Geraldine García*
Chega a época de fim de ano e com ela a entrega de relatórios no trabalho ou de pesquisas na universidade. Ao longo do ano ou da sua pesquisa, com certeza foram acumulados vários dados e números. O importante agora é identificar as mensagens chave e entender qual é a melhor maneira de contar a história de seus resultados. Nestas situações, as visualizações geralmente são de grande ajuda.
Neste blogpost, apresento seis ferramentas gratuitas que não precisam de conhecimentos técnicos para sua utilização e espero que elas tornem sua tarefa de visualizar dados mais fácil.
É uma ferramenta muito fácil de utilizar e sua interface de usuário é muito mais amigável. É possível escolher um template dentre seis e logo incluir dados e comentários.
Os templates do Infogr.am são bem desenhados e sua personalização é limitada. Isso pode ser uma desvantagem, mas por outro lado faz com que seja uma ferramenta fácil de ser usada por quem não é designer. Os controles de privacidade são restringidos porque é uma ferramenta adequada para visualização de dados e infográficos para uso público.
A versão gratuita permite realizar até 10 visualizações ou infográficos. Caso queira estender o uso do serviço, a ferramenta disponibiliza três tipos de pacotes pagos.
É uma plataforma para armazenar e visualizar dados especiais. É a ferramenta perfeita para quem necessita visualizar dados em mapas.
CartoDB é um serviço que armazena dados geográficos em uma base de dados na “nuvem” e oferece uma variedade de ferramentas para conectar, analisar e visualizar dados. A plataforma foi construída usando uma base de dados PostGIS de código aberto e é executada em uma infraestrutura de grande escala da Amazon Web Services.
É uma plataforma intuitiva, já que é possível literalmente levar um cálculo para a CartoDB e assim subir os dados da conta. O registro gratuito disponibiliza 50 MB de armazenamento.
Para os mais “techies”, CartoDB conta com um conjunto de API (sigla em inglês: Application Programming Interface) que permite consultas de bases de dados geográficos e convencionais, criação de mosaicos de mapas e a integração no Google Maps.
Esta ferramenta permite levar as tabelas do Excel e desenhá-las dinamicamente em um novo nível. O maior atrativo do Power BI é que ele deixa realizar apresentações interativas e ajustar as visualizações para obter mais detalhes segundo a pergunta que queremos que nossos dados respondam com a opção “drill in” a qual é uma grande vantagem para as clássicas perguntas imprevistas nas apresentações.
A maior distinção que precisa ser levada em consideração é entre a versão desktop e a online. A primeira permite realizar todo o trabalho para ser compartilhado com a equipe, mas é necessário adicionar o projeto na versão online. Além disso, conta com um app que permite visualizar os trabalhos compartilhados.
A versão gratuita tem muitas funcionalidades, é intuitiva na utilização e permite limpar os dados de uma maneira fácil. Além disso, as opções de fontes são variadas e inclui o clássico Excel, CSV, SQL Server, dados abertos e até páginas da web. No caso de utilizar dados da web, o Power BI Desktop permite que a visualização armazenada na conta se atualize automaticamente caso os dados de origem se modifiquem.
Esta ferramenta conta com várias funcionalidades para realizar infográficos, apresentações, pôsteres ou relatórios. Tem várias opções de edição e controles para poder ajustar o desenho, a fonte e os fundos de acordo com a sua necessidade e gosto.
Com o Piktochart pode-se incluir gráficos simples e importar dados de arquivos CSV. A versão gratuita inclui uma variedade de imagens e ícones vetoriais. Os templates gratuitos são simples, porém com mais variedades que o Infogr.am.
Socrata oferece uma conta gratuita para visualizar conjuntos de dados no formato de valores separados por vírgulas (formato CSV). Por sua vez, os usuários podem fazer o download de um conjunto de dados ou acessar aos datasets via API. Neste sentido, a diferença entre as quatro primeiras ferramentas mencionadas, Socrata está voltado para um público mais técnico.
O BID utiliza o Socrata para compartilhar conjuntos de dados no portal de dados abertos, Números para o Desenvolvimento. Seguindo estes passos, é possível utilizar esta ferramenta para trabalhar com visualização dos indicadores da América Latina e Caribe incluídos em 48 conjuntos de dados.
É igual ao Socrata Tableau, mas bem mais conhecido por sua versão paga que conta com um serviço gratuito denominado Tableau Public.
Está disponível tanto para Mac como Microsoft e permite tornar dados do Access, Excel ou formato CSV. Enquanto a versão paga do Tableau pode conectar-se a fonte de dados remotos com Splunk ou Hadoop, a versão pública se limita a OData e Windows Azure Marketplaces e funciona até com 1 milhão de filas de dados.
Como seu nome indica para compartilhar a informação que se deve publicar os dados na web, mas não tem confidencialidade da informação na versão gratuita. Caso necessite de inspiração para visualizações, acesse a sua seção de “visualização do dia” ou o blog Tableau Public.
Você tem utilizado algumas destas ferramentas para visualizar dados? Qual foi a sua experiência? Conte para nós se você já experimentou alguma outra opção. Deixe seu comentário logo abaixo!
* Post publicado originalmente em espanhol no blog do BID, Abierto ao Público
* Geraldine García é editora do blog “Abierto ao Público” e consultora de comunicação da Divisão de Gestão de Conhecimento do BID. É licenciada em Ciência Política pela Universidade de Buenos Aires. Durante seu segundo ano como estudante de mestrado em Estudos Internacionais pela Universidade de Torcuari Di Tella da Argentina, realizou um intercâmbio de estudos na GW Elliott School of International Affairs que a levou até Washington D.C. Antes de ingressar no BID, trabalhou durante cinco anos em agência de PR como consultora de comunicações e assuntos públicos para empresas multinacionais na Argentina onde desenvolveu campanhas de imprensa, estratégias de comunicação, gestão de crises e planos de relacionamento com o governo. Também trabalhou como colaboradora para o tradicional jornal em inglês da capital argentina, Buenos Aires Herald.
Leave a Reply