Luis Alfredo Trenard*, texto traduzido por Rudy Perecin Mareño
Shirley Cañete fala sobre trabalhar na área de transporte, adaptando-se a novas culturas, e aproveitando o seu trabalho ao máximo
O escritório de Shirley Cañete (pronunciado ca-nhe-te) é uma ilustração evidente de tudo o que ela ama. A primeira coisa que você vê quando entra na sala dela é um mapa gigante da região que mostra estradas e rodovias em planejamento. Ao olhar mais perto, encontram-se vários objetos que contam mais sobre a sua personalidade. Nas prateleiras há imagens topográficas, acompanhadas de ornamentos coloridos, e figurinos típicos da cultura boliviana.
Shirley, de origem paraguaia, chegou ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 1999 para realizar uma consultoria em economia de transporte. Formada em engenheira agrônoma, ela trabalha no setor há mais de 20 anos. Depois de vários anos trabalhando na indústria privada, ela teve a oportunidade de trabalhar na estruturação do primeiro programa de estradas rurais do Paraguai. Lá, ela conheceu o BID de perto e decidiu juntar-se à divisão de transporte do Banco.
Contato com a Terra e com o desenvolvimento
“Eu nasci pra fazer isso“, diz Shirley quando fala sobre sua profissão. “O que eu mais gosto é a adrenalina que ela gera—é muito emocionante. Nós não só construímos estradas, mas conectamos pessoas e criamos oportunidades“.
“O Banco me deu muitas oportunidades para conhecer diversos países da região. Trabalhei na América Central. Conversei com pessoas de todos os cantos. Existe um antes—e um depois—do que você faz no BID. Você muda completamente a vida das pessoas com maior acesso à saúde, aos mercados, a educação, a oportunidades de emprego. Isso, francamente, é emocionante. ”
Dançando sobre estradas alheias
Em 2016, Shirley decidiu embarcar em uma nova aventura, tornando-se Especialista em Transportes na representação do BID na Bolívia. Com um grande sorriso no rosto, ela diz que “a Bolívia é um país emocionante, muito diverso. Gosto de conhecer novos lugares e pessoas. Eu me preocupo em entender e curtir a cultura boliviana “. Para Shirley, mudar para a Bolívia a a judou abrir sua mente a novas possibilidades, especialmente depois de ter testemunhado os rituais que as comunidades locais fazem ao iniciar um novo projeto de infraestrutura.
“A Bolívia é muito tradicional em seus costumes. Antes de iniciar um projeto, há uma mandinga à Pachamama (mãe terra) e, quando o trabalho é concluído também. A primeira vez que fui convidada a viver essa experiência, me apaixonei pelo significado que traz. É uma maneira de agradecer à vida por tudo o que ela lhe proporcionou.”
Desde então, Shirley vem acompanhando o povo boliviano dançando na “Fiesta del Gran Poder” (festa religiosa celebrando o senhor do Gran Poder ou Jesus Cristo). Nas palavras dela, através dessas danças, ela retribui as oportunidades que lhe foram apresentadas. “Eu cheguei a este país com muito medo de poder me adaptar, mas neste momento eu acho difícil imaginar minha vida fora dele. O Banco oferece muitas oportunidades para deixar sua zona de conforto e se inter-relacionar com outras culturas e pessoas diferentes a você “.
Um dia como especialista em transportes
Shirley levanta-se às seis da manhã e, que nem uma boa paraguaia, bebe chá mate. “Depois eu vou para à academia que fica a algumas quadras de casa para nadar. É o meu ponto de partida para o dia que me aguarda. Chego no escritório muito cedo. Há um período de trabalho antes do escritório abrir para o público, onde geramos soluções e somos criativos.”
O time de Shirley é amplo e diverso. É composto por várias outras mulheres que trabalham como analistas, especialistas e consultores. “A cada duas semanas avaliamos os desafios e chegamos a acordos. Quando tomamos decisões com alternativas, somos mais eficazes. A equipe sempre chega com diferentes cenários e opções para enfrentar melhor os desafios presentes e futuros“.
Na Bolívia, o BID tem uma participação principal no setor de transportes. Para Shirley, o Banco faz a diferença dando apoio estratégico através de cooperações técnicas—que vão além dos empréstimos, “é um valor agregado que contribuímos e gera um diálogo positivo com os governos“.
“O transporte é sinônimo de desafio”
Trabalhar no BID significa manter um diálogo constante com governos e outros clientes para executar projetos atuais, e abrir novas oportunidades em cada uma das áreas estratégicas onde o Banco opera.
Shirley é uma entusiasta do desenvolvimento internacional e apaixonada pelo que faz. Para ela, “o transporte é sinônimo de desafio“. Seu trabalho vai além da construção de estradas; trata-se de melhorar a vida das pessoas e compreender suas realidades. Ela levanta da cama todos os dias com a convicção de que seu trabalho está afetando positivamente as comunidades que a rodeiam.
Shirley reconhece o poder de seu trabalho, é por isso que ela dança, para agradecer a vida pelo seu trabalho e pelos desafios que enfrentam. “Se você dança um ano é para agradecer, já se você dança três anos é para fazer promessa. Já levo dançando dois anos de alegria“.
Você está interessado no trabalho que fazemos no setor de Transporte e quer contribuir no desenvolvimento da nossa região, faça como a Shirley, visite nosso site.
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