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Mais serviços de cuidado disponíveis equivale a mais mulheres no mercado de trabalho formal?

28/10/2025 por María Caridad Araujo Deixe um comentário


As disparidades salariais entre homens e mulheres estão relacionadas à diferença média no salário por hora recebido por trabalhadores e trabalhadoras com características semelhantes. Estudos documentaram a presença dessas disparidades em todas as economias da América Latina e do Caribe.

Mesmo considerando os anos de estudo, as mulheres da região ganham 22% menos que os homens. Essa diferença aumentou 2 pontos percentuais desde o início do século, mesmo com o aumento do acesso das mulheres ao ensino superior.

Quais fatores explicam as brechas salariais?

Essas disparidades são explicadas, em parte, pela segregação ocupacional. Em outras palavras, as mulheres estão sobrerrepresentadas em setores e profissões que tendem a pagar menos, como o setor de serviços.

No entanto, esse fator explica apenas cerca de 1/5 da disparidade salarial entre homens e mulheres. Diversos estudos atribuem os outros quatro quintos ao peso que a maternidade pode ter sobre as trajetórias profissionais das mulheres.

Pesquisas realizadas no Chile, Equador e México descobriram que o nascimento de um filho reduz a participação feminina no mercado de trabalho entre 20 e 40 pontos percentuais. Esse fenômeno está associado à expectativa social predominante de que as mulheres assumam a maioria das tarefas não remuneradas relacionadas ao cuidado infantil e doméstico.

Disparidade salarial, emprego formal e necessidades de cuidado

O setor informal tem sido um canal para mitigar parte desse impacto, atendendo necessidades de cuidado e subsistência que beneficiam a sociedade como um todo. No entanto, alguns custos ocorrem no âmbito privado, por exemplo, quando as mulheres interrompem ou desaceleram suas trajetórias profissionais e veem sua segurança econômica na velhice afetada. Outros custos são sociais, como uma alocação menos eficiente do talento tanto nas tarefas de cuidado quanto no emprego remunerado.

Nos últimos anos, a região passou por uma rápida transição demográfica. Com taxas de natalidade mais baixas, maior longevidade e envelhecimento populacional acelerado, prevê-se que nas próximas décadas a demanda por cuidados aumente relativamente para a população idosa e diminua para a população jovem.

Como ampliar as oportunidades de emprego para as mulheres?

A ampliação do acesso aos serviços de cuidado é frequentemente apontada como resposta imediata para facilitar a inserção feminina no mercado de trabalho. No entanto, as evidências indicam que a relação entre acesso aos serviços de cuidado e emprego feminino é mais complexa.

Uma revisão de estudos experimentais, por exemplo, conclui que o acesso a serviços de cuidado infantil pode melhorar a participação das mulheres na força de trabalho na ausência de outras barreiras, como normas sociais restritivas ou falta de oportunidades de emprego.

O que indicam as evidências na América Latina e no Caribe?

Para começar, vale destacar que as evidências experimentais sobre o impacto da expansão dos serviços de cuidado infantil na participação feminina no mercado de trabalho ainda são limitadas. No entanto, há dois estudos recentes no Brasil que trazem dados particularmente relevantes:

  1. Município do Rio de Janeiro. Um estudo avaliou o impacto da atribuição aleatória de vagas em creches gratuitas para crianças com menos de 4 anos. Os autores não encontraram efeitos significativos do acesso a esses serviços sobre a empregabilidade das mães, mas sim sobre a de irmãs mais velhas e avós. Esses impactos persistiram mesmo no médio prazo: quatro anos após o acesso a uma dessas vagas, as avós aumentaram sua participação no mercado de trabalho em 20 pontos percentuais em média (de 51% para 71%) e as irmãs mais velhas em 16 pontos (de 37% para 53%).
  2. Município de São Paulo. Entre 2008 e 2018, a cobertura dos serviços de cuidado infantil para menores de 5 anos foi expandida rapidamente, passando de atender 25% da população-alvo para cobrir 75%. Na cidade de São Paulo, o emprego formal feminino na linha de base era menor que no Rio de Janeiro (44% entre as mães usuárias do serviço contra 68% no Rio). Como resultado, o acesso a serviços de cuidado gratuitos foi associado a um aumento de 20% no emprego formal das mães.

Essas evidências sugerem que desenhar soluções eficazes para aumentar a participação feminina no mercado de trabalho requer compreender cuidadosamente as condições do contexto, incluindo os arranjos de cuidado existentes nas famílias, suas preferências, as normas sociais da comunidade e os níveis de emprego das mães e outros adultos responsáveis pelo cuidado infantil e pelas tarefas não remuneradas no lar.

Estratégias do BID para atender às necessidades de cuidado

As estratégias para atender às necessidades de cuidado das famílias não se limitam à expansão da cobertura dos serviços. Por exemplo, essa “caixa de ferramentas” inclui intervenções como:

  • Programas para facilitar a busca de emprego
  • Programas de extensão da jornada escolar
  • Políticas empresariais de flexibilidade laboral para trabalhadores e trabalhadoras
  • Políticas de transporte público que melhorem os deslocamentos entre o lar, o trabalho e os centros de cuidado
  • Licença parental
  • Programas para melhorar a qualidade dos serviços de cuidado
  • Programas de transição para a pré-escola e para a escola

Essa é a abordagem do BID Cuida, o esforço do Banco Interamericano de Desenvolvimento para elevar a importância dos cuidados na agenda de políticas públicas da região. Por ocasião do Dia Internacional do Cuidado, celebrado em 29 de outubro, convido você a saber mais sobre a iniciativa.


Arquivado em:Gênero, Trabalho Marcado com:gênero, mercado de trabalho, serviços de cuidado infantil

María Caridad Araujo

María Caridad Araujo é Chefe da Divisão de Gênero e Diversidade do BID, onde lidera esforços para melhorar o acesso a serviços de qualidade e oportunidades econômicas e fortalecer a voz e a representação de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQ+. Como economista sênior da Divisão de Saúde e Proteção Social do BID, trabalhou em programas de desenvolvimento infantil e redução da pobreza. Foi professora da Universidade de Georgetown e trabalhou no Banco Mundial. É Ph.D. em Economia Agrícola e de Recursos Naturais pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.

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