Dois em cada três brasileiros presenciou uma mulher sendo vítima de algum tipo de violência. 70% das mulheres brasileiras de até 24 anos já sofreram algum tipo de agressão em espaços públicos, segundo dados do Fórum de Segurança Pública. O Brasil registra 10 estupros coletivos por dia, como mostra a matéria da Folha de São Paulo. A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil e a cada 6,9 segundos uma mulher é vítima de perseguição, de acordo com o Instituto Maria da Penha.
Frente a este cenário, diversas políticas públicas estão sendo implementadas e muitas contam com a parceria dos negócios de impacto social que vêm trabalhando de maneira conjunta para romper com os ciclos de violência – física, sexual, moral, patrimonial e psicológica – porque nem só na pele a violência deixa suas marcas.
Apresento abaixo quatro iniciativas de impacto social que trabalham no combate à violência contra a mulher e na promoção do bem-estar social:
Malalai: informação responsável salva vidas
A solução foi desenvolvida para mulheres que querem ser livres para se deslocarem sozinhas com segurança. O aplicativo mostra os pontos positivos e negativos da rota e avisa a usuária sobre a sua localização de forma automatizada. Há também um mecanismo para pedir ajuda, caso seja necessário.
Mete a Colher: porque cuidar do outro é humano
A startup pernambucana Mete a Colher, criada e composta por mulheres, desenvolveu um aplicativo em que a usuária pode pedir ou oferecer ajuda. Caso precise de ajuda, a usuária digita seu relato e compartilha sua história. Aquelas que querem dar apoio e suporte podem selecionar uma ou as três categorias: apoio emocional, orientação jurídica ou inserção no mercado de trabalho, e responder os pedidos de ajuda abertos no app.
PLP 2.0: a conectividade que faz a diferença
O PLP2.0 tem duas dimensões: a versão JUNTAS que está disponibilizada para as mulheres em geral permitindo a todas construir uma rede pessoal de proteção e a versão PLP2.0 que se destina a mulheres em medidas protetivas permitindo a instantânea denúncia dos atos de violência e seu imediato encaminhamento às esferas de proteção e aplicação da Lei Maria da Penha. A ferramenta foi desenvolvida pelas organizações Geledés – Instituto da Mulher Negra e Themis – Gênero, Raça e Justiça.
A startup mineira, JMMTech, criou uma ferramenta com dois aplicativos integrados. Funciona assim: a usuária baixa o MUSA no celular e pede para um amig@ baixar o app Anjo no celular del@. Quando esta estiver em situação de risco simplesmente aperta o botão ALERTA, e então é enviada a sua exata localização ao anjo da guarda, que irá em seu socorro.
O Dia Internacional da Mulher é celebrado nessa semana e compreender que a violência é um problema coletivo é um grande passo para o governo e para a sociedade. Se você presenciou ou conhece uma mulher que tenha sido vítima de violência, procure a Central de Atendimento à Mulher, basta ligar 180. Todos podemos contribuir para ajudar a parar o relógio da violência.
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