Banco Interamericano de Desenvolvimento
facebook
twitter
youtube
linkedin
instagram
Abierto al públicoBeyond BordersCaribbean Development TrendsCiudades SosteniblesEnergía para el FuturoEnfoque EducaciónFactor TrabajoGente SaludableGestión fiscalGobernarteIdeas MatterIdeas que CuentanIdeaçãoImpactoIndustrias CreativasLa Maleta AbiertaMoviliblogMás Allá de las FronterasNegocios SosteniblesPrimeros PasosPuntos sobre la iSeguridad CiudadanaSostenibilidadVolvamos a la fuente¿Y si hablamos de igualdad?Inicial
Administração pública Água e saneamento Ciência, Tecnologia e Inovação Conhecimento Aberto Comércio e integração regional Desenvolvimento da primeira infância Desenvolvimento urbano e habitação Educação Efetividade no desenvolvimento Energia Gênero e diversidade Indústrias Criativas Meio ambiente, mudança climática e salvaguardas Política e gestão fiscal Saúde Segurança pública e Justiça Trabalho e pensões
  • Skip to main content
  • Skip to secondary menu
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Ideação

Inovação em gestão pública no Brasil

  • INÍCIO
    • Sobre o blog
    • Guia editorial
  • CATEGORIAS
    • Agricultura
    • Água e saneamento
    • Cidades
    • Ciência e tecnologia
    • Comércio
    • Educação
    • Empresas e negócios
    • Energia
    • Gênero
    • Gestão de projetos
    • Gestão pública
    • Ideação
    • Infraestrutura
    • Meio ambiente
    • Mercados financeiros
    • Saúde
    • Segurança
    • Trabalho
    • Turismo sustentável
  • Autores
Economia do comportamento

Por que a Economia do Comportamento é a próxima fronteira que a gestão pública precisa cruzar

21/07/2020 por Morgan Doyle Deixe um comentário


Você se prometeu fazer dieta, mas não resistiu ao chocolate depois do almoço. Viu os planos de poupar um pouco mais serem adiados de novo por compras realizadas por impulso. Ou havia planejado aprender algo novo, mas passou a tarde passeando por conteúdos aleatórios no celular. 

Se você se identifica com situações como essa, saiba que não está sozinho –e é justamente por essas decisões aparentemente irracionais não serem fenômenos individuais ou isolados, mas inerentes ao comportamento humano, que sua natureza e seus impactos na sociedade são cada vez mais objeto de estudo de um campo em ascensão: a Economia do Comportamento.  

Além das contribuições mais evidentes para áreas como marketing e recursos humanos, os conhecimentos advindos da combinação dos saberes da economia e da psicologia também podem colaborar para ações governamentais mais eficientes – e é para estimular o uso desses novos conhecimentos que o BID criou o primeiro curso online em português de Economia do Comportamento para Melhores Políticas Públicas.  

Por exemplo: o Reino Unido percebeu que a taxa de pagamento do licenciamento veicular aumentava quando a carta de cobrança incluía uma foto do carro do devedor do imposto (talvez como uma forma subliminar de lembrar à pessoa do risco de perder aquele bem). Sem esse conhecimento, talvez o governo britânico teria arrecadações mais baixas ou gastaria mais com campanhas de conscientização – um exemplo que mostra, na prática, o potencial da Economia do Comportamento para finanças públicas mais saudáveis. 

Por falar em saúde, aliás, esse é outro setor que pode se beneficiar dos insights da Economia do Comportamento: desvendar os mecanismos mentais que levam uma pessoa a preferir chocolate a maçã são úteis para estimular melhores hábitos individuais e coletivos. E estudo de casos como esses, dos setores tributário e sanitário, fazem parte do curso gratuito oferecido pelo Banco. O material pode ser estudado em um mês com quatro horas de estudo semanais.  

Atalhos cerebrais 

Uma das principais contribuições da Economia Comportamental é evidenciar que nossos processos de tomada de decisão são mais complexos do que o simples “faço porque faz bem ou evito porque faz mal”. 

Isso porque, como mostram os achados dessa área, em vez do que julgar alguma ação com base em critérios objetivos como custos, riscos, efeitos e oportunidades, em alguns momentos, nossa mente toma atalhos para decisões mais rápidas pautadas em retornos imediatos – como prazer ou aversão a perdas – ou com base em generalizações, medos ou experiências passadas. 

Em outras palavras: você não vai ao mercado comprar apenas o produto mais custo-efetivo, nem age 100% do tempo da maneira mais segura e eficiente no trabalho ou no trânsito, mas se deixa levar por impulsos, preconceitos ou incentivos.  

E apesar disso tudo parecer tão evidente, vimos como a economia, a medicina e a gestão empresarial trataram o comportamento humano como o resultado de decisões simplesmente racionais. 

Até que, nos últimos anos, com avanços das pesquisas comportamentais, novas camadas de nossos processos mentais foram sendo reveladas, e novas estratégias para induzir comportamentos esperados, desenvolvidas. 

Como um parâmetro do prestígio dessa área, de 2002 para cá, três pesquisadores ganharam o Prêmio Nobel da Economia por trabalhos que relacionavam economia e psicologia. 

O mais recente desses ganhadores, o economista norte-americano Richard Thaler, premiado em 2017, tornou-se conhecido pela teoria dos “nudges” – que pode ser traduzido como “empurrãozinho”, em português. 

Em seus estudos, o professor Thaler defende que pequenos empurrões podem estimular certos comportamentos. Um exemplo: ele percebeu que um dos fatores preponderantes na conduta humana é a inércia. Por isso, para aumentar a adesão de trabalhadores a planos de previdência complementar, em vez de investir milhões com campanhas de adesão, uma saída adotada nos Estados Unidos e endossada por Thaler é inscrever automaticamente todos os empregados nos programas. Assim, quem realmente não concordasse teria de pedir para sair, e aqueles que até gostariam de se inscrever, mas não o fariam por preguiça, seriam contemplados.  

O sucesso dessa abordagem foi tamanho que países como Reino Unido e Austrália incorporaram especialistas em economia do comportamento em suas equipes de governo. 

É evidente que os preceitos da Economia do Comportamento não podem ser levados em conta de maneira isolada. É preciso que todo o arcabouço ético, legal e regulatório de cada país ou estado seja tomado em consideração. 

Entretanto, são igualmente chamativos os potenciais de ganho não só para a gestão pública, como para a sociedade em geral, proporcionados pela incorporação de técnicas que tornem mais efetivas as políticas públicas. 

No BID, incorporamos em nossos projetos, há uma década, os achados das áreas comportamentais. Nudges e outras técnicas têm contribuído para desenharmos ações que ajudem os governos, por exemplo, a diminuir a evasão fiscal no Brasil e na Argentina, aumentar índices de vacinação na Guatemala, entre outras iniciativas.  

Nas últimas décadas, a administração pública do Brasil e do mundo avançou muito com a adesão de melhores práticas de gestão de recursos humanos e financeiros, políticas públicas baseadas em evidências e racionalização de processos. Agora, ao que tudo indica, chegou a hora de se aventurar nos territórios da irracionalidade para alcançar resultados ainda mais expressivos. 

Curso:  

Introdução à Economia do Comportamento para melhores políticas públicas 

Inscrições até 30 de agosto de 2020 

Curso autoguiado; material pode ser consultado de 1º de setembro a 31 de outubro 


Arquivado em:Empresas e negócios, Gestão pública, Ideação Marcado com:administração pública, economia, economia do comportamento, gestão pública, políticas públicas

Morgan Doyle

Morgan Doyle é o representante do BID no Brasil, supervisionando a programação do Banco e o diálogo com o país. Em seus 23 anos de carreira no BID, foi representante no Uruguai (2017-2020), no Equador (2013-2017), e foi Assessor Principal para a Vice-Presidência de Setores e Conhecimento. Liderou várias operações do setor financeiro, trabalhando com agências chave do setor público envolvidas em financiamento de habitação e apoio a pequenas e médias empresas, gestão de dívida, regulação e supervisão do setor financeiro e transações com garantias, entre outros. Possui licenciatura e Mestrado pela Universidade Brown em Desenvolvimento Internacional, e recebeu várias distinções acadêmicas, incluindo uma bolsa Fullbright e uma bolsa de pesquisa da Fundação Interamericana (IAF).

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Receba nosso conteúdo exclusivo

ASSINE

Pesquisar

Ideação

Banco de inovação em gestão pública no Brasil

Categorias

Você pode se interessar por

  • Como o comportamento afeta as políticas públicas? Descubra no curso Economia do Comportamento
  • Como a economia do comportamento pode melhorar nossas decisões durante a pandemia?
  • Como preparar uma consulta pública significativa? Três dicas infalíveis!

Footer

Banco Interamericano de Desarrollo
facebook
twitter
youtube
youtube

Blogs escritos por funcionários do BID:

Copyright © Inter-American Development Bank ("IDB"). Este trabalho está sob a licença de Creative Commons IGO 3.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. (CC-IGO 3.0 BY-NC-ND) e pode ser reproduzido com atribuição ao BID para fins não comerciais. Trabalhos derivados não são permitidos. Qualquer disputa relacionada ao uso dos trabalhos do BID que não possam ser acordados de maneira amigável deve ser submetida à arbitragem de acordo com as regras da UNCITRAL. O uso do nome do BID para qualquer finalidade além de atribuição e o uso da logo do BID está sujeita a um acordo de licença separado entre o Banco e o usuário e não é parte da licença de CC- IGO. Note que o link proporcionado sobre a licença Creative Commons inclui termos e condições adicionais.


Blogs escritos por autores externos:

Para qualquer dúvida relacionada ao direito de copyright de artigos produzidos por autores que não são funcionários do BID, por favor preencher o formulário de contato para este blog.

As opiniões expressadas neste blog são dos autores e não refletem necessariamente as opiniões do BID, seu Conselho Executivo, ou de seus países membros.

Atribuição: além de atribuir o trabalho ao autor respectivo e ao dono do direito de copyright, conforme o caso, apreciamos se você pode incluir um link para o blog do BID.



Política de privacidade

Copyright © 2023 · Magazine Pro em Genesis Framework · WordPress · Log in

Banco Interamericano de Desarrollo

Aviso Legal

Las opiniones expresadas en estos blogs son las de los autores y no necesariamente reflejan las opiniones del Banco Interamericano de Desarrollo, sus directivas, la Asamblea de Gobernadores o sus países miembros.

facebook
twitter
youtube
We use cookies on our website to give you the most relevant experience by remembering your preferences and repeat visits. By clicking “Accept”, you consent to the use of ALL the cookies.
Cookie settingsACCEPT
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Always Enabled

Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.

Non-necessary

Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.

SAVE & ACCEPT