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Saúde, novo epicentro do desenvolvimento urbano

30/03/2021 por Alejandro López Lamia Deixe um comentário


A pandemia continua a se alastrar, agravando os problemas que afetam milhões de habitantes urbanos do mundo, especialmente aqueles que vivem numa situação de maior informalidade e desigualdade. Quando a COVID-19 eclodiu, perguntei-me quais seriam as peculiaridades das pandemias na história das cidades. Para minha surpresa, consegui identificar quatro tendências que, na minha opinião, ainda são válidas: a incerteza que alimenta a “infodemia”, a busca de culpados com potencial retaliação, a dicotomia entre isolamento e deterioração socioeconômica e, por último, mas não a menos importante, a persistência do ciclo vicioso da vulnerabilidade; ou seja, as comunidades mais desfavorecidas são as que acabam por sofrer de forma desproporcional seus efeitos durante mais tempo.

  Fonte: Bloomberg.com, Mapeamento COVID-19, Casos confirmados, novembro de 2020.

Embora a identificação destas tendências nos ajude a conectar o passado ao presente, o desafio agora é saber se podemos compreender as complexidades desta experiência catastrófica a fim de criar um futuro melhor para todos; ou seja, para superar o ciclo vicioso da vulnerabilidade. Não há uma resposta única para este dilema. Do ponto de vista do planejamento urbano, muitos especialistas sentem-se desconfortáveis porque o coronavírus está distorcendo uma das concepções mais aceitas de como deveriam ser as nossas cidades.

Os principais urbanistas argumentam que uma maior densificação, inclusão social, mobilidade sustentável e interconectividade física e virtual são essenciais para evitar os problemas ambientais decorrentes de uma cultura centrada no automóvel e da expansão territorial. Por meio de políticas urbanas, é alentado o fornecimento de habitação acessível ou subsidiada para famílias com diferentes níveis de ingressos, particularmente para aquelas com rendas mais baixas.

A reabilitação de edifícios, especialmente em áreas centrais, aumentaria a densidade perdida, e um desenho de uso misto encorajaria interações sociais para facilitar a vida em proximidade. Esta visão poderia ser sintetizada na chamada Cidade dos 15 Minutos, onde todos os residentes podem acessar os serviços urbanos essenciais nessa fração de tempo, seja a pé ou de bicicleta. Isto é construir cidades mais compactas, inclusivas e interligadas.

   Fonte: Forbes. Baseado na ideia de Carlos Moreno: “A Cidade dos 15 Minutos”.

No entanto, como Philip Kennicott do The Washington Post argumenta na sua pesquisa Designing to Survive, a COVID-19 está reformulando estas concepções. Não só são questionadas as ideias eminentes sobre cidades densas, mas também o atual modus vivendi e operandi dos edifícios em que vivemos, trabalhamos, e até morremos. Kennicott enfatiza a necessidade de transformar a arquitetura numa ciência mais orgânica, experimentando e alentando a criação de construções urbanas entrelaçadas com o ambiente que nos rodeia, a fim de vivermos vidas mais saudáveis; um tema que ganhará maior impulso no pós-pandemia.

Hoje em dia, o coronavírus fez com que muitas pessoas, especialmente as mais abastadas, deixassem as suas residências na cidade por urbanizações exclusivas, para ter acesso a sítios naturais e escapar às multidões. Milhões de outras, por outro lado, são diariamente confrontadas com as restrições e inconveniências dos seus próprios espaços domésticos: pequenos apartamentos ou casas que não têm a concepção e distribuição adequadas para manter o trabalho virtual e as atividades escolares durante longos períodos. A este contexto, soma-se a grande quantidade de bens imobiliários públicos e privados desocupados nas cidades fechadas, porque não foram concebidos para mitigar a propagação viral.

Além disso, milhões de famílias pobres são forçadas a ganhar o seu sustento diário nas periferias inseguras, faltando-lhes as oportunidades ou competências para trabalhar remotamente. Residem, na melhor das hipóteses, em habitações precárias, superlotadas e pouco higiênicas. O aumento exponencial dos casos de violência doméstica nestas condições não é uma coincidência. Blog Confinamiento y Violencia dentro del Hogar: Cuando el Peligro está en Casa Em Buenos Aires, por exemplo, no primeiro dia de quarentena obrigatória, 41 mulheres denunciaram violência de gênero, uma situação que se agravou posteriormente, em particular nas zonas urbanas mais expostas ao coronavírus. Como as semanas de confinamento se transformaram em meses de isolamento, o conceito de cidade compacta está sob escrutínio.

Fonte: Conde Nast Traveler, Paris, Distrito de Saint Michel, 20 de abril de 2020

Nesta situação, temos de repensar uma questão crucial que temos negligenciado. Não se trata apenas de fazer esforços para aglomerar, incluir e interligar, ou cercar esta aglomeração com mais natureza, mas também de compreender os “fatores determinantes” que podem gerar ambientes urbanos saudáveis. A este respeito, Jason Corburn, professor na Universidade da Califórnia-Berkeley, convida-nos a refletir sobre este assunto: “Os espaços urbanos e os seus processos de planejamento, particularmente os que regem o uso do solo, habitação, transportes, oportunidades de emprego, serviços sociais, qualidade ambiental e oportunidades de participação pública, são poderosos determinantes da saúde da população”. 

A Organização Mundial de Saúde, por sua vez, salienta que o bem-estar das pessoas depende principalmente das suas circunstâncias e do seu habitat. Num mundo preeminentemente urbano, os atributos do lugar onde vivemos, o nível de educação e os ingressos familiares, bem como a riqueza das relações e de nossas redes pessoais, são “determinantes sociais” da saúde que interagem com a condição genética e os comportamentos de cada indivíduo. Por estas razões, as características distintivas das cidades, os seus processos de governança, o meio ambiente, a cobertura das necessidades básicas, a prestação de serviços públicos, o acesso a alimentos frescos e as qualidades dos edifícios desempenham um papel crucial na saúde física e mental dos cidadãos, e não apenas no número de clínicas e hospitais disponíveis. Por isso, devemos repensar e recriar as nossas cidades para as prevenir ou mitigar potenciais doenças evitáveis, onde a saúde pública e o bem-estar se encontram no epicentro das decisões de planejamento urbano e desenvolvimento.

Esta entrada no blog foi originalmente publicada em Planeta Futuro, El Pais, Espanha

Leia mais:

Os inimigos sorrateiros: o novo coronavírus e as velhas pandemias

Arquivado em:Cidades, Gestão pública, Saúde Marcado com:cidades, COVID-19, desenvolvimento urbano

Alejandro López Lamia

Alejandro López-Lamia trabalha no BID há mais de 20 anos. Atualmente, é especialista líder na divisão de Desenvolvimento Urbano e Habitação do departamento de Mudança Climática e Desenvolvimento Sustentável em Washington DC. Também desempenhou diferentes funções nas áreas operacionais e estratégicas do Banco nos Estados Unidos e em Honduras, Equador e Bolívia. Antes de trabalhar no BID, foi professor e pesquisador na Argentina. Realizou a maior parte dos seus estudos acadêmicos no Japão, com bolsa do Ministério da Educação (Monbusho). É mestre e doutor em Relações Internacionais e Políticas Públicas de Desenvolvimento pela Universidade Sophia, em Tóquio.

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