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Enfrentando os desafios do coronavírus: que medidas os governos podem adotar?

03/06/2020 por Ana María Ibañez - Norbert Schady Deixe um comentário


A crise do COVID-19 não tem precedentes na história recente. Faltam precedentes porque trata-se, de fato, de uma crise global e faltam precedentes porque combina uma crise de saúde com uma crise econômica. Diante dessa situação, os governos do Brasil e do mundo estão procurando soluções, em meio às incertezas e a novas evidências geradas todos os dias sobre o vírus. Nesse cenário, o que podemos recomendar? 

Em nossa publicação recente Políticas Públicas contra a Covid-19: Recomendações para a América Latina e o Caribe, analisamos algumas opções de políticas para o Brasil e demais países da região e buscamos oferecer subsídios para discussão dos governos. 

O ponto de partida para qualquer análise da pandemia é claro: o vírus é altamente contagioso e, na ausência de intervenções para controlá-lo, os sistemas de saúde da região ficariam totalmente sobrecarregados e ocorreriam aumentos dramáticos no número de mortes [1.].

Isolamento total X isolamento parcial 

A maneira mais efetiva de controlar a rápida disseminação do vírus é limitar o movimento e o contato entre as pessoas. Por esse motivo, corretamente, muitos países dentro e fora da região implementaram um isolamento estrito e universal da população. Não há dúvida: isso impediu muitas mortes. 

No entanto, o isolamento total só pode ser mantido por um tempo muito limitado porque os custos econômicos são enormes. Por esse motivo, é essencial pensar na estratégia de transição de um confinamento total para um parcial. Em um isolamento parcial, a maioria da população pode deixar suas casas para trabalhar, mantendo medidas de proteção, como distanciamento social e uso de máscaras. As pessoas infectadas pelo vírus, bem como, por um período pré-estabelecido, seus contatos, seriam confinadas para impedir que transmitissem a doença a outras pessoas. 

O que é preciso para passar do isolamento total para o parcial? Em essência, duas coisas: aumentar a capacidade de detecção de pacientes infectados pelo vírus e seus contatos e melhorar a capacidade de resposta do sistema de saúde.  

Sistemas de saúde 

Para evitar a transmissão descontrolada do vírus em um cenário de isolamento parcial, os governos da região devem aumentar drasticamente sua capacidade de fazer testes moleculares (chamados testes de RT-PCR), [2] a baixo custo para a população. Isso pode possibilitar a detecção de pacientes assintomáticos e a identificação de clusters e cadeias de contato. Da mesma forma, é necessário acompanhar sistematicamente os contatos dos pacientes infectados com o uso de dados eletrônicos em seus movimentos, rastrear sintomas e, com inúmeras equipes, providenciar o acompanhamento de pessoa a pessoa. Por fim, é necessário garantir o cumprimento do isolamento para casos positivos e pessoas que tiveram contato com eles, bem como para pessoas que vêm do exterior. 

Para melhorar a capacidade de resposta do sistema de saúde, todas as cirurgias não emergenciais devem ser adiadas, adaptar espaços para o uso hospitalar fornecendo os  equipamentos adequados, suspender os regulamentos que impedem médicos e enfermeiros aposentados ou de outros países de juntarem-se às equipes do setor de saúde durante a crise e ajustar os regulamentos de compras públicas e de saúde para que novos produtores, inclusive de outros países, sejam elegíveis para compras públicas de suprimentos médicos.  

Impactos da crise econômica 

De mãos dadas com a crise da saúde que está atingindo os países da região, está se formando o que certamente será uma profunda crise econômica. Isso ocorre por várias razões – o freio à atividade econômica associado ao isolamento e a transmissão da crise em outros países, como China, Estados Unidos e países da União Europeia, às economias da ALC. Essa crise exigirá intervenções rápidas para fornecer um piso mínimo de consumo para as famílias mais vulneráveis ​​e para tentar evitar as falências das empresas e a demissão maciça de trabalhadores. 

Além das mortes causadas diretamente pelo vírus, muitas outras mortes certamente serão vistas – por exemplo, de pessoas que sofreram um ataque cardíaco e não podem ser atendidas em um hospital porque já estão sobrecarregadas. Também é provável que haja um aumento na mortalidade infantil. Em discurso recente, o Secretário–Geral da ONU, António Guterres, referiu-se à possibilidade de centenas de milhares de crianças morrerem devido aos efeitos da crise econômica. Para isso, ele se referiu às estimativas que um de nós fez, com dois coautores, sobre os efeitos da crise financeira de 2008/09 e que eles são certamente conservadores no contexto atual. 

O relatório destaca ainda a grande heterogeneidade existente entre os países da região. Isso é evidente tanto na capacidade de mobilizar recursos financeiros quanto na capacidade dos sistemas de saúde. Na esfera financeira, países como Chile, Panamá e Peru, devido aos baixos níveis de endividamento, têm acesso ao mercado internacional de capitais, enquanto outros, como Argentina, Costa Rica e Equador, não possuem essa opção. Portanto, alguns países terão muito mais recursos do que outros para lidar com a crise econômica. 

Há também uma grande variação entre os países na capacidade de resposta do sistema de saúde. Os números são reveladores. Em países como Argentina e Uruguai, existem 4 médicos por 1.000 habitantes, valor muito semelhante ao observado em países como Espanha e Itália, mas na Bolívia e na Guiana o número de médicos é inferior a 1 por 1.000 habitantes. Atualmente, o Peru possui 1.993 leitos de UTI, o equivalente a 5,8 por 100.000 habitantes, enquanto Honduras possui 37 leitos de UTI, o que equivale a 0,4 por 100.000 habitantes. Na Itália, com 12,5 leitos de UTI por 100.000 habitantes, em algumas áreas particularmente afetadas, o sistema de saúde não conseguiu responder ao número de casos críticos com os quais teve que lidar. 

Em resumo, embora as prioridades de políticas públicas sejam claras, todas elas devem ser adaptadas aos casos específicos de cada país. É uma situação sem precedentes, e todos devemos aprender à medida que avançamos. Portanto, é importante ser pragmático e flexível e garantir que o perfeito não se torne inimigo do bom. E em tudo isso, é essencial que os governos sejam fontes confiáveis ​​de informação para seus cidadãos – sobre os riscos, as medidas que estão sendo tomadas e até sobre o que ainda não se sabe. Essa é a única maneira de evitar confusão e pânico, e a solidariedade será alcançada para que todos trabalhemos juntos para enfrentar os desafios que temos pela frente. 

[1] Um modelo epidemiológico elaborado pelo citado Imperial College London estima que, na ausência de medidas para controlar a taxa de infecção, 3,2 milhões de mortes ocorreriam na ALC devido aos efeitos diretos do Covid-19. 

[2] Os acrônimos referem-se ao nome do teste em inglês (teste de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa em tempo real). 


Arquivado em:Gestão pública, Ideação, Saúde Marcado com:coronavirus, COVID-19, economia, isolamento parcial, isolamento total, Painel de Impacto do Coronavírus, política pública, saúde

Ana María Ibañez

Ana María Ibáñez es Asesora Principal de la Vicepresidencia de Sectores y Conocimiento del Banco Interamericano de Desarrollo y es profesora de la Facultad de Economía de la Universidad de los Andes. Fue Decana de esta Facultad y Directora del CEDE. Ha sido profesora visitante de Princeton University, Yale University y el Institute of Development Studies de la Universidad de Sussex. Fue miembro del grupo asesor del Fondo de Construcción de Paz de las Naciones Unidas y las Juntas Directivas de la Fundación Éxito, la Fundación Saldarriaga Concha y el banco BBVA. Actualmente es miembro de la Junta Directiva del Grupo Éxito.

Norbert Schady

Norbert Schady é consultor econômico principal do setor social do Banco Interamericano de Desenvolvimento. É formado pela Universidade de Yale e doutor pela Universidade de Princeton. Além do BID, o Dr. Schady trabalhou no Banco Mundial e no UNICEF e lecionou nas Universidades de Georgetown e Princeton. Suas principais áreas de pesquisa são desenvolvimento infantil, qualidade dos professores, programas de transferência de renda e o impacto de crises econômicas na acumulação de capital humano. O Dr. Schady publicou três livros e mais de 30 artigos em revistas acadêmicas de economia, ciência política e saúde. Tem uma vasta experiência em assessorar governos na América Latina, Europa, Ásia e África.

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