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Como aumentar o impacto do microcrédito no desenvolvimento de pequenos negócios para melhorar a renda

16/12/2024 por Livia Gouvêa Gomes - Kelly Miranda - André Mancha - Laísa Rachter Deixe um comentário


O acesso a crédito é um dos grandes entraves enfrentados por proprietários e proprietárias de pequenos negócios que querem crescer. Programas de microcrédito podem facilitar o caminho até os recursos financeiros, mas é preciso entender as características necessárias para atender especificamente esse público. É isso o que a terceira publicação da série “Evidências sobre Políticas de Mercado de Trabalho e Implicações para o Brasil” pretende fazer.

A publicação sobre microcrédito, elaborada pela JOI Brasil – Iniciativa Empregos e Oportunidades do J-PAL América Latina e Caribe – em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destaca os principais aspectos de programas que tiveram sucesso em diferentes países. O objetivo é indicar abordagens que possam ser adaptadas para o cenário do Brasil. Entre os pontos positivos verificados está a flexibilidade de pagamento. Na Índia e em Bangladesh, por exemplo, foi observado que uma carência de dois meses para iniciar o pagamento do empréstimo permitiu que empreendedores e empreendedoras investissem mais em seus negócios, o que contribuiu para aumentar os lucros  no médio prazo. 

Além disso, o estudo verificou a importância de segmentar o crédito de acordo com as características de quem está empreendendo, de substituir a necessidade de fiador por garantias reais, como máquinas e equipamentos, no caso de investimentos em produção, ou ainda, de adaptar o cronograma de pagamento ao tipo de negócio de cada empreendedor, observando, por exemplo, o ciclo de produção agrícola.

Outro caso de interesse incluído na publicação vem do Chile. Uma avaliação da concessão de microcrédito pelo Fondo Esperanza identificou dois tipos principais de empréstimos: um deles, de responsabilidade conjunta para grupos de empreendedores, funciona como porta de entrada para a segunda modalidade, de empréstimo individual, com melhores condições e possibilidade de liberação de valores mais elevados. No entanto, para ter acesso à modalidade individual, é necessária a recomendação de um agente de crédito, profissional que atua em bancos comerciais, cooperativas de crédito, empresas de hipoteca ou instituições financeiras afins.

A avaliação realizada por afiliados da J-PAL verificou que a estrutura de incentivos para agentes de crédito não estimulava a recomendação. Para resolver isso, a equipe de pesquisa sugeriu um sistema de recompensa pelo encaminhamento de bons clientes para os empréstimos individuais, o que resultou em mais indicações.

Derrubando barreiras de gênero

Muitos programas de microcrédito têm como foco as mulheres, o que se justifica pelo fato de que empresas chefiadas por mulheres enfrentam mais restrições no acesso a financiamentos, como demonstrou um estudo realizado pelo BID e a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) segundo o qual, no último trimestre de 2020, 58% do valor do microcrédito concedido destinou-se a microempreendedores do sexo masculino, uma diferença de 16 pontos percentuais em detrimento das microempresas femininas.  Outro levantamento, realizado pelo BID na Argentina, apontou que apenas 20,5% das empresas lideradas por mulheres utilizam créditos bancários para financiar seus investimentos, em comparação com 42,9% das chefiadas por homens.

Outros estudos demonstram que as mulheres também enfrentam barreiras adicionais na gestão de suas empresas, em uma dinâmica que está interligada ao contexto familiar. Uma pesquisa incluída na publicação do BID com a JOI Brasil revisitou avaliações realizadas na Índia, Gana e Sri Lanka e concluiu que o microcrédito concedido em dinheiro só tem impacto no crescimento dos negócios chefiados por mulheres quando elas são as únicas empreendedoras de suas famílias. Em arranjos familiares com outras pessoas empreendedoras, a pressão por compartilhamento de recursos é maior e o efeito do microcrédito, menor.

Como contraponto, foram analisados estudos sobre programas voltados para mulheres com bons resultados. Um deles encontrou que o  acesso ao crédito por meio de conta digital aumenta a autonomia da mulher para investir em seu empreendimento e diminui  a pressão por compartilhamento de recursos com outros membros da família, o que aumenta o impacto do microcrédito.

Contribuição para o debate público

Todo o levantamento realizado na edição sobre microcrédito da série “Evidências sobre políticas de mercado de trabalho e implicações para o Brasil” tem como objetivo divulgar o conhecimento científico gerado nos últimos anos em diferentes países e contextos para que possam servir de inspiração para políticas no Brasil. Junto com o estudo sobre evidências, a JOI Brasil financia avaliações de impacto para contribuir com o aprimoramento de programas já existentes, como foi feito no Chile.

Além do estudo sobre microcrédito, outros dois já estão disponíveis – Qualificação profissional e Assistência à busca por emprego. As próximas edições vão abordar os temas ‘Futuro do Emprego e Novas Tecnologias’, ‘Treinamento em Empreendedorismo’ e ‘Informalidade’.

Leia também:

Como apoiar trabalhadores e trabalhadoras na busca por empregos de qualidade?
Como evidências de iniciativas bem-sucedidas podem ajudar na formulação de políticas para o mercado de trabalho no Brasil

Arquivado em:Trabalho Marcado com:microcrédito

Livia Gouvêa Gomes

Especialista da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil. É economista e tem mestrado em Economia com ênfase em Organização Industrial e doutorado em Economia com orientação em Mercado de Trabalho, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Trabalhou em projetos de mercado de trabalho, educação, produtividade, pensões e política tributária. No BID desde 2019, tem se dedicado a trabalhar para fortalecer o mercado de trabalho brasileiro, sempre considerando aspectos de diversidade, o futuro do trabalho e o desenvolvimento social.

Kelly Miranda

Consultora da Divisão de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Especialista em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Produz e desenvolve pesquisas socioeconômicas voltadas para a proposição, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas, tendo gênero, diversidade e mercado de trabalho como principais norteadores do seu trabalho.

André Mancha

André Mancha é gerente da Iniciativa de Empregos e Oportunidades Brasil (JOI Brasil) para o J-PAL da América Latina e o Caribe. Antes de ingressar no J-PAL em setembro de 2023, trabalhou como professor em tempo parcial do departamento de economia do Insper e como economista da Tendências Consultoria na área de estudos econômicos e pareceres. Também atuou como assistente de pesquisa no Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas (CCAS-FGV). É Doutor em Economia pelo Insper, Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo.

Laísa Rachter

Especialista da Divisão de Gênero e Diversidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde trabalha para melhorar o acesso a oportunidades econômicas e fortalecer a representação de mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQ+ no Brasil. Doutora em economia pela FGV EPGE com experiência em avaliar como as políticas e instituições públicas influenciam as oportunidades econômicas e o bem-estar das mulheres, minorias e famílias de baixa renda. Trabalhou como consultora de avaliação de impacto na unidade de Eficácia Estratégica de Planejamento e Desenvolvimento do BID, onde apoiou o desenho de projetos e avaliações de efetividade das operações. Anteriormente, trabalhou como pesquisadora no Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) e como consultora do Banco Mundial.

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