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A regionalização do turismo como parte da retomada pós-pandemia

16/11/2022 por Isabela Sette - Juliana Bettini - Denise Levy Deixe um comentário


Responsável por 52% da arrecadação federal na economia do turismo[1], o Estado de São Paulo é um dos maiores mercados emissores de turistas da América Latina e representa uma parcela significativa da oferta de serviços e atrações turísticas do país. Essa relevância é desafiadora no que se refere à organização territorial e política necessária para que o turismo se desenvolva de forma ordenada e sustentável. Para auxiliar nesta questão, uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (SETUR/SP) viabilizou a construção de um Plano de Regionalização do Turismo no Estado.

A estratégia parte da premissa de que agrupar e/ou complementar serviços e atrativos de municípios com diferentes características pode alavancar a competitividade turística de determinado território. Como exemplo, podemos imaginar um município que tem um conjunto de atrativos que motivam o interesse e o deslocamente de pessoas. Este município pode estar próximo de localidades que contam com uma produção de artesanato diferenciada que acaba se inserindo economicamente no turismo, seja recebendo visitantes em suas lojas ou vendendo sua produção para o comércio do destino mais consolidado. Dinâmicas como essa ocorrem tanto pela diversificação da oferta, quanto pela possibilidade de aspectos locais agregarem valor à experiência turística ou oferecerem suporte à atividade turística.

Para que esses aspectos sejam melhor aproveitados, o plano de regionalização foi elaborado com base na construção de metodologias adaptadas à realidade paulista. O processo envolveu três grandes etapas: 1) a compreensão da dinâmica do turismo no Estado, 2) o entendimento da gestão regional e governança turística atual e 3) o olhar para “fora”, buscando inspirações em referências e megatendências globais para o turismo.

Um outro elemento importante na execução foi o enfoque participativo. Além do envolvimento da equipe técnica da SETUR/SP a partir de reuniões semanais, foi constituído o Grupo de Inteligência Colaborativa (GIC), formado por profissionais do setor que atuam no poder público ou em organizações do terceiro setor e representantes da iniciativa privada indicados pela própria Secretaria em função da experiência, conhecimento e potencial de contribuição ativa no processo.

A etapa inicial – compreensão da dinâmica do turismo – apoiou-se na coleta e análise de dados secundários e primários relacionados à oferta e demanda turística nos diferentes destinos e regiões do Estado. A partir dos dados levantados, foram construídos três índices:

O índice de atratividade partiu da análise dos atrativos turísticos existentes nos municípios, considerando aspectos como quantidade, representatividade e avaliação em plataformas digitais. Já o de classificação da oferta, além do índice de atratividade, observou aspectos diretamente ligados ao turismo (como o total de atividades características, aquelas que representam grande parte dos gastos dos turistas como hospedagem, alimentação, transporte e agências, por exemplo) e outros que impactam na atividade, tais como o percentual de esgotamento sanitário e localização e acesso. Por fim, o índice de avaliação da demanda analisou dados oficiais de fluxo turístico doméstico e internacional e presença no mercado intermediário (ou seja, se são vendidos por agências ou operadoras de turismo).

Buscando um olhar mais amplo e integrado que contemplasse o desempenho em relação à oferta e demanda, foi estruturada uma matriz de cruzamento que observou o grau de desenvolvimento do turismo, agrupando os destinos em quatro categorias:

Tal avaliação permitiu concluir, dentre outros aspectos, que o turismo paulista é extremamente concentrado espacialmente: ainda que existam alguns destinos emergentes no centro-norte, centro e oeste, a grande recorrência de destinos estruturados e latentes está na faixa litorânea e áreas próximas à região metropolitana.

Escuta ativa para melhor governança do turismo

Apesar de extremamente relevantes, observou-se que apenas dados numéricos não seriam suficientes para entender a complexidade, a realidade e a trajetória das regiões e instâncias de governança do turismo (IGRs) que atuam em São Paulo. Por isso, a segunda etapa do projeto teve como foco a escuta ativa.  Todos os interlocutores das regiões turísticas foram entrevistados para entender o grau de maturidade das IGRs, além da caracterização das regiões. Uma matriz de avaliação das governanças regionais foi estruturada, sendo apontadas estratégias customizadas ao grau de maturidade de grupos de IGRs.

Aspectos relevantes surgiram a partir da análise das nuances regionais. Observou-se, por exemplo, que há carência de produtos turísticos e condições de acesso a mercado, e que poucas regiões turísticas possuem elementos de conexão claros entre os municípios, assim como identidade e diferenciação de mercado. Verificou-se ainda que a maioria das regiões turísticas possuem estruturas de governança turística pouco efetivas.

A terceira etapa do trabalho focou nas inspirações para estratégias a partir do aprofundamento em casos de referência (benchmarking) e megatendências globais, em busca de ações e soluções inovadoras. Foram definidas então três linhas de ação:

A lógica da estratégia parte da política de regionalização como linha de ação central, pois esta traz as bases para o trabalho da gestão regional que, por sua vez, influenciam na competitividade e no mercado. Não por acaso, a entrega final do projeto foi uma proposta normativa para institucionalização da política que apoiará na continuidade e visão de longo prazo.

Os desafios na construção do plano foram muitos, assim como os aprendizados. A avaliação situacional pautada em dados objetivos gerou um conjunto de informações que podem apoiar a tomada de decisões e o monitoramento dos resultados. A escuta ativa de interlocutores das regiões turísticas e o envolvimento dos atores do Grupo de Inteligência Colaborativa possibilitou a construção de um plano alinhado às necessidades reais e, portanto, um instrumento prático a ser efetivamente incorporado. O plano, contudo, não se encerra na sua entrega, mas sinaliza o início de uma nova fase: a sua implementação. Ele oferece os elementos-chave para o desenvolvimento de uma regionalização dinâmica e cheia de possibilidades.


[1] Comparativo da participação de São Paulo com a Arrecadação Federal na economia do turismo no ano de 2020, disponível no Anuário Estatístico do Turismo 2021 – Volume 48. Ministério do Turismo.

Colaboraram:  Marcela Pimenta, Mauro Coutinho e Ricardo Cerqueira.

Leia mais:

Como acelerar a retomada do turismo pós-pandemia?
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Isabela Sette

Mestre em Turismo pela USP, especialista em Gestão Pública e Desenvolvimento Sustentável. É sócia da Turismo 360, consultoria com mais de 10 anos de atuação em todas as regiões do Brasil, com o propósito de desenvolver o turismo de maneira sustentável, tendo em seu DNA a construção participativa para fortalecimento da responsabilidade coletiva e geração de resultados efetivos.

Juliana Bettini

Especialista em Turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), atua na representação do BID no Brasil desde 2015. Lidera a carteira de projetos financiados pelo Banco no setor de turismo no país, além de atuar em outros projetos na América Latina e Caribe. Com 15 anos de atuação no setor de turismo, dedicou grande parte de sua carreira ao planejamento estratégico de destinos e negócios turísticos e a estudos de mercado setoriais. Formada em Turismo pela USP, tem especialização na área de Pesquisa de Mercado e Mestrado em Planejamento e Gestão de Destinos pela Universidade de Alicante, Espanha.

Denise Levy

Tem ampla experiência em temas ambientais e de manejo social na América Latina. Seu principal foco tem sido o planejamento do uso da terra e o financiamento da conservação da terra, como também as avaliações de impactos ambientais estratégicos. Nos últimos anos, o setor de turismo teve como foco a proteção costeira e marinha, e o desenvolvimento urbano sustentável. Antes de fazer parte do time do Banco, Denise Levy foi gerente de programa conservação de terras privadas do The Nature Conservancy, no Brasil. É graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná, possui doutorado em Análise de Políticas Públicas, pela Universidade de Illinois, em Chicago, e mestrado em Ciências e Políticas Ambientais, pela Universidade Johns Hopkins. Denise atualmente é especialista ambiental sênior da Divisão de Recursos Naturais, Agricultura, Turismo e Desastres Naturais do BID.

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