A cada dia mais cidadãos usam a bicicleta como meio de transporte. O uso da bike é um fator chave para melhorar a qualidade de vida e responder aos problemas de congestionamento e mobilidade que afetam hoje cerca de 500 milhões de pessoas que vivem nas cidades da América Latina. Nas últimas décadas várias capitais latino-americanas têm investido no uso da bicicleta como parte da estratégia para uma cidade mais saudável, sustentável e inclusiva.
E para contribuir com esse diálogo o BID e o Gehl Architects lançaram recentemente o estudo ¡A Todo Pedal!, um guia para construir cidades ciclo-inclusivas na região latino-americana.
As pequenas e médias cidades estão se movimentando e provando que é possível serem ciclo-inclusivas. A relaçãoé clara: quanto mais se investe na promoção da bicicleta, maior será seu uso. Os benefícios sociais, ambientais e econômicos da ciclo-inclusão são amplos e podem ser percebidos a curto prazo no dia-a-dia das cidades. Mas então, como é uma cidade ciclo-inclusiva? Nela,
O uso da bike é estimulado. Todos são incluídos, conscientizados, motivados e o ciclista é respeitado. As ciclovias são convenientes, seguras e agradáveis. As capacidades governamentais, regulações e instrumentos de financiamento incluem a bicicleta dentro das políticas de mobilidade urbana. Ainda, a cidade reconhece que a bicicleta é, depois de caminhar, a alternativa mais econômica para melhorar a mobilidade nas cidades.
Juntos, esses fatores permitem impulsionar o uso da magrela e transformar as cidades e a qualidade de vida das pessoas.
Veja abaixo curiosidades de algumas cidades ciclo-inclusivas na América Latina e Europa:
Amsterdã, Holanda
Um terço dos usuários de transporte massivo em Amsterdã chega nas estações suburbanas de bicicleta. A cidade conta com mais de 26 mil bicicletários nas estações de trens.
Bogotá, Colômbia
A transformação urbana de Bogotá tem a bicicleta como peça central, melhorando de forma drástica a qualidade de vida de seus habitantes. Entre 1999 e 2002 foi quadruplicado o número de viagens de bicicleta ao mesmo tempo que se implementaram 295km de ciclorrotas.
A cada domingo mais de 2 milhões de pessoas utilizam a Ciclovia de Bogotá, um programa recreativo que limita a circulação de carros em 121km de vias, para incentivar o uso da magrela.
Buenos Aires, Argentina
Mais de 160 mil pessoas utilizam a bicicleta pública como meio de transporte ou como complemento do transporte público. A capital argentina é reconhecida internacionalmente como modelo de inovação na implementação da estratégia de mobilidade sustentável que integra ciclistas, pedestres e usuários de ônibus, oferecendo uma prática alternativa para as viagens de carro.
Cartago, Costa Rica
Foi implementado o primeiro programa de bicicletas públicas da América Central com o objetivo de facilitar o acesso da bicicleta a estudantes.
Cidade do México, México
A implementação do sistema de bicicletas públicas, o Ecobici, ajudou a aumentar o número de ciclistas na zona metropolitana, duplicando seu numero entre 2007 e 2015.
Copenhague, Dinamarca
Três em cada quatro ciclistas continua usando sua bicicleta para ir ao trabalho durante o inverno.
Rio de Janeiro, Brasil
Cada ano o bairro de Copacabana poupa com o uso de bicicletas a emissão de aproximadamente 286,5 toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e elimina a necessidade de 9.600 m² de espaço urbano de estacionamento.
A cultura ciclística tem desempenhado um papel fundamental na cidade, com a expansão de ciclo-faixas e ciclovias, implementação de zonas com limite de velocidade de 30km/h e a realização do Dia Sem Carro.
Rosário, Argentina
Quarenta por cento da população vive a 500 metros ou menos de uma via para bicicleta.
Santiago, Chile
Entre 2008 e 2011 o sistema de bicicletas públicas de Santiago ajudou a reduzir as emissões de carbono da cidade em quase 500 toneladas.
São Francisco, EUA
A Aliança de Ciclistas de São Francisco (SF Bike Coalition) é a organização mais antiga de ativistas a favor da bicicleta dos Estados Unidos. Dobrou o número de membros para 10 mil em apenas uma década.
Sevilha, Espanha
A cidade passou a ter menos de 1% de suas viagens de bicicletas no ano 2000 e a 8% em 2012 graças a sua estratégia ciclo-inclusiva, com a construção de 120 km de vias para bikes, integração com o transporte público, sistema de bicicletas públicas e campanhas educativas.
Quer saber o quanto a sua cidade é ciclo-inclusiva? Participe da pesquisa aqui e descubra se a sua cidade é “iniciante”, “em movimento” ou “A Todo Pedal!”. Fiz o teste e descobri que Brasília, minha cidade, está se movimentando.
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