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A agricultura de baixo carbono no Brasil pode beneficiar agricultores e conter a mudança climática

20/04/2020 por Barbara Brakarz 1 Comentario


O Brasil abriga 13% da área florestal do mundo. Mas, nos últimos anos, o país viu um grande aumento no desmatamento devido às mudanças no uso da terra e na agricultura.

Enquanto as maiores emissões de gases de efeito estufa em outros países vêm do setor de energia e transporte, no Brasil, o desmatamento é um grande emissor.

Existem mais de 100.000 espécies animais e 40.000 espécies vegetais entre os seis biomas terrestres do país.

A Amazônia, por exemplo, representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes contendo entre 90-140 bilhões de toneladas métricas de carbono, enquanto a Mata Atlântica abriga 20.000 espécies de plantas e 52% de suas espécies de árvores são endêmicas – elas não são encontradas em nenhum outro lugar no mundo.

Em meio à excepcional riqueza ecológica do Brasil, o agronegócio é o setor mais forte do país, representando um quarto do PIB: soja, carne bovina e açúcar estão entre suas principais exportações. Fazendeiros em muitas partes do Brasil estão queimando florestas para abrir caminho para a criação de gado e monoculturas –  intensificando os impactos da mudança climática, esgotando os recursos naturais e ameaçando a biodiversidade.

Nos últimos anos, no entanto, o Brasil desenvolveu estratégias para garantir a sustentabilidade de sua agricultura e silvicultura.

Por quase uma década, até 2012, o Brasil conseguiu reduzir sua taxa de desmatamento em 83%, um sucesso alcançado em parte devido a ações governamentais e políticas públicas, como programas de monitoramento de satélite de desmatamento pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pelo Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Entretanto, em 2019,  o desmatamento na Floresta Amazônica aumentou 85%, a taxa mais alta em mais de uma década.

O projeto Rural Sustentável, que concluiu recentemente sua primeira frase, é financiado pelo governo do Reino Unido em parceria com o Ministério da Agricultura do Brasil. O projeto, implementado pelo BID, busca maneiras de promover uma mudança no comportamento dos agricultores, alinhando a produtividade agrícola e a melhoria da renda dos agricultores com a preservação dos recursos naturais e a redução do desmatamento.

Ele apoia o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do governo brasileiro, que visa promover a adoção de tecnologias “inteligentes ao clima” nas rotinas de produção de pequenos e médios agricultores, em especial aqueles mais vulneráveis ​​à mudança climática.

Até agora, o Rural Sustentável se concentrou em duas regiões do Brasil: a Amazônia e a Mata Atlântica. O projeto colaborativo busca trazer práticas que os agricultores podem desconhecer, para incentivar meios de subsistência sustentáveis ​​para eles e para o meio ambiente. O objetivo do projeto é ampliar práticas que promovam o gerenciamento sustentável economicamente viável das propriedades rurais.

Estamos trabalhando para evitar novos desmatamentos, mostrando aos agricultores que práticas sustentáveis ​​são fáceis de adotar, podem ser economicamente viáveis ​​e têm benefícios sociais e ambientais a longo prazo, servindo como meios de subsistência alternativos e evitando a necessidade de mais desmatamento.

As tecnologias voltadas para os agricultores envolvem a adoção de sistemas integrados de cultivo-gado-floresta, sistemas agroflorestais, recuperação de terras degradadas e gerenciamento sustentável de produtos extrativistas baseados na floresta, onde menos árvores são cortadas e o gado pode coexistir e pastar entre as culturas e floresta.

Além disso, as tecnologias são complementadas por várias estratégias de gestão para melhor incentivar os agricultores a implementar e compartilhar suas práticas entre suas respectivas comunidades. Os principais benefícios são:

  1. Oportunidades de aprendizado – Os agricultores utilizam Unidades Demonstrativas – áreas onde as tecnologias já estão implantadas. Os membros participam vão a campo para aprender em primeira mão sobre os métodos agrícolas, bem como ver os benefícios e os possíveis desafios das práticas.
  2. Incentivos financeiros – Os agricultores recebem incentivos financeiros para estimular a implementação adequada de uma ou mais tecnologias em suas terras, garantir a liquidez inicial necessária para conter as preocupações econômicas e facilitar a aquisição de insumos.
  3. Assistência local – O projeto designa membros de uma determinada comunidade para atuar como assistentes técnicos locais, onde são treinados para fornecer suporte contínuo no gerenciamento da propriedade e na implementação das próprias práticas, monitorar o desempenho dos agricultores e fornecer assistência técnica contínua, o que provou ser o elemento mais essencial para garantir a adoção eficaz e a longo prazo.
Sítio São José em Itambacuri, Brasil. Foto: Rural Sustentável

Embora demore entre 3 e 7 anos para ver os resultados das mudanças físicas na redução de emissões, o projeto já está medindo resultados sociais em termos de mudanças de comportamento, aumento de produtividade e renda.

Até o momento, mais de 18.000 agricultores foram beneficiados diretamente e estima-se que o projeto evitou o desmatamento de 8.550 hectares. Uma pesquisa recente envolvendo mais de 3.400 produtores que fizeram parte do projeto mostrou que 99% aumentaram a renda e 99,4% pretendiam continuar ou aumentar suas práticas sustentáveis.

Um fazendeiro, que vive na região da Mata Atlântica no estado da Bahia, falou sobre sua melhora nos meios de subsistência nos dizendo: “Equilibrei minhas dívidas e arrumei minha fazenda. Agora tenho uma estufa solar, a qualidade do meu cacau melhorou e ainda tenho tempo para cuidar do jardim com minha esposa”, contou.

O sucesso do Rural Sustentável foi reconhecido globalmente, inclusive na Cop25 em dezembro passado, em Madri, onde exibimos o projeto por meio de uma experiência de realidade virtual, após várias solicitações de instituições internacionais para aprender mais sobre o projeto.

Durante a Cop25, mais de 1.000 pessoas experimentaram a experiência em realidade virtual, incluindo formuladores de políticas públicas e outros delegados. Com isso, eles tiveram uma amostra do impacto do projeto nos biomas e para as pessoas que se beneficiam dele. O projeto provou que práticas sustentáveis ​​na região têm benefícios.

“O Rural Sustentável me mostrou como é possível para nós produtores conhecer, unir e combinar nossas ideias”, disse Crenilda Castorino, produtora rural e moradora de Mato Grosso, estado da Amazônia. “É possível realizar nossos sonhos, e tentamos mostrar a muitos outros produtores o quanto é possível melhorar suas vidas também”, disse.

O sucesso do projeto promoveu a implementação de sua segunda fase, que se concentrará em mais dois biomas: o Cerrado, uma enorme savana tropical; e a Caatinga, uma região de floresta seca.

O Brasil tem potencial para ser uma potência da biodiversidade e da agricultura sem sacrificar o clima ou o meio ambiente. O Rural Sustentável mostra uma maneira possível de conseguir isso, com escala e baixo custo. No clipe abaixo você acompanha uma experiência de realidade virtual do Rural Sustentável:


Arquivado em:Agricultura, Meio ambiente Marcado com:agricultura de baixo carbono, mudança climática

Barbara Brakarz

Barbara Brakarz é responsável pela prospecção, preparação e execução de projetos nas áreas de agricultura sustentável, florestas, adaptação e infraestrutura sustentável no Brasil. Ela também é responsável pela integração de clima e da sustentabilidade programação e operações do Grupo BID e por liderar o diálogo com o governo brasileiro para desenvolver projetos e mobilizar recursos de financiamento climático para acelerar a implementação de sua NDC. Anteriormente, trabalhou no Banco Mundial no Departamento de Desenvolvimento Ambiental e Social da América Latina, na Embaixada Britânica em Brasília como Diretora do Programa de Cooperação, responsável pelo Fundo Internacional para o Clima e pelo Prosperity Fund no Brasil e na The Nature Conservancy do Brasil como Coordenadora de Parcerias e Mobilização de Recursos.

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Comments

  1. ESTELVIO SCHUNCK diz

    06/10/2020 at 2:17 pm

    Parabéns pela matéria.
    Esclarecedora e com muitos dados estatísticos.

    Reply

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