2021, Venezuela. Gráficos disponíveis na publicação Educação na Região Amazônica.

Estudantes com níveis adequados de aprendizagem em matemática e leitura na educação primária, segundo os resultados das avaliações nacionais padronizadas

Fontes: Brasil, SAEB 5 (2021); Guiana, National Grade Six Assessment – NGSA (2022); Peru, Evaluación Censal de Estudiantes – ECE, “4º. Grado Primaria” (2022). Gráficos disponíveis na publicação Educação na Região Amazônica.

Com relação ao aprendizado, segundo os últimos resultados do PISA, os países da região estão, em média, cinco anos atrás dos países da OCDE. Além disso, uma profunda desigualdade permeia os sistemas educacionais. Os estudantes mais pobres têm desempenho pior que os mais ricos, com uma diferença de 33 pontos percentuais no PISA. E o desempenho na região amazônica fica abaixo do verificado em outras regiões – uma diferença de 17 pontos percentuais observado em provas nacionais de aprendizado.

Mas quais são as causas do baixo acesso e da baixa qualidade da educação? Em primeiro lugar, as grandes distâncias e os tempos de deslocamento. Crianças e jovens que vivem na região amazônica demoram mais para chegar à escola: 29% dos que têm entre 10 e 19 anos moram a mais de 5 km de distância da escola secundária mais próxima. Além disso, há a questão da infraestrutura escolar, que muitas vezes não oferece serviços básicos como eletricidade, banheiros, além do menor acesso a conectividade significativa. Os docentes também são menos preparados – no Brasil, por exemplo, a maioria das escolas com alunos indígenas contam com professores que têm nível médio de educação, enquanto nas outras unidades de ensino, todos os docentes têm ensino superior completo.

Quais as soluções da Amazônia para a América Latina e o Caribe?

Apesar dos grandes desafios, a Amazônia conta com muitos exemplos efetivos para melhorar o serviço educativo em áreas de difícil acesso. O primeiro objetivo é conseguir aumentar o percentual de estudantes que frequentam a escola e completam a educação secundária. Em segundo lugar, garantir que os estudantes formados tenham adquirido habilidades para a vida e para o trabalho. Apresentamos algumas estratégias para alcançar essas metas:

  • Aproximar a escola do estudante. Isso implica resolver problemas de acesso, encurtando distâncias e tempos de deslocamento. Dados são fundamentais para isso. A plataforma UrbanPY de código aberto permite identificar a concentração populacional em cidades e comunidades isoladas para estimar o número de estudantes por 0,7 km² e suas idades. Isso é chave para planejar a construção de infraestrutura e o transporte escolar.
  • Ter uma infraestrutura resiliente. Quando a construção de escolas incorpora medidas de mitigação de riscos, é possível economizar até US$ 11 para cada US$ 1 investido em novas construções e US$ 4 investidos na reforma de infraestrutura existentes.
  • Prover uma conectividade significativa. A conectividade significativa não significa apenas conectar mais lugares ou transformar a escola para que tenha mais acesso à internet, mas sim, criar as condições para que professores e estudantes utilizem este serviço. Um exemplo vem do estado do Amazonas, onde, através de sistemas de satélite e canais de televisão, é possível conectar professores especializados a tutores locais e oferecer educação de qualidade a mais de 30 mil estudantes por ano em 60 municípios localizados em regiões de difícil acesso. Sabemos que quando toda a comunidade educacional está engajada no objetivo não só de digitalizar a escola, mas de usá-la para o aprendizado, é possível estabelecer padrões mínimos de acesso para todos os estudantes em termos de conexão de banda larga, velocidade e dispositivos, o que possibilita passar da conectividade simples para a conectividade significativa. E os docentes desempenham um papel chave nesse processo. Aplicando uma ferramenta de diagnóstico (como o Guia Edutec) e direcionando investimentos para formação e capacitação, é possível chegar a 60% de professores com habilidades digitais melhoradas, em um período de 6 meses.
  • Atrair os melhores docentes. O objetivo aqui é colocar o foco no aprendizado, para reduzir a média de estudantes com baixo rendimento. Utilizar um sistema centralizado de alocação para atrair e recrutar os melhores professores para trabalhar em escolas mais vulneráveis pode melhorar o aprendizado até em um terço do ano escolar.
  • Oferecer educação intercultural bilingue. Programas de aprendizado adaptados culturalmente podem aumentar em até 50% o rendimento das crianças indígenas em matemática. É o caso do programa JADENKÄ, no qual desde cedo são ensinadas as habilidades básicas de matemática tradicional junto com etnomatemática.
  • Acelerar o aprendizado. Devido às lacunas existentes, é necessário implementar programas que permitam aos estudantes aprender em um ritmo acelerado. A evidência indica que os alunos aprendem 30% mais rápido quando contam com o apoio de uma tutoria à distância. Programas como o Aprendamos todos a ler contribuem para melhorar em até 30% as habilidades de leitura. Durante a implementação do programa, os estudantes também podem melhorar em até 2 anos acadêmicos o desenvolvimento de habilidades em STEM, com foco em investigação e resolução de problemas.
  • Tornar o aprendizado relevante e com propósito. A escola deve despertar a motivação intrínseca do estudante. Quando chegar à escola leva muito tempo todos os dias, o esforço precisa valer a pena, ou seja, o objetivo deve ser muito poderoso. Por isso, em toda a região, e particularmente para os estudantes mais vulneráveis, que vivem nas áreas de difícil acesso, é necessário conectar a escola com as oportunidades econômicas futuras. De fato, a escola tem uma função central de aproximar os estudantes do mundo do trabalho. Por esse motivo, a evidência indica que, quando os currículos e a formação oferecida nos centros educacionais estão conectados às demandas do mercado e alinhadas com as necessidades da economia local, é possível reduzir em até 21% o abandono de programas de formação técnico vocacional.

Quer saber mais? Assista ao evento completo “Aprendendo com a Amazônia: Estratégias Inovadoras para Transformar a Educação na América Latina e no Caribe”:

Texto disponível também em espanhol e inglês.

Leia mais:

Como aperfeiçoar a seleção de docentes no Brasil?

Arquivado em:Educação Marcado com:educacao, inovação, meio ambiente, sustentabilidade

Mercedes Mateo

Mercedes Mateo Díaz é chefe da Divisão de Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde lidera uma equipe de especialistas e profissionais para apoiar a transformação dos sistemas educativos na América Latina e no Caribe. Seu trabalho cobre diferentes âmbitos da política social, com ênfase na desigualdade. Ela impulsionou uma ampla aliança regional com mais de 40 parceiros dos setores público e privado para repensar a educação e fortalecer os ecossistemas de aprendizagem. Coordenou a pesquisa, desenho, execução e avaliação de projetos inovadores em educação. Também contribuiu nas áreas de reforma institucional, participação de mulheres no mercado de trabalho, educação para a primeira infância e políticas de cuidado infantil, desenvolvimento de soft skills e coesão social. Tem doutorado em Ciências Políticas pela Universidade Louvain e foi pesquisadora do Fundo Belga de Pesquisa Científica (FNRS), onde também trabalhou pesquisadora honorária. Foi ainda pesquisadora pós-doutorado Marie Curie no Centro Robert Schumann do Instituto Universitário Europeu.

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