Em meio à pandemia do coronavírus, o fluxo de informações ficou ainda mais intenso. Seja pelos veículos de imprensa, redes sociais ou aplicativos de mensagens, a quantidade de dados que estamos recebendo e enviando aumentou significativamente. Essa avalanche de conteúdos individuais compreende uma importante fonte de informações para entender as percepções da população.
Como os brasileiros estão encarando o teletrabalho e o fato dos filhos estarem sem aulas? Temos capacidade de enfrentar a pandemia? E os mais vulneráveis? Vamos ficar desabastecidos de alimentos? Como estamos cuidando da saúde mental? Para ajudar a visualizar estes e outros temas que permeiam as preocupações da população, criamos no Grupo BID em parceria com o Citibeats, a plataforma Civiclytics-COVID-19, que utiliza sistemas de inteligência artificial não somente para ouvir melhor, mas para entender como as pessoas estão reagindo às novas situações, dinâmicas e rotinas.
A ferramenta mostra as percepções publicadas pelos brasileiros na internet. O objetivo é conhecer, dentro de 13 categorias analisadas (medidas de crise, segurança alimentar, economia doméstica, empresas, segurança sanitária, impacto cultural, teletrabalho, educação, saúde mental, pessoas vulneráveis, meio ambiente, iniciativas cívicas e fake news), os temas que mais preocupam a população a fim de oferecer tendências que podem ajudar a estimular a criação de soluções inovadoras por cidadãos e empresas, ou mesmo ajudar a orientar políticas públicas desenhadas pelos governos.
A tecnologia utilizada foi especialmente desenvolvida para contextos em rápida mudança, como a pandemia que sofremos. Para isso, o sistema alia soluções de inteligência artificial e análises de especialistas para estruturar os dados. Os algoritmos se baseiam em processamento de linguagem natural (PNL) e no aprendizado de máquina (machine learning).
As categorias são escolhidas de acordo com o volume e intensidade dos dados vistos na crise. No Brasil, por exemplo, ao início do mês de maio, um dos temas mais comentados era educação, seguido de saúde mental. Nos últimos dias, o tema das notícias falsas está superando as preocupações com educação.
Fontes de informação
O sistema é capaz de processar e analisar milhões de comentários publicados na internet. As fontes de informação incluem desde postagens no Twitter até opiniões de pesquisas online. Também é possível organizar os dados conforme sua geolocalização e idioma. Isso facilita a comparação do volume e do grau de intensidade das preocupações expostas em cada país da região e possibilita, ainda, a promoção de soluções específicas para determinada comunidade.
A precisão dos modelos de classificação é semelhante à dos especialistas humanos, com a diferença de que os algoritmos podem processar milhões de dados por dia. Fato é que a combinação da escalabilidade do big data com a sutileza e a subjetividade humana das percepções gera uma ferramenta na qual os cidadãos agem como “sensores”.
Compartilhando opiniões, as pessoas estão dando uma grande contribuição cívica e possibilitando uma visão mais detalhada dos ambientes das cidades, países e regiões, em tempo real. Com esse monitoramento, o Grupo BID busca oferecer um grupo de informações que podem ser úteis para o desenho de iniciativas, oferecendo a tomadores de decisão insights e tendências.
Acesse a plataforma, explore os dados e confira quais são as principais preocupações dos brasileiros! Você também pode incluir diretamente suas percepções e contribuir para este monitoramento em tempo real.
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